Presidente da Câmara defende voto híbrido

O assunto divide opiniões dos parlamentares

por Élida Maria qua, 04/09/2013 - 15:12
Líbia Florentino/LeiaJáImages/Arquivo Para o socialista há momentos em que o voto secreto preserva a democracia Líbia Florentino/LeiaJáImages/Arquivo

A aprovação do voto totalmente aberto na Câmara do Recife não possui o apoio do presidente da Casa, vereador Vicente André Gomes (PSB). O projeto, apoiado no final do primeiro semestre na Casa José Mariano, faz parte do pacote ético elaborado por várias leis parlamentares, mas veta a abertura da votação para cassação de mandato.

Para o parlamentar, a Câmara dos Vereadores está à frente da Câmara dos Deputados que aprovou no plenário Federal em Brasília o fim do voto aberto, na noite dessa terça-feira (3). “A Câmara já votou em primeira discussão o voto aberto, antes do Congresso se posicionar. Nós fizemos isso porque entendemos que o voto aberto é fundamental para a Casa”, definiu Gomes.

Mesmo se mostrando favorável à matéria, o socialista defende a não abertura do voto em todos os casos. “Na realidade, a Câmara definiu o voto secreto para cassações de mandato, ela quebra o voto secreto, o restante é uma discussão política, mas eu opto pelo voto híbrido”, afirmou.

Ratificando sua escolha, Vicente André Gomes explicou sua decisão. “Todas as vezes que o assunto for polêmico, seja consultado o plenário, se o voto será aberto ou secreto de maioria simples. Há momentos em que o voto secreto preserva a democracia e há momento em que o voto aberto prejudica a democracia. Então, defendo o voto híbrido. Para mim agora é muito bom porque estou no poder, mas a democracia não pode ser exclusivamente ao poder, tem que ser ampla, geral e irrestrita”, justificou.

A opinião do presidente da Câmara divide as opiniões dos parlamentares. Para o vereador Jayme Asfora (PMDB), por exemplo, o voto secreto deveria ser entinto para toda e qualquer decisão.

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