Senador aprova criação do Rede e critica TSE

Pedro Simon (PMDB-RS) saiu em defesa da ex-senadora Marina Silva e afirmou que ela é uma “mulher excepcional”

sex, 27/09/2013 - 16:39

Durante o seu discurso no Plenário, nesta sexta-feira (27), o senador Pedro Simon (PMDB-RS) manifestou inconformismo diante da possibilidade de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negar registro para a Rede Sustentabilidade, o partido liderado pela ex-senadora Marina Silva.

Simon frisou que o país já tem mais de 30 partidos, a maioria sem base ideológica ou filosófica, sendo que alguns dos mais recentes tiveram sua criação estimulada pelo governo como forma de ampliar a base de apoio para a campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).

“Vai ser muito engraçado alguém fazer a análise dos atuais partidos, analisar a história de cada um e chegar no (partido) da Marina e dizer: esse não pode, pois envergonharia a política brasileira”, ironizou o peemedebista.

O senador afirmou que há sinais de boicote na validação das assinaturas de apoio à criação do Rede Sustentabilidade e observou que isso aconteceu em cartórios da região do ABC, em São Paulo, base política do PT e do ex-presidente Lula. 

Simon, apesar de demonstrar o contrário, assinalou que não pretende deixar o PMDB e que não tem interesse pessoal no projeto da ex-senadora. No entanto, disse admirar Marina Silva e que se sente condoído com a situação que ela enfrenta, o que lhe “machuca a alma”.

“De repente, nesta época, nós temos uma ré condenada, a (ex) senadora Marina. Eu até me sentiria honrado de ser condenado com ela a ser absolvido com os outros”, afirmou Simon. Referindo-se aos partidos da Solidariedade, do deputado federal Paulo Pereira, e o Republicano da Ordem Social que foram autorizados pelo TSE no início desta semana. O Solidariedade chegou a ser acusado de apresentar irregularidades na sua documentação, mas a Corte desconsiderou as denúncias. 

O peemedebista, ainda em seu discurso, fez menção ao artigo publicado por Marina que fala dos sentimentos da ex-senadora às vésperas do julgamento da sigla. De acordo com o senador, o texto "poético" confirma que ela é uma “mulher excepcional” e a apontou como “fator determinante” para o próximo pleito. O que segundo Simon, pode ser o motivo dos atrasos.

“Ela (Marina) faz questão de dizer que não tem plano B. Vários partidos estão oferecendo para ela legenda: vem para cá, vem para cá, vem para cá... Havia até um movimento de três legendas se reunirem para ela ser candidata. Ela disse que não. Marina é candidata pelo partido dela. Se não aprovar, ela não será candidata”, concluiu o senador.

*Com informações da Agência Senado

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