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Decano do MDB, o ex-governador do Rio Grande do Sul, ex-senador e ex-ministro da Agricultura de José Sarney, Pedro Simon, de 92 anos, acumulou sete décadas consecutivas de atuação na vida pública. Com essa bagagem, insurge-se contra a ala lulista de seu partido e se tornou ardoroso defensor da pré-candidatura da senadora Simone Tebet (MDB-MS) à Presidência da República.

Nesta entrevista ao Estadão, Simon afirma que, em caso de polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno, votaria, pela primeira vez na vida, em branco. A seguir, os principais trechos da entrevista:

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Uma ala do MDB defende o apoio do partido a Lula para a Presidência. A sigla é mais antipetista ou lulista?

MDB sempre foi um partido complexo. Liderou a campanha das Diretas-Já, a Assembleia Nacional Constituinte e o movimento pelo fim da tortura, mas sempre teve um grupo que ia para o outro lado. O grupo que apoiou o Lula na corrupção que foi feita sempre gostou de mamar nas tetas do governo. Hoje, não tenho dúvida de que nesse drama cruel que estamos vivendo - em que, de certa forma, querem determinar que metade do Brasil seja Lula e metade Bolsonaro -, o MDB reúne condições de dar a grande caminhada para um Brasil realmente democrático. Simone Tebet é um nome espetacular. É uma mulher digna, honesta e competente.

Mas como avalia a força dos emedebistas que apoiam Lula, como Renan Calheiros e Eunício Oliveira?

Esse grupo está identificado com a Operação Lava Jato. Está provado e reconhecido, embora os processos não andem porque o Supremo Tribunal Federal deixou na gaveta. A marca que eles deixaram é triste e dolorosa. Lula deveria estar na cadeia e essas pessoas deveriam estar respondendo a seus processos. Esses nomes têm condenações graves e sérias, mas o Supremo fez uma espécie de troca-troca: um não mexe com o outro.

Há muitos bolsonaristas no MDB também...

Os que querem Bolsonaro estão encantados com os favores, vantagens e emendas do Orçamento. A coisa está tão malparada que lembro de uma frase do doutor Ulysses (Guimarães) quando a gente se queixava do Congresso: "Se esse Congresso é horrível, espera até vir o próximo". Bolsonaro está muito longe do que é bom para o Brasil. Eu defendi, lá atrás, uma tese de que o MDB deveria apresentar dois candidatos: a Simone e o (Sérgio) Moro (hoje no União Brasil). A ideia era não definir logo quem seria o candidato a presidente e vice. Aí, em agosto, fariam uma grande pesquisa.

Por que não deu certo?

Porque o Moro levou paulada de todos os jeitos. O Supremo soltou todo mundo, só falta colocar o Moro na cadeia. Então, ele largou e não é mais candidato. A salvação do Brasil se chama Simone. O pai dela (Ramez Tebet) foi presidente do Senado quando afastamos o senhor Jader (Barbalho).

O senhor acredita que a chamada terceira via pode sair unida? Ou o MDB deve ter chapa pura?

É lamentável que a terceira via não saia unida. Existem todas as condições de unir o PSDB e o velho MDB. O ideal seria eles estabelecerem, juntos, uma reação a essa máquina do lulismo, que quer ganhar a qualquer custo, e ao Bolsonaro, que usa a máquina do governo de maneira irresponsável. Se a Simone for lançada candidata, tenho a convicção de que esses partidos que não sabem o que fazer virão conosco. Os que não sabem o que fazer vão com ela.

O ex-governador João Doria (PSDB) seria um bom vice para Simone? Acha possível uma composição?

Eu respeito o Doria. Ele foi um bom prefeito e um bom governador. É honesto, decente e foi o grande nome da vacina, mas não sei o que ele fez que não soma. O ideal era ter o Moro de vice. Seria espetacular.

Como o senhor avalia o nome do ex-governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB)?

Tenho respeito e gosto dele. É um homem bem-intencionado, mas foi irresponsável ao deixar o governo. Não devia ter entrado naquelas prévias. Foi uma confusão. Acho difícil o Eduardo Leite ser candidato a governador. Ele renunciou e seria estranho voltar atrás. O mais provável é que ele dispute o Senado. Mas é um político que tem um futuro.

Em um eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro, em quem votaria?

É um drama, tchê. Deus não vai permitir isso. É um terror um homem de 92 anos, com 70 anos de cargos públicos, dizer isso, mas eu votaria em branco. Tem muita gente que está vivendo esse drama.

Se a senadora Simone Tebet for mesmo candidata ao Planalto, o senhor acredita que o MDB vai estar de fato fechado com ela ou traições serão toleradas nos Estados?

Se Simone for a candidata, acredito que sim. Lula não prestou conta dos erros que cometeu e Bolsonaro não sabe o que vai fazer. Eu acredito num milagre. Estou convencido de que o programa de TV vai mostrar quem é quem. Acredito num palanque único com União Brasil, MDB e PSDB. E mais: outros partidos vão fechar com ela. O povo vai se insurgir. Quais interesses levam parte do MDB a apoiar Lula ou Bolsonaro? Está na hora de Deus ser brasileiro.

O que é mais forte hoje no Brasil: o antipetismo ou o antibolsonarismo?

Dá empate. Fui fã do Lula no início do governo dele. Tomou posições corajosas, mas aí veio a Lava Jato. Lula acabou se comprometendo. E, se o Bolsonaro fizer um teste psicotécnico para tirar carteira de motorista, ele não passa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Respeitado, experiente, ético e competente, o ex-senador Pedro Simon (PMDB-RS) não compõe a fauna dos políticos açodados, que falam o que não devem e que querem ver o circo pegando ao fogo com a defesa, estapafúrdia, neste momento, da instalação do processo de impeachment de Dilma.

Numa longa entrevista, ontem, a este blogueiro, Simon alertou o Congresso. Para ele, se a temática do afastamento da presidente viesse a entrar na ordem do dia o parlamento estaria contribuindo fortemente para incendiar o País. “Acho que a pior coisa que pode acontecer, neste momento, é o Congresso começar a falar em impeachment, porque aí incendeia tudo, pega fogo e eu não sei como termina”, afirmou.

E acrescentou: “O que eu acho é que neste momento a gente quer e precisa dos jovens nas ruas, a mocidade na rua. Com essas redes sociais e televisão, os jovens precisam dizer que querem o diálogo e o entendimento. Querem apresentar uma plataforma, uma pauta para ser discutida pelo povo brasileiro. Uma pauta onde esteja fim da corrupção”.

Simon, que veio a Pernambuco fazer uma palestra sobre a conjuntura nacional, atendendo convite do grupo empresarial Lide, do meu amigo Drayton Nejaim Filho, acha que, ao contrário de se pregar o impeachment, o que se deve fazer é encontrar uma forma de estimular a população e o Congresso para uma pauta moralizadora pata se votar urgentemente.

“Uma pauta onde esteja o combate a corrupção, a extinção de alguns partidos para um número razoável de partidos, o fim do dinheiro das empresas e empreiteiras nas campanhas eleitorais, uma pauta onde a eleição de deputado não possa ser como é hoje, que é um escândalo”, afirmou.

Experiente como é, o senador sabe também que o agravamento da crise nacional, em consequência do escândalo na Petrobras, pode estimular uma onda pelo impeachment só numa condição: se houver o clamor das ruas como nas diretas, já, e na era Collor.

INSTITUTOApós tomar café da manhã ontem com o senador Pedro Simon num hotel da zona sul, o ex-governador João Lyra Neto (PSB) anunciou que criará até junho o Instituto Fernando Lyra, ideia do senador Cristovam Buarque (PDT-DF). Deixou a entender que nasce para alavancar a sua candidatura a senador em 2018.

Concorrentes de LyraPara o Senado em 2018, onde estarão em disputa duas vagas, o PSB tem dois outros nomes além do ex-governador João Lyra Neto: Danilo Cabral, que se licenciou da Câmara Federal para assumir a pasta de Planejamento, e a ministra do Tribunal de Contas da União, Ana Arraes.

Afastamento jáDiferentemente do que pensa Pedro Simon, o PSDB decidiu apostar no impeachment da presidente Dilma. O líder no Senado, Cássio Cunha Lima, defende essa bandeira. Nas redes sociais, está sendo convocado um protesto para 15 de março. A ideia é repetir junho de 2013 e levar milhões às ruas pedindo “Fora, Dilma”.

Desafios municipaisReeleito, ontem, para mais um mandato à frente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), o prefeito José Patriota (PSB), de Afogados da Ingazeira, tem pela frente um grande desafio: convencer o Congresso a aumentar o repasse do FPM de 1% para 2% e evitar medidas que possam agravar a crise municipal.

Milho subsidiado– Na primeira audiência que teve com a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, o secretário estadual de Agricultura, Nilton Mota, priorizou o clamor dos criadores de gado, pedindo que o Governo reedite a Medida Provisória concedendo subsídio para a compra do milho disponibilizado pela Conab.

CURTAS

TOYOTA– O governador Paulo Câmara (PSB) assina, hoje, protocolo de intenções para a implantação de um centro de distribuição de veículos da Toyota, localizado próximo ao Complexo Portuário de Suape. Será às 11 horas, no Palácio das Princesas, com a presença do presidente da Toyota no Brasil, Koji Kondo.

ARCOVERDE A prefeita de Arcoverde, Madalena Brito (sem partido), será recebida em audiência, hoje, no Palácio das Princesas, pelo governador Paulo Câmara. Na pauta, projetos que pretende tocar no município em parceria com o Estado.

Perguntar não ofende: Que conselhos Lula dará a Dilma para tentar superar o maior escândalo da história do País?

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), almoça com o ex-senador Pedro Simon (PMDB-RS), nesta segunda-feira (9). O peemedebista será recebido pelo gestor no Palácio do Campo das Princesas, durante a visita os dois devem conversar sobre a atual conjuntura política nacional e trocar experiências políticas.

Pedro Simon está de passagem pelo Recife para palestrar em um jantar-debate do Grupo de Líderes Empresariais (LIDE-PE), às 20h. Ele era um dos defensores da candidatura do ex-governador Eduardo Campos, falecido em agosto de 2014, para à presidência da República. Além do encontro com Câmara, à noite, durante o debate, Simon também vai encontrar com o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB). 

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Três vezes eleito para o Senado Federal, este é o primeiro ano, dos últimos 56, que Simon não exerce um mandato parlamentar. E já que não integra o legislativo, o peemedebista vai iniciar uma série de palestras pelo país.  “Pretendo participar, debater. Tenho recebido muitos pedidos de conferências para universidades, câmaras de vereadores, assembleias legislativas, empresas”, disse ao conceder entrevista a um jornal gaúcho. 

O ex-senador Pedro Simon (PMDB-RS) desembarca no Recife, nesta segunda-feira (9), para palestrar no primeiro jantar-debate do ano promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais de Pernambuco (Lide-PE). No encontro, que está agendado para às 20h, o peemedebista vai abordar o tema: Brasil, uma análise política-institucional para 2015. 

A passagem de Simon pela capital pernambucana marca o início de uma série de palestras que ele pretende fazer pelo país, já que não foi reeleito em outubro de 2014. Desde que ingressou na Câmara Municipal de Caxias do Sul, em 1959, este ano é o primeiro em que Pedro Simon não está cumprindo um mandato parlamentar. 

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Crítico ávido do governo da presidente Dilma Rousseff (PT), apesar de compor o partido que ocupa a vice-presidência, o peemedebista revelou, em entrevista a um jornal gaúcho, a pretensão de expor suas experiências políticas de 56 anos seguidos com cargo eletivo. 

“Pretendo participar, debater. Tenho recebido muitos pedidos de conferências para universidades, câmaras de vereadores, assembleias legislativas, empresas”, disse. “O que puder fazer eu faço. Agora, se não conseguir que as pessoas participem, não tem solução”, completou, demonstrando preocupação com a realidade política do País.

O ex-senador Pedro Simon (PMDB-RS) desembarca no Recife, na próxima segunda-feira (9), para palestrar no primeiro jantar-debate do ano promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais de Pernambuco (Lide-PE). No encontro, que está agendado para às 20h, o peemedebista vai abordar o tema: Brasil, uma análise política-institucional para 2015. 

A passagem de Simon pela capital pernambucana marca o início de uma série de palestras que ele pretende fazer pelo país, já que não foi reeleito em outubro de 2014. Desde que ingressou na Câmara Municipal de Caxias do Sul, em 1959, este ano é o primeiro em que Pedro Simon não está cumprindo um mandato parlamentar. 

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“Pretendo participar, debater. Tenho recebido muitos pedidos de conferências para universidades, câmaras de vereadores, assembleias legislativas, empresas”, disse. “O que puder fazer eu faço. Agora, se não conseguir que as pessoas participem, não tem solução”, completou, demonstrando preocupação com a realidade política do País.

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse considerar a eleição de Tancredo Neves, que nesta quinta-feira, 15, completa 30 anos, o momento mais significativo da história do País. Ele lamenta, no entanto, os rumos que o seu partido, o antigo MDB, tomou desde então.

"A vitória não foi das armas, do governo, da oposição, foi da sociedade, que foi para a rua de peito aberto. Hoje é um dia para ser festejado. Hoje é o dia da grande vitória do povo brasileiro", afirmou.

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A eleição de Tancredo em 1985 marca a volta dos civis ao poder após 21 anos de ditadura militar. O mineiro, porém, morreria antes de assumir a Presidência. Peemedebista histórico, Simon acompanhou de perto todo o processo e acabou se tornando ministro da Agricultura do novo governo, assumido pelo vice, José Sarney.

Aos 84 anos, Simon vai deixar a cadeira de senador que ocupa há mais de duas décadas, mas não esconde o descontentamento com o seu partido. "O PMDB deixou de ser o PMDB. O PMDB histórico não tem nada que ver com o que está aí. Infelizmente, as nossas bandeiras nós deixamos de lado", disse.

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse estar preocupado com ao rumos do Brasil diante das denúncias de corrupção. O parlamentar afirmou que o povo brasileiro merece um futuro melhor e cobrou mais responsabilidades dos políticos. Ele disse acreditar que se as eleições acontecessem hoje, o resultado seria diferente. 

“Se a eleição não tivesse ocorrido há 20 dias e fosse daqui a um mês, seria como se estivéssemos em outro país. O debate seria completamente diferente, e o resultado provavelmente seria também diferente, porque, desde o dia em que se proclamou o resultado até hoje, os acontecimentos que vêm se verificando são realmente acontecimentos que mexem com o povo e com a gente, que trazem interrogações com relação ao que houve e, de modo especial, ao que haverá”, disse Simon. 

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O senador se comprometeu em conversar com os jovens assim que for encerrado o seu mandato parlamentar para um “chamamento à ordem e à razão”. Mas ele criticou as reivindicações de intervenção militar no país. 

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) cobrou da presidente Dilma Rousseff atitudes em relação aos escândalos de corrupção na Petrobras, investigadas pela Polícia Federal através da operação Lava Jato. O parlamentar se pronunciou nesta segunda-feira (17), no plenário da casa, e pediu a governante que escolha pessoas competentes e não apenas indicações partidárias . 

“Está na hora de ela agir. Está na hora de ela (Dilma) tomar providência. Creio que o nome que não é mais Lava Jato, mas Ponto Final, Fim de Linha. Os nomes estão aí, os diretores da Petrobras que participavam estão aí, quem os indicou está aí. É partir para a execução”, cobrou Simon. 

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O senador também pediu que todo o dinheiro pago a mais pelas obras licitadas sejam devolvidos. A operação Lava Jato entrou na sétima fase, denominada “Juízo Final”, e agora investiga um cartel formado pelas maiores empreiteiras do Brasil. De acordo com as investigações, as empresas combinavam os vencedores das licitações para realização do obras da Petrobras e distribuíam propinas de 2% ou 3% dos contratos com a estatal de petróleo.  

Simon lembrou que Dilma foi indicada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela sua experiência e competência, não por ligação com partido político. Apesar desse reconhecimento, o senador disse considerar que, se há um responsável direto pelos escândalos, é a presidente.

O parlamentar elogiou o trabalho da Polícia Federal, Receita e Ministério Público e criticou a presidente lembrando que o governo foi contra a criação das CPIs para investigar os escândalos da Petrobras.

“Quem vê a Presidenta falar, fica emocionado, pensa que ela é firme, que ela mandou fazer isso, ela mandou fazer aquilo. Ela não mandou fazer nada! Ao contrário, quando se tentou criar a CPI aqui, o governo boicotou. A bancada do governo impediu, evitou. Não deixou chamar” criticou.

Ao comentar, em Plenário, as prisões e mandados de busca e apreensão realizados pela Polícia Federal no âmbito da Operação Lava Jato, nesta sexta-feira (14), o senador Pedro Simon (PMDB-RS) afirmou que a situação se tornou irreversível. Para ele, a investigação deverá ser criteriosa, sem “nada jogado embaixo do tapete”.

"Se a questão não for super bem resolvida, fica difícil começar um novo governo com o respeito necessário para trabalhar", avaliou. Dizendo-se "chocado com as prisões de diretores da Petrobras" e de empresas ligadas à estatal e mostrando agora que “as manchetes de jornais estão sendo substituídas pelos fatos”, o senador lamentou que o governo eleito viva uma “confusão generalizada” e não esteja tendo a oportunidade de viver a melhor fase de uma candidatura vitoriosa, entre a eleição e a posse, segundo ele.

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Simon se disse estarrecido com os dados divulgados a cada dia sobre os desvios e atos de corrupção envolvendo a Petrobras e destacou as auditorias que o Tribunal de Contas da União (TCU) vem fazendo no “maior escândalo que até hoje chegou ao tribunal”. Apesar de tudo, o parlamentar elogiou o trabalho da Polícia Federal, que está sendo realizado de forma independente e altiva. Frisou ainda que nada envolvendo diretamente a presidente Dilma Rouseff foi revelado, mas ponderou que ela não deixa de ter alguma culpa.

"Há omissão, falta de competência ou negligência que chega ao absurdo do ridículo. Essas coisas aconteceram (quando) ela era ministra de Minas e Energia, a qual a Petrobras é subordinada. E na Casa Civil, era presidente do Conselho da Petrobras", citou. Simon disse ter ouvido que a presidente faz questão de que a apuração seja profunda, "doa a quem doer", o que foi comemorado pelo senador. Ele pediu ainda que Dilma Rousseff aja de forma diferente no novo mandato e fuja do tradicional “toma lá, dá cá” para negociar apoios.

"Se a presidente Dilma entrar no troca troca, se fizer distribuição para ter uma maioria fictícia, na base do troca troca, do é dando que se recebe, não vai ser uma boa saída", observou.

Pedro Simon disse ainda que Deus o agraciou com a sua não reeleição para o Senado, pois não teria condições de continuar na vida pública numa situação de “fundo do poço em termos de realidade ética, política e moral”. O parlamentar disse acreditar que o Congresso terá condições de mudar a situação e que a população irá para as ruas lutar por um “novo pacto social”. Ele também afirmou que, se a eleição fosse nos próximos dias, a presidente Dilma não conseguiria ser reeleita.

A governabilidade de Dilma também dependerá do relacionamento com o PMDB, que ficou estremecido após a eleição. Mesmo mantendo a coligação com o PT no plano nacional - com Michel Temer como vice-presidente da República -, o partido enfrentou o aliado em algumas disputas estaduais. Foi assim no Rio Grande do Sul, onde a chapa do governador eleito, José Ivo Sartori (PMDB), e Simon derrotou o petista Tarso Genro, candidato à reeleição.

O clima no Congresso ainda reflete as rusgas da eleição. Na semana passada, por exemplo, os peemedebistas da Câmara lideraram votação que derrubou o decreto de Dilma para a regulamentação de conselhos populares. "O presidente da Câmara (Henrique Eduardo Alves, do PMDB), que foi candidato a governador no Rio Grande do Norte, estava com a eleição ganha, tinha garantido o apoio do PT, e na última hora o PT apoiou o candidato adversário e ele perdeu. Ele está numa revolta enorme", afirmou Simon.

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Diante desse cenário, ele acredita que o futuro do PMDB e da aliança com o PT ainda é "imprevisível". Por isso, evita fazer projeções sobre uma eventual candidatura própria do seu partido para presidente em 2018. "Eu diria que esta é uma exigência unânime, mas vai depender de cada Estado, da composição que vai haver", afirmou.

Reforma política

O diálogo, segundo Simon, também será fundamental para fazer uma reforma política, uma das promessas de Dilma na campanha. Para ele, no entanto, "é quase impossível" levar adiante um plebiscito, como sugeriu a presidente. O senador defende uma ampla discussão entre o governo e o Congresso para, depois, pedir a aprovação da população através de um referendo.

"O que a gente tem que fazer, e Dilma pode conduzir isso, é sentar e discutir um conjunto de ideias e uma forma de levar isso adiante", explicou Simon, defendendo que a presidente convide até mesmo a oposição para participar do debate e chegar a um entendimento. "Ela não tem que ser a heroína. O papel dela será chamar todos, proporcionar esse diálogo, dar um impulso para que a reforma possa sair do papel."

Na opinião de Simon - que deixará o Senado no final de janeiro e, portanto, não vai participar diretamente da discussão sobre o tema no Congresso -, o projeto de reforma política deve incluir uma cláusula de barreira para criação de partidos, o fim da reeleição e a mudança no formato atual das Medidas Provisórias. Ele também espera uma análise mais aprofundada das propostas de proibição do financiamento privado de campanha e de adoção do voto distrital.

Futuro

No dia 31 de janeiro, quando se despedir da cadeira que ocupou por 32 anos, Simon pretende de fato se afastar da vida pública. Ele descarta a possibilidade de integrar o governo de Sartori, para quem fez campanha na eleição para o governo gaúcho. "Vou estar à disposição do Sartori para quando ele precisar de mim, para ajudar. Mas nem passa pela minha cabeça um convite formal, nem passa pela cabeça dele fazê-lo. Estou me aposentando", ressaltou. "Pretendo andar pelo Brasil debatendo, fazendo palestras."

Simon aproveitou para minimizar a sua própria derrota nesta eleição. "Uma coisa que tem que ficar clara é que não fui candidato ao Senado. Como diz o Sartori, fui constrangido a aceitar quando o Beto Albuquerque deixou a chapa. Não fiz campanha, não rodei o Estado, já estava envolvido na candidatura do meu filho Tiago (Simon, eleito deputado estadual) e foi o que continuei fazendo", justificou. O senador também revelou estar "muito feliz" com a vitória de Sartori e disse que o jeito de governar do ex-prefeito de Caxias do Sul pode servir de referência para Dilma: "Aquilo que estou dizendo que a Dilma deve fazer lá, ele vai fazer aqui. Vai reunir, vai discutir, vai debater, vai sentar à mesa, vai conversar com a sociedade."

Prestes a deixar a vida pública, Pedro Simon (PMDB-RS) usa a experiência de 32 anos como senador para dar um conselho à presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) antes do início do seu novo mandato. Na avaliação do parlamentar, ela deveria fazer valer o discurso de diálogo que vem adotando desde que ganhou a eleição para garantir a governabilidade. O peemedebista sugere que Dilma monte um governo "diferente", sem o sistema do "toma lá dá cá" que, segundo ele, impera na política brasileira. Ele acredita que buscar o entendimento no Congresso é o único caminho para cumprir a promessa de realizar a reforma política.

Simon, de 84 anos, já tinha anunciado sua aposentadoria quando a eleição sofreu uma reviravolta com a morte de Eduardo Campos (PSB). Para ajudar o PMDB, foi convencido a tentar novamente uma cadeira no Senado, ficando em terceiro lugar com 16,08% dos votos válidos - a vitória no Rio Grande do Sul foi de Lasier Martins (PDT), com 37,42%. A vaga na chapa era originalmente destinada a Beto Albuquerque (PSB), que se tornou candidato a vice de Marina Silva na disputa presidencial. Agora, mesmo saindo de cena, o veterano observa o panorama e prevê dificuldades para Dilma se ela mantiver algumas posturas que adotou nos primeiros quatro anos de governo.

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Segundo Simon, o primeiro desafio de Dilma será ter a "grandeza" de buscar o diálogo como vem prometendo fazer. "Se ela fizer isso, começa bem. Mas, se fizer ministério de composição, como ocorreu no primeiro mandato, quando Lula deixou para ela ministérios de quinta categoria, daí começa mal", afirmou o senador gaúcho em entrevista ao Broadcast Político, em sua casa na capital gaúcha.

Diante da disputa acirrada na eleição presidencial, na qual Dilma venceu Aécio Neves (PSDB) com a menor margem da história (teve 51,64% dos votos válidos), Simon vê um País "dividido", em que "a maioria do povo brasileiro" está descontente. "Hoje, com a votação dura que Dilma teve e vivendo o problema de vencer a crise na Petrobras e retomar a credibilidade, ela tem que fazer um ministério de alto gabarito", disse.

"O que se quer nessa altura é montar o governo dela, e montar a maioria dela. Mas fazer isso como? No troca-troca, no toma lá dá cá? Se ela vai lotear o governo como aconteceu antes, na minha opinião vai ser um 'Deus nos acuda'. O primeiro ministério dela foi um fracasso", avaliou. Para Simon, a presidente precisa de coragem para debater tanto com as forças políticas quanto com a sociedade. "Se ela quiser 'bater na mesa', a situação vai ser muito difícil."

O senador Pedro Simon (PMDB) manifestou tristeza e perplexidade com o resultado da eleição presidencial por entender que o Brasil ficou dividido ao meio. "O País fica em uma situação muito difícil, rachou de maneira triste", comentou, ao mesmo tempo em que o PMDB gaúcho, que apoiou Aécio Neves (PSDB) comemorava a vitória de José Ivo Sartori para o governo do Estado, na noite deste domingo (26), em um hotel do centro de Porto Alegre.

"Acho que temos de fazer uma profunda meditação", propôs, prevendo que Dilma Rousseff terá dificuldades para compor seu novo governo em meio às denúncias de irregularidades na Petrobras. "Será uma dificuldade quase dramática, para o governo e para a oposição, para o Brasil inteiro, ninguém pode se sentir feliz vivendo agora o que estamos vivendo", comentou.

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"Meu Deus, alguma coisa tinha de ser feita, porque eu tenho muito medo que esse estilo de campanha, essa radicalização, esse tipo de linguagem que está sendo usada, para quem está no governo, para quem está na oposição...", raciocinou, sem concluir a frase. "Se não vier alguém que busque o entendimento, um pensamento em torno do qual a gente vá, fica tudo muito ruim". Para Simon, o País passa por um momento em que "falta credibilidade de todos, do governo, da oposição, do Congresso, do Judiciário". "O Brasil perdeu a disposição de acreditar", lamentou.

O senador gaúcho Pedro Simon (PMDB) afirmou nesta quarta-feira, 10, que não acredita na eficiência das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) e que hoje elas são o fato de maior "desmoralização e humilhação" do Congresso. Perguntado se as recentes denúncias sobre os casos de corrupção envolvendo a Petrobras poderiam mudar o perfil das CPIs da estatal, ele disse que não acredita nessa possibilidade. "Elas vão continuar inoperantes", falou em entrevista na sede da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul).

Simon afirmou que no passado as CPIs eram instituições "emocionantes" que de fato funcionavam. "No impeachment de Collor, por exemplo, nós parecíamos uma democracia da Suécia e da Dinamarca. O Congresso se transformou num tribunal, se votou com tranquilidade e ele foi condenado", falou.

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Hoje, segundo ele, as discussões entre os membros das comissões são longas e não chegam a nenhum resultado. "Até hoje não fizeram absolutamente nada (nas CPIs da Petrobras), não tomaram nenhuma decisão", disse. "Sinceramente da onde a gente menos espera é que não sai nada. Infelizmente hoje da CPI da Petrobras no Congresso eu não espero coisa nenhuma."

O senador Pedro Simon (PMDB) desistiu da aposentadoria e decidiu que concorrerá à reeleição. Mesmo tendo dito que, aos 84 anos, por recomendação médica, não participaria diretamente de mais uma campanha política, Simon rendeu-se aos apelos das lideranças gaúchas do partido na noite do domingo, 24, e vai tentar conquistar seu quinto mandato no Senado.

A decisão é consequência da morte do candidato à presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, que contava com apoio do PMDB gaúcho. O deputado federal Beto Albuquerque (PSB), que concorria ao Senado pela aliança regional, tornou-se candidato a vice-presidente na chapa de Marina Silva. A vaga ficou aberta para o PMDB e Simon virou nome preferencial.

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A presença de Simon pode manter a unidade da coligação, formada pelo PMDB, PSB, PSD, PPS, PHS, PTdoB, PSL e PSDC em torno do apoio a Marina Silva para a presidência. A coligação tem como candidato ao governo do Estado o ex-prefeito de Caxias do Sul José Ivo Sartori (PMDB). Os principais concorrentes de Simon na disputa pela vaga do Senado são o ex-governador Olívio Dutra (PT) e o jornalista Lasier Martins (PDT).

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) deixou nesta quarta-feira, 20, a Fundação João Mangabeira, em Brasília, e disse que Marina Silva está "animada e confiante" com o desafio de assumir a campanha presidencial. Marina está reunida neste momento na sede da fundação com integrantes da cúpula do PSB.

Ainda segundo Simon, Marina aprovou a indicação do nome do deputado Beto Albuquerque (PSB-RS) para vice na chapa. Questionado sobre sua avaliação sobre a escolha, o peemedebista afirmou que o deputado representa o autêntico PSB e que tinha intimidade tanto com Eduardo Campos quanto com Marina Silva. "Isso é importante para afirmação do nome do partido", disse, após deixar a sede da fundação. O senador informou que foi à reunião do PSB nesta manhã para dar alguns conselhos à Marina.

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A reunião do PSB ocorre horas antes de ser anunciada pelo partido a chapa presidencial composta por Marina Silva e o deputado Beto Albuquerque (RS). No encontro, estão presentes o presidente da legenda, Roberto Amaral, o secretário executivo Carlos Siqueira e aliados mais próximos de Marina, como Pedro Ivo e Basileu Margarido.

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) acredita que Marina Silva (PSB), se for confirmada como candidata à Presidência da República pelo PSB, tem condições não só de chegar ao segundo turno, mas de ganhar as eleições. "Se o PSB e a equipe que está com ela tiverem a competência de entender o momento que estamos vivendo, isso pode acontecer. Ela representa hoje todos aqueles que querem mudar o Brasil, que desejam um novo horizonte para o nosso País", disse em entrevista ao Broadcast Político, serviço da Agência Estado de notícias em tempo real. "Esta é a grande bandeira. Acho que a candidatura dela vai crescer."

Uma pesquisa feita pelo Datafolha e divulgada hoje mostra Dilma Rousseff (PT) com 36% das intenções de voto para presidente, seguida por Marina Silva (PSB), com 21%, e por Aécio Neves (PSDB), com 20%. É o primeiro levantamento que inclui no cenário eleitoral a ex-senadora como substituta do ex-governador Eduardo Campos, que morreu na última quarta-feira em um acidente de avião. "A gente tem que reconhecer que o impacto emocional foi grande e pode ter influenciado na pesquisa, mas a grande verdade é que demonstra uma perspectiva significativa", disse Simon.

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O político gaúcho, que era amigo pessoal de Campos e foi um dos articuladores de sua aproximação com Marina, acredita que o novo cenário concede à Marina uma possibilidade real de vitória, se ela souber usar as circunstâncias a seu favor. "Ela deverá fazer algo semelhante ao que o Lula fez. Depois de perder três vezes a eleição para a Presidência da República, na quarta vez ele se modificou. Mudou a plataforma (...) E teve uma vitória tranquila."

Segundo Simon, Marina deveria lançar uma carta ao povo brasileiro, a exemplo da carta divulgada pelo então candidato Luiz Inácio Lula da Silva na campanha de 2002. "Quando estava concentrada na possível candidatura dela, e depois quando decidiu concorrer como vice com o Campos, ela representava o pensamento de uma parcela pequena (da população). Agora, e as pesquisas estão dizendo, ela está representando a maioria do povo brasileiro", avaliou.

De acordo com fontes do PSB, o partido já prepara um documento reafirmando os compromissos assumidos por Eduardo Campos a ser divulgado na quarta-feira junto com o anúncio da nova chapa para a disputa presidencial. Esse documento não tem ainda um nome formal, mas seria justamente algo na linha da "carta ao povo brasileiro".

Simon lembrou da Rede Sustentabilidade, partido que Marina tentou criar, mas não conseguiu registrar a tempo de concorrer este ano. De acordo com o gaúcho, a Rede é importante, mas agora a ex-senadora está num patamar "muito superior" e deve se concentrar no compromisso de dar continuidade ao legado de Eduardo Campos.

Simon acredita que o deputado federal Beto Albuquerque (PSB/RS) cumpre todos os requisitos para assumir a vaga de vice e compor a chapa com Marina, mas também cita a viúva do ex-governador de Pernambuco, Renata, como uma possibilidade, embora mais remota. "A Dona Renata também seria um ótimo nome, mas acho difícil que ela consiga deixar os filhos, num momento como este, para se dedicar a isso", falou. "Os dois (Beto e Renata) fariam um grande trabalho."

Eleição no RS

Se Beto Albuquerque for de fato confirmado como vice de Marina, ficará em aberto a vaga ao Senado na coligação formada por PSB e PMDB no Rio Grande do Sul. Simon negou, no entanto, que possa aceitar ser novamente candidato - ele anunciou sua aposentadoria no início do ano. "A questão do meu nome ser cogitado é quase uma homenagem ao velhinho aqui, mas acho que o partido tem grandes nomes que podem aceitar", afirmou. "Eu posso ajudar, pretendo dar uma mão se a Marina for candidata, em alguns lugares do Brasil, mas candidato ao Senado está claro que não."

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) vai deixar a vida pública em 31 de janeiro de 2015, dia em que termina o seu quarto mandato como senador e, coincidentemente, completa 85 anos. Em entrevista exclusiva ao Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, em sua casa na capital gaúcha, ele reconheceu que a decisão de não concorrer novamente foi influenciada pela decepção com o caminho tomado pelo partido que ajudou a fundar.

Segundo ele, este é o pior momento vivido pelo PMDB, que ele ainda chama, na maioria das vezes, de MDB. "O mal no Brasil de hoje é esse sistema de ter 30 partidos vazios de conteúdo, votando com o governo para ganhar um cargo aqui e outro ali. E o MDB, maior partido do Brasil, ao invés de se rebelar, de ter uma palavra firme, também fica brigando por mais um ministério. O partido perdeu a consciência", afirmou, reconhecendo que, hoje, se sente isolado na legenda.

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Simon, que já governou o Rio Grande do Sul e foi deputado estadual em quatro mandatos consecutivos, é um dos símbolos da ala contrária à aliança com o PT de Dilma Rousseff. Além de defender a independência do PMDB, Simon não acredita que a presidente tenha força política para fazer um bom segundo mandato. "O Lula tinha o grupinho dele, com quem discutia e debatia. Que se saiba a Dilma não tem", revelou.

Segundo Simon, hoje Eduardo Campos (PSB) seria o único capaz de governar o País sem ficar refém da política de troca-troca de cargos e favores. O senador gaúcho foi um dos articuladores da aproximação de Campos com Marina Silva, fará campanha para os dois e acredita que as divergências entre os dois acabam após o período de convenções e formação de alianças, no fim do mês. "Eles vão ter que botar panos quentes e seguir para frente. Há Eles têm condições de ir ao segundo turno, é só querer", disse.

Ele ainda diz que fez o que deveria ser feito no Senado. "Além disso, vivemos uma fase em que estou muito deslocado dentro do partido. Eu criei o MDB (antigo PMDB) e lutei a vida inteira por ele. E creio que esse é o pior momento que o MDB está vivendo. É o maior partido do Brasil e não apresenta candidato à Presidência. Houve um momento em que nós tínhamos maioria na Câmara, no Senado, nas Prefeituras, e daí fomos peça auxiliar do Fernando Henrique, peça auxiliar do Lula e agora da atual presidente. Vou ajudar no que puder. Aqui no Rio Grande do Sul, por exemplo, onde o PMDB sempre foi um partido diferente".

Quanto a decisão do PMDB confirmar o apoio do partido à reeleição da presidente Dilma Rousseff, ele diz que "o resultado ainda foi esse (favorável à aliança) porque o governo e o comando partidário agiram. Proporcionaram passagens, festas. Nunca os prefeitos foram tão convidados a ir a Brasília, e receberam uma ponte, uma estrada ou um trator. Esse resultado não representa as bases do MDB. No Rio Grande do Sul, o partido é muito contrário à participação no governo (da Dilma). O Estado aqui acompanha o que está acontecendo, tanto é que nas últimas eleições o PSDB ganhou aqui. Essa história de dizer que o comando do MDB é o (José) Sarney, o Renan (Calheiros) e o Jader (Barbalho) não tem nada que ver com o nosso partido. Eu não tenho nenhuma identidade como esse comando do MDB, assim como muita gente. Esse comando faz um troca-troca de cargos e alianças. O mal no Brasil de hoje, o que está de errado, é esse sistema de ter 30 partidos vazios de conteúdo, votando com o governo para ganhar um cargo aqui e outro ali. E o PDMB, maior partido do Brasil, ao invés de se rebelar, de ter uma palavra firme, também fica brigando por mais um ministério. O partido perdeu a consciência".

A mulher do senador Pedro Simon (PMDB/RS), Ivete Fülber, sofreu um sequestro-relâmpago e ficou cerca de meia hora como refém de dois assaltantes encapuzados na noite desta segunda-feira (16). Ela havia estacionado na entrada do edifício onde a família mora e se preparava para retirar compras feitas no supermercado quando foi rendida pelos ladrões e colocada no banco de trás do automóvel.

Depois de rodar pela cidade, sempre fazendo ameaças à refém, a dupla parou em uma vila e retirou as compras, celulares e sacola e saiu para sacar R$ 1 mil com o cartão bancário de Ivete. Quando voltou, liberou a vítima para ir embora em seu veículo, com a condição de que não olhasse para trás.

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Avisada pela família, a polícia já estava rastreando o automóvel ao final do sequestro. Ivete não sofreu ferimentos. Os ladrões não haviam sido localizados até a tarde desta terça-feira, 17.

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) promove, na próxima terça-feira (10), duas sabatinas de indicados para o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Às 10h, os senadores vão arguir Emmanoel Campelo de Souza Pereira, indicado pela Câmara dos Deputados para ser reconduzido ao CNJ no biênio 2014-2016. O processo foi relatado pelo senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR).

Já a partir das 14h30, a CCJ volta a se reunir para deliberar, desta vez, sobre a indicação da ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Nancy Andrighi. O parecer sobre a indicação de Andrighi — que deverá exercer o cargo de Corregedora Nacional de Justiça no biênio 2014-2016 — foi apresentado, na última semana, pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS).

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“A aprovação do nome da ministra Nancy Andrighi para o Conselho Nacional de Justiça vem no passo do grito das ruas. Um grito que não exige, necessariamente, a produção de novas sementes legais, mas a semeadura do aparato legal já existente. Uma semeadura sem discriminações. Uma semeadura sem a impunidade que fertiliza as nossas maiores mazelas políticas e sociais”, afirmou o peemedebista no parecer.

Na ocasião, o presidente do CCJ, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), comentou que, pela primeira vez, o CNJ vai ter uma corregedora egressa da justiça estadual, conhecedora, portanto, das maiores dificuldades das primeira e segunda instâncias judiciais.

“Ela terá o papel de realizar o controle da atuação administrativa e financeira do Judiciário” observou Vital.

Durante a abertura do 1º Seminário Regional Programático da aliança PSB, Rede Sustentabilidade e PSB, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, neste sábado (22), os políticos sulistas engrandeceram a participação do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e da ex-senadora Marina Silva (PSB-AC), na postulação pela presidência da República. Corroborando o coro que recepcionou Campos, entoando “Brasil urgente, Eduardo Presidente!”, ao ser convidado para compor a mesa.

Ao discursar, o deputado federal Beto Albuquerque (RS) contou aos militantes os sonhos da vida dele, incluindo, entre eles, o desejo de ver Campos comandando o Brasil, através da chamada nova política. “Sonho com um Brasil sem desigualdades, eficiente, que seja capaz de resolver, não de enrolar e empurrar com a barriga. Sonho com um Brasil que seja governado pelo povo e não pela velha elite. Aqui está à chave da chamada nova política, que não é ter pouca idade, nem inventar tudo de novo, é ter a capacidade de reunir em um programa as diferencias convergências e o interesse do povo”, afirmou o deputado, criticando a atuação do Governo Federal na região do Sul. 

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Albuquerque ainda elencou ainda as deficiências da região, causadas pelo governo de Dilma Rousseff (PT), como no setor energético e na economia. “A presidenta Dilma veio quinta-feira sem corar o rosto num silencio sepulcral de quem desistiu de renegociar a dívida dos gaúchos, santa catarinense e paranaense. (...) Nós queremos um governo solidário com o nosso país”, disparou o pessebista. 

Um dos intermediadores da aliança entre Marina e Campos, o senador Pedro Simon (PMDB), também participou do encontro. Simon afirmou que ficava satisfeito com o que estava vendo ser feito pela aliança programática, além disso, ele garantiu que se sentia a vontade em participar do evento, apesar de fazer parte de uma legenda forte da base de Dilma.  “Vivemos aqui um momento muito importante, primeiro para mostrar que o Brasil não tem dono”, disse. 

“A Dilma tem suas qualidades e os seus defeitos, destes em Brasília, o maior é no nível da governabilidade, no toma lá da cá, aprova este projeto que eu nomeio um ministro. Isto tem que acabar”, cravou, alertando que nesta eleição “as coisas terão que ser definidas mesmo”. Simon disse ainda que um dos motivos pelo qual apoia Eduardo é a proximidade com o seu avô, Miguel Arraes, que segundo o senador “foi uma das pessoas mais dignas e corajosas”. 

“Não sei o que o meu partido vai decidir, mas eu estou aqui por duas obrigações, a primeira não é por ti. É por teu avô. (...) Estou aqui também pela minha irmã Marina... A união de todos vocês é muito importante. Marina e Eduardo, uma grande chapa”, afirmou.

No encontro, o cantor Márcio Padula homenageou os partidos com uma música gaúcha em homenagem a aliança programática e recitou versos incluindo parte das diretrizes programáticas. 

A discussão das diretrizes foi dividida em seis grupos: Estado e democracia; Economia para o desenvolvimento sustentável; Educação, cultura e inovação; Políticas sociais e qualidade de vida; Novo urbanismo e pacto pela vida e Política regional.

No dia 28 de outubro aconteceu o primeiro encontro programático da aliança, em novembro foi criado o site Mudando o Brasil que recolheu sugestões populares para a criação do documento Diretrizes para o Programa de Governo, que foi lançado no último dia 4, em Brasília, sendo levado para os estados que acrescentarão suas sugestões na construção daquilo que será apresentado aos eleitores durante a campanha. 

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