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Morreu na manhã desta segunda-feira, 14, em Belo Horizonte, a mãe do deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) e filha do ex-presidente Tancredo Neves, Inês Maria Neves Faria. Ela tinha 84 anos e morreu em casa, por causas não divulgadas pela família. O velório acontece na tarde desta segunda, na Funeral House, na capital mineira.

Além de Aécio, Inês deixa mais dois filhos: Andrea e Angela. Além disso, tinha sete netos. Ela era viúva do ex-banqueiro e ex-deputado federal Gilberto Faria (MG).

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Em nota, o deputado Aécio Neves se manifestou sobre o falecimento. "Hoje perdi minha mãe. A dor, como sabem aqueles que já passaram por isso, é dilacerante. Minhas únicas palavras nessa hora, em meu nome e de meus filhos, é de gratidão. Imensa gratidão por seu amor, por sua dedicação e por seus exemplos. Descanse em paz, minha mãe amada!", afirmou.

A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) divulgou nesta sexta-feira (9), que no próximo domingo (11), entre as 7h e as 17h, a Linha Sul do Metrô do Recife passará por uma manutenção programada.

Por isso, será usada apenas uma via singela, ou seja, apenas uma via será utilizada pelos trens nos dois sentidos entre as estações Tancredo Neves e Porta Larga.

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A CBTU enfatiza que não haverá paralisação dos serviços e que a data foi escolhida para minimizar o impacto aos usuários, já que a demanda de passageiros no domingo é reduzida.

Com as novas medidas restritivas anunciadas pelo Governo do Estado, o Grande Recife muda, temporariamente, a operação de mais cinco linhas que alimentam o Terminal Integrado Tancredo Neves, na Imbiribeira. A principal alteração tem início na próxima segunda-feira (18) quando três linhas deixam de entrar no TI e seguem direto para o Centro do Recife, evitando aglomerações no equipamento. O ponto final da viagem e retorno para os bairros acontecerá no Terminal de Santa Rita.

As linhas que deixam de circular, provisoriamente, pelo TI Tancredo Neves são 123 – Três Carneiros Baixo/TI Tancredo Neves, 134 – Lagoa Encantada/TI Tancredo Neves e 135 – UR-10/TI Tancredo Neves. Nos primeiros dias, o Consórcio fará um estudo para avaliar os impactos da alteração no deslocamento dos usuários durante o período de restrições provocado pela COVID-19.

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Já a partir do sábado (16) e enquanto durar a quarentena, a linha 168-TI Tancredo Neves (Conde da Boa Vista) deverá absorver a demanda da 167-TI Tancredo Neves (IMIP). Com isso, os ônibus da primeira linha farão atendimentos alternados à Prefeitura do Recife e ao Hospital IMIP, sempre saindo e retornando para o Terminal Integrado Tancredo Neves.

Para tirar dúvidas ou enviar sugestões e reclamações, o usuário pode entrar em contato com a Central de Atendimento ao Cliente (0800 081 0158) ou WhatsApp (99488.3999), exclusivo para reclamações.

*Com informação da assessoria

 

Um ônibus pegou fogo dentro do Terminal Integrado Tancredo Neves, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, na noite do domingo (20). Ninguém ficou ferido.

O coletivo havia voltado de uma viagem e já estava estacionado quando as chamas surgiram na parte do motor. O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 22h30. 

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O fogo ficou concentrado apenas no motor e foi apagado pela equipe dos bombeiros. Não há informações do que causou o incêndio.

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Um caso curioso aconteceu na última sexta-feira (4), na cidade de Presidente Tancredo Neves, no interior da Bahia. Uma mulher foi flagrada pela câmera de segurança de uma loja de eletrodomésticos, furtando uma TV e escondendo entre as pernas, debaixo da saia.

De acordo com informações da Polícia Civil, duas mulheres estavam envolvidas na ação. Enquanto uma delas distraia o funcionário do estabelecimento, a outra aproveitou para roubar uma televisão de 24 polegadas. A mulher esconde o aparelho debaixo da saia, e sai da loja tranquilamente.

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O furto só foi notado pelo proprietário da loja após a saída das duas. As imagens da câmera de segurança devem auxiliar o trabalho de investigação da polícia, que vão tentar identificar as suspeitas.

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Será inaugurada nesta terça-feira (24), às 8h30, pela Prefeitura do Recife (PCR), a creche-escola Tancredo Neves. Com importância essencial no futuro próximo da RPA-5, o lançamento foi apresentado, em café da manhã nesta segunda-feira (23), às famílias que deixarão suas crianças no novo local disponível. 

O investimento necessário para a criação da creche-escola Tancredo Neves foi de R$ 3,3 milhões. Completando os dados técnicos, o local tem capacidade para atender 220 alunos. Entretanto, a princípio, a instituição receberá apenas 115 crianças com até três anos de idade, distribuídas em seis turmas de berçário e também em meio ao grupo 3 da educação infantil. 

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Com a confirmação da inauguração da creche-escola, a cidade reforça a ultrapassagem da marca emblemática de 100 novas vagas para educação infantil desde 203. O total, os investimentos chegam a valores elevados, aproximando-se dos R$ 17 milhões, de acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura do Recife. 

O líder do PT no Senado, Humberto Costa, rebateu as declarações do senador Aécio Neves (PSDB) sobre os possíveis “golpes” aplicados pela oposição contra a gestão da presidente Dilma Rousseff (PT). Ao subir na tribuna do Senado, na noite dessa terça-feira (7), Costa leu um texto onde classifica o posicionamento do tucano como “ataques à normalidade democrática”.

Para ele, na realidade “os tucanos querem aplicar um golpe” sobre a presidente, “mas que não irão conseguir porque o Estado Democrático de Direito não admite o uso cínico, hipócrita e oportunista da moral de ocasião". O texto lido por Humberto foi assinado pelos 12 senadores que compõem a bancada do PT. 

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"A bancada do PT no Senado considera que o PSDB deveria parar de falar mentiras contra o PT e o Governo. E começar a falar verdades sobre si”, afirmou Humberto. Segundo ele, querer criminalizar o partido e o Governo Federal no Tribunal de Contas da União (TCU) por ações contábeis normais que também foram feitas em administrações tucanas “é, sim, um golpe”.   

Segundo o pernambucano, a democracia atual não admite a utilização despudorada dos “dois pesos e duas medidas”, como aconteceu, segundo ele, no caso do mensalão do PSDB, “em que nenhum envolvido até hoje foi punido pela Justiça”. 

“O PT nunca classificou a imprescindível luta contra a corrupção como golpe. Até mesmo porque foi o PT, e não o PSDB, que criou as condições políticas, jurídicas e administrativas para que a Polícia Federal, o Ministério Público, o TCU e a Controladoria-Geral da União (CGU) pudessem atuar com desembaraço no combate aos desvios”, declarou.

Humberto ressaltou ainda que foi o PT, e não o PSDB, que deu transparência à administração pública no Brasil, com a criação do Portal da Transparência e com a sanção da Lei de Acesso à Informação. Segundo ele, os tucanos parecem desconhecer que o país não está mais nos tempos prevaricadores do “engavetador-geral”, quando até mesmo votos em emendas constitucionais podiam ser comprados com a certeza da impunidade.

“O presidente do PSDB também desconhece que o Brasil não é mais uma ‘república de bananas’, que dá ensejo a golpes com base em pretextos jurídicos canhestros e no ressentimento dos derrotados nas urnas”, disparou. 

O líder petista também pontuou acreditar que Aécio Neves parece estar cada vez mais inspirado pelo espírito golpista da UDN de Carlos Lacerda e deveria “parar de falar mentiras contra o PT e o Governo”. “O presidente do PSDB deveria se inspirar mais na figura democrática e visceralmente antigolpista de seu avô, Tancredo Neves”, registrou. 

No fim do discurso, Humberto lembrou que Aécio teve razão em um ato "falho significativo, que talvez Freud explique", ao afirmar que "o PSDB é o maior partido de oposição ao (e não "do") Brasil". “Por sua busca frenética no quanto pior melhor, na ingovernabilidade e no golpismo, disse uma grande verdade sobre o seu partido. Aí sim, Aécio tem razão”, ironizou o parlamentar.

Em homenagem a Tancredo Neves, após três décadas passadas de sua morte, a deputada estadual Raquel Lyra (PSB) escreveu um artigo sobre o político de quase duas laudas. No texto, a socialista relembrou a trajetória do homem público e frisou como “ícone da redemocratização do Brasil”. Além disso, a parlamentar também citou uma passagem de seu tio, o ex-ministro da Justiça, Fernando Lyra.

Confira o artigo na íntegra abaixo:

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Ontem dia 21 de abril completamos 30 anos de morte de Tancredo Neves. Homem de uma trajetória política repleta de significados, mas aqui quero destacar o homem que se tornou o ícone da redemocratização do Brasil. Conciliação era a palavra que melhor caracterizava Tancredo Neves.

Na candidatura de Juscelino Kubistchek à presidência foi um conselheiro. Quando João Goulart aceitou o parlamentarismo, Tancredo já era visto como um possível primeiro-ministro. Desde o governo Getúlio Vargas, quando foi Ministro da Justiça, já era conhecido como um homem dos bastidores. Combateu a ditadura de forma particular, abrindo diálogo com os militares. Tancredo era a possibilidade de uma transição pacífica da ditadura para a democracia. 

Pernambuco foi cenário de muitos momentos importantes da vida política de Tancredo. A sua participação na Campanha pelas Eleições Diretas, teve aqui em Recife, um evento marcante, o comício na praia de Boa Viagem em 1984, e momentos de articulações políticas para a escolha do seu vice. Ele dizia: "Chegou a hora de libertarmos esta pátria desta confusão que se instalou no país há 20 anos".

Em 1985, momento de retomada da democratização, após o Movimento das “Diretas Já”, meu tio Fernando Lyra, foi o articulador da candidatura de Tancredo Neves à Presidência da República. Apesar da candidatura não ter ocorrido, em virtude, de derrota da emenda que restabeleceria o voto direto para o Executivo federal, foi essa posição de conciliação, que o fez, colocar-se como opção dos militares para viabilizar sua candidatura no Colégio Eleitoral.

A chapa Tancredo-Sarney levou às ruas comícios tão grandes como o da campanha das “Diretas Já”. Tancredo era conhecido como o candidato da conciliação e em janeiro de 1985, com 480 votos, contra 180 e 26 abstenções, o mineiro Tancredo Neves foi eleito Presidente da República pelo Colégio Eleitoral. Apesar da eleição indireta, Tancredo representava a esperança do povo. 

Suas palavras confirmavam o desejo pela mudança: “Restaurar a democracia é restaurar a República. É edificar a Nova República, missão que estou recebendo do povo e se transformará em realidade pela força não apenas de um político, mas de todos os cidadãos brasileiros!”.

Em entrevista concedida em 2012, meu tio, Fernando Lyra destacou o papel de Tancredo Neves dizendo: “Tive a felicidade de conviver com grandes políticos de várias gerações. (...) Mais do que ninguém, ele soube fazer a hora na história do Brasil. Personificou a transição democrática, mas o destino não quis que fosse o seu executor”.

Após 21 anos de ditadura militar, Tancredo Neves seria o primeiro presidente civil. Mas um tumor no intestino, várias cirurgias e um longo internamento afastaram o ícone da redemocratização. A euforia da vitória abriu espaço para a incerteza, o medo de Tancredo não tomar posse, era o medo do sonho da mudança não se concretizar. E no dia 21 de abril de 1985, sem tomar posse, Tancredo faleceu.

O seu exemplo de luta fica para nós como referência de como fazer política, sem retaliações e com espírito conciliador. A homenagem que faço hoje é para ressaltar o desejo que esse homem público tinha em mudar a realidade do nosso país. 

Tancredo Neves soube articular, ouvir, agir, esperar e conquistar. Que seu legado de perseverança não tenha sido em vão. A democracia sonhada por Tancredo Neves continua a ser construída no Brasil por milhares de brasileiros todos os dias, apesar dos momentos difíceis que vivemos.

Que os compromissos e alianças políticas tenham sempre em vista o fortalecimento da democracia e o bem estar do nosso povo, tão almejado por Tancredo.

Para vencer a disputa, O PMDB de Tancredo Neves, de Ulysses Guimarães e de tantas outras personalidades que lutaram contra o regime militar teve de se unir à chamada Frente Liberal, formada por dissidentes do PDS – partido de sustentação do governo militar.

No inicio de janeiro, o então deputado Ulysses Guimarães entregou a Tancredo o programa do partido, denominado de “Nova República”, que previa eleições diretas em todos os níveis, educação gratuita, congelamento de preços da cesta básica e dos transportes, entre outros.

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Tancredo firmou com os brasileiros, que foram às ruas lutar pelas eleições diretas, o compromisso de virar a página da história do Brasil, colocando fim ao ciclo comandado pelos militares. Tancredo Neves conquistou os brasileiros de Norte a Sul e deu ao país perspectivas de uma pátria livre. Com a convocação da Assembleia Nacional Constituinte, prometeu banir o chamado “entulho autoritário”.

Com esperança e ânimos redobrados, os brasileiros esperavam ansiosos a chegada do dia 15 de março de 1985, quando Tancredo Neves assumiria os destinos do Brasil e os militares voltariam para as casernas.

No dia 12 de março, a maioria da população ficou decepcionada com o anúncio do ministério, integrado por lideranças da antiga Arena e que haviam migrado para a Frente Liberal.

As esperanças começaram a diminuir com a doença de Tancredo Neves, internado 12 horas antes da posse em um hospital de Brasília, onde se submeteu a uma cirurgia. O problema de saúde do presidente eleito foi comunicado na véspera de sua posse. No dia 15 de março, no lugar de Tancredo assume interinamente a Presidência da República o vice-presidente eleito, José Sarney. 

Da noite de 14 de março até a noite de 21 de abril, brasileiros de todas as regiões, raças e credos oraram pela recuperação de Tancredo. As esperanças de tê-lo no comando do país acabaram na noite de 21 de abril, quando oficialmente foi anunciada sua morte. A tristeza e desesperança tomam conta do Brasil. Até o sepultamento, em 24 de abril, Tancredo recebeu homenagens de multidões de pessoas país afora.

Para o professor da Universidade de Brasília e cientista político Flávio Britto, Tancredo era a esperança. Segundo ele, sua morte acabou com o sonho de milhões de brasileiros que aguardavam as mudanças prometidas em campanha. “Tancredo representava a efetiva esperança da redemocratização. Sua morte foi um momento de muita frustação e dor para o povo. A simbologia que ele passava era da verdadeira redemocratização. Todos acreditavam que o país iria entrar novamente nos trilhos.”

“Além de representar a esperança, Tancredo Neves tinha a aparência de uma pessoa muito próxima e simpática. Ele estava sempre sorridente, disposto a se aproximar das crianças. Era uma figura que passava confiança”, disse o professor Flávio Britto. 

“A notícia da morte dele foi muito impactante. Havia uma união de solidariedade pela recuperação do presidente eleito. Todos torciam pela recuperação dele. Tancredo Neves foi transformado em uma espécie de herói nacional”, acrescentou Flávio Britto.

Há 30 anos, em 15 de janeiro de 1984, o Congresso Nacional elegia Tancredo Neves primeiro presidente civil do Brasil após 20 anos de regime militar. O fato é considerado um dos mais importantes da história recente do país e influencia o modelo de democracia brasileiro até hoje, na opinião de estudiosos e políticos.

“Hoje estamos vivendo o aniversário de 30 anos do fato político mais importante da história do Brasil”, define o senador Pedro Simon, que já estava na vida pública, no antigo MDB, partido de Tancredo, quando a eleição aconteceu.

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Para Simon, esse é o fato mais importante porque foi o primeiro que partiu de um movimento popular, o das Diretas Já, e obrigou o regime militar a ceder. Segundo ele, em outros eventos históricos importantes, como a independência, a Proclamação da República ou a criação da Consolidação das Leis do Trabalho, a iniciativa partiu de quem já estava no Poder e não foi motivada por levantes populares. “O movimento que teve a participação do povo, que o povo fez, que o povo lutou e é obra do povo é o das Diretas Já. Foi nesse movimento que começou”, avalia.

Mozart Viana, secretário-geral da Mesa Diretora da Câmara, já trabalhava na Casa quando Tancredo Neves foi eleito. Ele concorda com Simon sobre a importância do Movimento das Diretas Já para que um presidente civil fosse o escolhido em 1974. “Ali os militares perceberam que teriam que fazer a transição, e não seria mais possível manter o regime”, pontua.

Próximo a se aposentar, Mozart ainda se lembra como era o clima nos corredores da Câmara nos dias que antecederam a escolha de Tancredo. “Como as eleições diretas perderam por poucos votos – apesar de o Congresso ter sido sitiado no dia da votação, e os militares terem cercado o prédio, a emenda Dante de Oliveira perdeu por pouquíssimos votos –, isso fortaleceu a oposição. Então, houve migração de muitos deputados da base aliada na época para a oposição. E foi isso que permitiu a eleição do doutor Tancredo”, recorda.

Na avaliação do sociólogo e professor da Universidade de Brasília Elimar Nascimento, a eleição de Tancredo Neves foi fruto de um “pacto conservador”. Segundo ele, os mais moderados da oposição conseguiram ampliar o diálogo com os mais moderados da situação e alcançaram um acordo que propiciou a chapa com Tancredo e Sarney. “A eleição de Tancredo significou a forma possível, naquela época, de sairmos da ditadura militar por meio de um pacto entre os mais moderados. Foi uma saída do regime militar de maneira conservadora”, avalia.

Segundo o professor, esse pacto influencia a forma de fazer política no Brasil até hoje, porque em nome da democracia propiciada por ele, todos os partidos relevantes que vieram posteriormente acabaram deixando de lado, cedo ou tarde, posturas excessivamente à esquerda ou à direita, e se tornaram mais moderados para evitar rupturas.

“A vitória da dinâmica da negociação conservadora obrigou, mesmo os partidos mais à esquerda, como o PT, a aceitarem suas regras para ter acesso ao Poder”, afirma. “O que a dinâmica conservadora fez? Esvaziou a esquerda e obrigou os partidos a caminharem para o centro”, completa.

Elimar Nascimento exemplifica a influência do pacto conservador nas políticas atuais por meio do Bolsa Família. Ele recorda que o programa foi feito a partir de outros quatro já existentes, entre eles o Bolsa Escola, que condicionava a concessão da bolsa à permanência das crianças na escola, e era tocado pela Secretaria de Educação do Distrito Federal.

“O Bolsa Escola era um programa educacional para que as crianças fossem mantidas na escola e tivessem melhores condições de inserção no mercado de trabalho, posteriormente. Quando o Bolsa Família foi criado, ele não foi para o Ministério da Educação, e sim para o da Assistência Social, é um programa de assistência. E isso se mostra importante, de tal maneira, que influenciou no resultado das últimas eleições. Nada mais liberal”, comenta o professor.

Para Nascimento, “o PT se mostrou um partido tancredista” quando optou pela negociação com outros partidos ideologicamente diversos, em busca de uma coalizão. A negociação em busca de acordos era uma característica típica do presidente eleito pelo colégio eleitoral de 30 anos atrás.

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse considerar a eleição de Tancredo Neves, que nesta quinta-feira, 15, completa 30 anos, o momento mais significativo da história do País. Ele lamenta, no entanto, os rumos que o seu partido, o antigo MDB, tomou desde então.

"A vitória não foi das armas, do governo, da oposição, foi da sociedade, que foi para a rua de peito aberto. Hoje é um dia para ser festejado. Hoje é o dia da grande vitória do povo brasileiro", afirmou.

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A eleição de Tancredo em 1985 marca a volta dos civis ao poder após 21 anos de ditadura militar. O mineiro, porém, morreria antes de assumir a Presidência. Peemedebista histórico, Simon acompanhou de perto todo o processo e acabou se tornando ministro da Agricultura do novo governo, assumido pelo vice, José Sarney.

Aos 84 anos, Simon vai deixar a cadeira de senador que ocupa há mais de duas décadas, mas não esconde o descontentamento com o seu partido. "O PMDB deixou de ser o PMDB. O PMDB histórico não tem nada que ver com o que está aí. Infelizmente, as nossas bandeiras nós deixamos de lado", disse.

Quem utiliza o transporte público na Zona Sul do Recife ganhou um reforço nesta segunda-feira (15) com a inauguração do Terminal Integrado Tancredo Neves. Com um investimento de aproximadamente R$ 8,6 milhões, o novo terminal faz parte do projeto de modernização do Sistema Estrutural Integrado (SEI).

O novo equipamento beneficiará diretamente cerca de 64 mil pessoas de 20 localidades do Recife e Jaboatão do Guararapes. O governador Eduardo Campos afirma que além de ajudar na mobilidade urbana, a inauguração do TI influencia na saúde dos usuários do transporte. “Mais de um milhão de passageiros andam todos os dias de um lado para o outro na cidade e levam para ir e vir do trabalho quatro horas. Isso afeta até a saúde das pessoas. E por isso pensamos em formas melhores das pessoas se transportarem criando mais terminais”, explicou. 

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Segundo Campos, 816 viagens serão eliminadas da região com destino ao Centro do Recife com a implantação de uma linha de metrô. “O desafio é fazer mais por menos, ou seja, que as pessoas possam andar de uma forma mais barata e com qualidade”, concluiu.

O início da operação está marcado para o próximo sábado (20). O Terminal Tancredo Neves irá operar com 25 linhas de ônibus e uma linha de metrô. Serão 196 ônibus e 2.109 viagens. Os passageiros irão contar com 16 linhas alimentadoras, que transportam os usuários do subúrbio para o terminal; uma linha circular atendendo os usuários de Boa Viagem; quatro linhas transversais, com ligações entre os bairros de Dois Irmãos, Ibura, Ipsep, Alto Dois Carneiros e UR-11, e outra linha interterminal, fazendo ligação entre os TIs do Aeroporto e Tancredo Neves.

No terminal, os usuários também vão contar com uma linha perimetral que ligará o TI Tancredo Neves ao TI Macaxeira e três linhas troncais - sendo uma do metrô - que levarão os passageiros do TI Tancredo Neves ao Centro da Cidade e ao Instituto de Medicina Integral (IMIP). Todas as 25 linhas irão operar com a tarifa de R$2,25 (A) e terão intervalos, nos dias úteis, que variam entre cinco e 20 minutos. Até dezembro deste ano, o governador se comprometeu a entregar mais 10 terminais intergrados. Um total de 25 terminais até 2014. 

Com informações de Pollyanne Brito

SALVADOR - A Secretaria Municipal de Ordem Pública de Salvador (Semop-Salvador) retirou cerca de trinta vendedores ambulantes da passarela que corta a Avenida Tancredo Neves, no bairro da Pituba. O reordenamento faz parte da operação Ordem na Casa, da Secretaria Municipal de Salvador por meio da Semop.

O presidente da Associação de Trabalhadores Informais de Salvador, Arismário Barreto, afirmou que simplesmente retirar os ambulantes não existe. "Tem que padronizar e organizar a cidade. Mas, simplesmente retirar, sem dar opção para a pessoa trabalhar, não existe", afirmou Arismário.

Para a secretária da Ordem Pública, Rosemma Maluf, afirmou que um gestor público tem que pensar na coletividade. "Existe, sim, uma sensibilidade social. No entanto, um gestor público tem que pensar na coletividade, e não no indivíduo", afirmou a secretária.

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A Semop informou que outras ações fazem parte do reordenamento na cidade, mas não informou os locais e as datas.

Os filhos do presidente Tancredo Neves querem receber informações sobre todos os detalhes da doença e do atendimento a ele, na véspera de tomar posse, em 1985. Eles entraram com pedido de habeas data na Justiça Federal de Brasília para que os Conselhos Federal e Regional de Medicina do Distrito Federal entreguem todas as sindicâncias, inquéritos ético-disciplinares, documentos e depoimentos dos médicos a respeito do atendimento a Tancredo Neves.

O acesso à documentação poderá revelar todas as responsabilidades médicas no atendimento prestado a Tancredo Neves desde o primeiro diagnóstico da doença, em Brasília, até o último ato médico, quando de sua morte, em São Paulo.

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Tancredo Neves foi internado no dia 14 de março de 1985, na véspera de sua posse como presidente, marcada para o dia seguinte. Em seu lugar assumiu o vice, José Sarney. Ele morreu no dia 21 de abril, vítima de infecção generalizada, aos 75 anos.

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