Pedro Simon cobra atitude de Dilma em relação à Petrobras

Senador criticou a presidente, mas elogiou o trabalho da Petrobras, Receita e Ministério Público

por Richard Wagner seg, 17/11/2014 - 16:57
Waldemir Barreto/Agência Senado

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) cobrou da presidente Dilma Rousseff atitudes em relação aos escândalos de corrupção na Petrobras, investigadas pela Polícia Federal através da operação Lava Jato. O parlamentar se pronunciou nesta segunda-feira (17), no plenário da casa, e pediu a governante que escolha pessoas competentes e não apenas indicações partidárias . 

“Está na hora de ela agir. Está na hora de ela (Dilma) tomar providência. Creio que o nome que não é mais Lava Jato, mas Ponto Final, Fim de Linha. Os nomes estão aí, os diretores da Petrobras que participavam estão aí, quem os indicou está aí. É partir para a execução”, cobrou Simon. 

O senador também pediu que todo o dinheiro pago a mais pelas obras licitadas sejam devolvidos. A operação Lava Jato entrou na sétima fase, denominada “Juízo Final”, e agora investiga um cartel formado pelas maiores empreiteiras do Brasil. De acordo com as investigações, as empresas combinavam os vencedores das licitações para realização do obras da Petrobras e distribuíam propinas de 2% ou 3% dos contratos com a estatal de petróleo.  

Simon lembrou que Dilma foi indicada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela sua experiência e competência, não por ligação com partido político. Apesar desse reconhecimento, o senador disse considerar que, se há um responsável direto pelos escândalos, é a presidente.

O parlamentar elogiou o trabalho da Polícia Federal, Receita e Ministério Público e criticou a presidente lembrando que o governo foi contra a criação das CPIs para investigar os escândalos da Petrobras.

“Quem vê a Presidenta falar, fica emocionado, pensa que ela é firme, que ela mandou fazer isso, ela mandou fazer aquilo. Ela não mandou fazer nada! Ao contrário, quando se tentou criar a CPI aqui, o governo boicotou. A bancada do governo impediu, evitou. Não deixou chamar” criticou.

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