Candidatos querem acabar com o racha do PT no Estado
Os postulantes Teresa Leitão, Edmilson Meneses e Bruno Ribeiro tem em comum a proposta de unir o partido em Pernambuco
O principal desafio dos candidatos à Presidência do PT em Pernambuco é unir o partido. As trocas de farpas entre as principais lideranças no Estado levaram a sigla a perder as eleições municipais em 2012 e o protagonismo da legenda na Capital. Com isso, a deputada Teresa Leitão (PT), o professor Edmilson Meneses (PT) e Bruno Ribeiro (PT) – postulantes ao cargo - tentam retomar a hegemonia do Partido dos Trabalhadores e ter um palanque competitivo para a Presidente Dilma Rousseff (PT) conseguir se reeleger no pleito nacional.
De acordo com a deputada Teresa Leitão (PT), apoiada pelo ex-prefeito João da Costa, o deputado federal Fernando Ferro (PT) e o atual presidente da legenda no Recife, Oscar Barreto precisam trazer a militância novamente ao debate interno. “A militância precisa ser convocada a participar. Temos que ter diálogo com os movimentos sociais, unir o partido, mostrar nossa força. Devemos passar dessa etapa de intrigas e conseguir trazer debates que interessam a sociedade e ao crescimento do próprio PT. É preciso de uma mudança, e para isso lançamos nossa candidatura”, relatou a parlamentar.
Segundo o professor de Física Edmilson Menezes (PT), o PT precisa acabar com alianças com partido da direita. De pensamento “trotskista”, ele defende que a sigla não perca as suas origens. “Não devemos continuar com esse tipo de política. Precisamos trabalhar o PT com as metas que ele foi criado. Estamos cometendo vários erros sucessivos. As prévias no Recife (entre o ex-prefeito João da Costa (PT) e o ex-deputado federal Maurício Rands (PSB) prejudicaram a imagem do partido). É preciso de uma reforma política no nosso partido, os militantes já não participam do debate. Eles precisam ter voz dentro do PT”, salientou.
Para o candidato Bruno Ribeiro (PT), apoiado pela corrente Construindo um Novo Brasil, que é liderada pelo senador Humberto Costa (PT) disse que o PT precisa se mudar “para dentro”. “E é fácil mudar o PT. Para mudar é preciso ser o mesmo, o que lutava nas ruas, o que escutava a população, que tinha participação dos movimentos sociais. Precisamos resgatar isso. E para conseguir é preciso unidade, é preciso ter diálogo com todas as tendências, com todas as correntes. Garanto que depois do PED irei mesmo conversar com Teresa Leitão, independente de resultado. É importante estar unido, principalmente para ajudar na reeleição da presidente Dilma Rousseff”, frisou o postulante.