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O PT de Pernambuco elegeu, neste fim de semana, o novo presidente da legenda. Glaucus Lima, que tinha assumido a administração do partido com a renúncia do ex-presidente Bruno Ribeiro, foi confirmado para o cargo. A reunião do diretório petista para a eleição aconteceu nesse domingo (31), no Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Informática, Processamento de Dados, e Tecnologia da Informação de Pernambuco (SindPD-PE), no bairro da Boa Vista, área central do Recife.

Além da confirmação de Glaucus, também houve outras mudanças na Executiva do PT em Pernambuco, que é encarregada de tocar a pauta de reuniões e seus encaminhamentos.  O deputado federal Carlos Veras passou a ser o primeiro vice-presidente e Neide Silveira a terceira-vice presidente. O novo secretário de Relações Institucionais é o petista Sérgio Goiana e o deputado estadual Doriel Barros também passou a integrar o grupo.

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Bruno Ribeiro, que era presidente estadual do PT, renunciou ao cargo em 11 de fevereiro para, segundo ele, voltar a exercer as atividades de advogado. No ato de renúncia, Ribeiro afirmou que poderia contribuir mais “às ameaças fascistas” como advogado do que como dirigente. “Tenho clareza de que, nessa fase do País, poderei contribuir mais na resistência às ameaças fascistas aos direitos como advogado do que como dirigente partidário”, observou.

O ex-presidente assumiu o comando do PT em dezembro de 2015 e foi reeleito em maio de 2017.

Presente no ato pró-Haddad, realizado neste sábado (20) no Recife, o presidente do Diretório Estadual do PT, Bruno Ribeiro, diz que muitas pessoas assumem a figura de Jair Bolsonaro (PSL) como algo novo na política, o que seria um equívoco. Nos últimos dias antes da eleição, a militância deve chegar até as periferias do Grande Recife para fazer campanha pelo candidato petista, diz Ribeiro.

“A gente tem feito, a esquerda e os partidos de esquerda, esse contato com a periferia. Mas eu reconheço que precisa ser retomado como permanente e orgânico o diálogo com a periferia. Até o dia 29 vamos chegar nas regiões pobres para conversar com o jovem que está se confundindo. O novo é Haddad”, explica Bruno.

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Ele continua: “Há um descrédito enraizado na sociedade em relação ao político. Isso sempre se deu, mas nos últimos anos, com tudo que a gente vem acompanhando, inclusive manipulações, há uma reação muito grande a políticos. As regiões mais pobres, sob o impacto da baixa oportunidade e do alto desemprego, estão se iludindo que Bolsonaro é novo. Ele é um veterano com o pior que a política tem, elege filhos, tem ideias grotescas”.

O presidente do PT-PE também lembrou as denúncias de caixa 2 contra Bolsonaro. Ele acredita que a situação tende a elevar Haddad. “A campanha de 2014 foi um pouco assim, Dilma foi virar nos últimos dias”, finaliza.

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Mesmo com as pesquisas apontando vantagem do candidato Jair Bolsonaro (PSL) na disputa pela Presidência da República, o PT, de Fernando Haddad, não tem aberto mão da disputa. Presidente da legenda em Pernambuco, Bruno Ribeiro disse acreditar na reversão dos votos no próximo dia 28, quando acontece o 2º turno do pleito. Na ótica dele, assim como em 2014, quando a disputa era entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), a “sociedade vai virar o jogo”.

“Vivemos um processo semelhante em 2014, quando no 2º turno a sociedade foi à frente dos partidos. O candidato que representava uma ameaça, que era o retorno da pauta neoliberal e comparada com as ameaças de agora é até simples e civilizada, a sociedade virou aquele jogo e vai virar novamente. A sociedade não vai aceitar esse convite a mergulhar nas trevas e subordinação ao que há de pior na elite brasileira”, considerou o dirigente, ao se reunir com membros do PSOL nessa quinta-feira (18) para intensificar a agenda pró-Haddad.

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Uma pesquisa Datafolha divulgada na noite de ontem aponta que Bolsonaro tem 59% dos votos válidos e Haddad 41%. Bruno Ribeiro também alertou para o que chamou de “arma da fake news”, segundo ele, tendo como base ações Cambridge Analytica, empresa de publicidade americana que teria feito ações para influenciar a eleição do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

“Estão sendo usadas armas sobre o mantra da expressão fake news tem coisas muito graves. O que é visto nas redes sociais não é feito no clube militar por esses generais de pijama que querem voltar a mandar no Brasil, é feito fora do Brasil. As ameaças são profundas, físicas e aos princípios e valores”, salientou.

Ainda para o presidente do PT pernambucano, Bolsonaro é uma “pessoa grotesca” e a sociedade precisa estar atenta ao fato de que “não está se escolhendo apenas um candidato, mas um modo de vida. Não é só Haddad e Bolsonaro é algo mais forte e perigoso”.

O último ato oficial de campanha do candidato à Presidência da República Fernando Haddad (PT) será no Recife. De acordo com o presidente do PT em Pernambuco, Bruno Ribeiro, o ex-prefeito de São Paulo comandará uma caminhada na próxima quinta-feira (25), com concentração a partir das 16h, no Parque Treze de Maio e seguirá até a Praça da Independência, no Centro da capital pernambucana. A atividade vai culminar uma série de ações menores que os partidos aliados estão realizando em prol do petista no Estado.

Nesta quinta-feira (18), a cúpula do PT local se reuniu com a direção do PSOL e parlamentares eleitos para alinhar a agenda da reta final da campanha. Uma comissão com três membros de cada legenda será criada e as atividades devem ser fechadas até esta sexta (19). Em coletiva de imprensa, após o encontro que aconteceu na Casa Marielle, no bairro do Derby, Bruno Ribeiro disse acreditar na reversão dos votos, uma vez que o adversário de Haddad, Jair Bolsonaro (PSL), está na frente nas pesquisas de intenções de votos.

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“Estamos aprofundando a articulação planejada das forças democráticas para evitar [a eleição de Bolsonaro]. Para a sorte nossa, os 49 milhões de votos em Bolsonaro não são de fascistas. Se fosse de nazistas e fascistas a preocupação nossa era maior. Há um percentual enorme de consciências que estão manipuladas e vamos atrás de reverter esses votos”, salientou o dirigente petista.

O encontro do PT apenas com o PSOL deu a entender que há uma divisão em Pernambuco da frente em defesa de Haddad, já que PSB e PDT, por exemplo, também estão no mesmo palanque no âmbito nacional, além de PCB, PSTU e PCdoB. O presidente do PT, contudo, deixou claro há uma unidade. “É uma frente só que está agindo em diversas regiões através das suas militâncias. Existem visões diferentes [entre os partidos], mas lutamos para que o país continue abrigando essas diferenças”, disse.

O presidente estadual do PSOL, Severino Biu, também reforçou a tese. “Essa unidade se estabelece nas ruas, o PT e o PSOL, apesar das suas divergências, vem pautando as reivindicações da sociedade brasileira. Esse é um momento concreto que estamos expressando nossa unidade. Queremos que este seja um momento de virada política. Acreditamos que o eleitor brasileiro define seu voto na última semana”, argumentou, lembrando que “não podemos misturar as posições estaduais com a disputa federal” e a unidade desses partidos independe do cenário estadual.

Ex-candidata a governadora pelo PSOL, Dani Portela também participou do encontro assim como outros políticos que foram candidatos dos dois partidos - eleitos ou não. Para a psolista, o momento é de “olhar nos olhos” das pessoas para barrar Bolsonaro.

“Entendemos essas eleições como um marco histórico de um divisor de águas, não é simplesmente para escolher entre dois campos, estamos no momento de decidir entra a civilização e a barbárie. Reta final de agendas que já estão acontecendo e a nossa tática daqui para o final é olhar no olhos das pessoas, o crescimento de Bolsonaro mostra o sentimento de crise de representatividade e precisamos sair, voltar para as bases. Muitos que estão nesse projeto estão indo sem compreender o tamanho do abismo”, reforçou.

Além de Dani, do PSOL estavam o deputado estadual Edilson Silva, o vereador do Recife Ivan Moraes e o coletivo eleito para deputada estadual do Juntas. Já do PT, o senador Humberto Costa, os deputados estaduais Odacy Amorim e Teresa Leitão, além da vereadora e deputada federal eleita Marília Arraes.

Depois da vereadora Marília Arraes (PT) anunciar o apoio do Avante à sua pré-candidatura ao Governo de Pernambuco, inclusive com a indicação do deputado federal Silvio Costa para ocupar uma das vagas ao Senado pela eventual chapa que concorrerá, o presidente estadual do PT, Bruno Ribeiro, disse que “jamais” foi apresentada ou debatida a hipótese de coligação com o partido para a direção local petista e ponderou que as decisões partidárias devem ser tomadas apenas nas convenções, marcadas para acontecer entre os dias 27 e 29 de julho. 

Até o dia 27 de julho, Bruno disse que segue o direcionamento da Executiva Nacional de construir alianças com PSB e PCdoB, classificados como “prioritários” pela resolução divulgada no dia 9 de junho.   

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“A decisão sobre as candidaturas majoritárias em Pernambuco serão tomadas, com estreito entrosamento, pelas instâncias nacional e estadual, tendo como eixo central o fortalecimento da vitoriosa candidatura Lula Presidente e da retomada de um modelo de desenvolvimento popular e democrático, no interesse do povo brasileiro e do País”, declara o presidente estadual na nota.

A postura de Bruno põe em questionamento os argumentos apresentados por Marília Arraes durante a coletiva, nesta terça-feira (19), afirmando ter conversado com o presidente sobre o passo que tomaria sua pré-candidatura. 

"Todas as instâncias partidárias serão cumpridas. Isso [o anúncio] é em consonância com a base do partido. Conversei com Bruno [Ribeiro], falei da intenção de Silvio Costa de declarar apoio ao nosso projeto, mas ele tem mantido a postura de imparcialidade bastante condizente para a melhor condição do partido. Nossos passos são sempre informados ao presidente do PT e faz parte da nossa caminhada. É importante dizer que esse trabalho é para fortalecer o PT, não estamos isolados. Estamos com a aliança com o povo de Pernambuco e recebendo o apoio de Silvio Costa”, disse a vereadora na ocasião. 

Veja a nota de Bruno Ribeiro na íntegra:

NOTA

Sobre os assuntos tratados na coletiva convocada pela vereadora e pré-candidata Marília Arraes, registramos:

1- Que a hipótese de coligação com o Avante ou o eventual apoio à postulação do deputado Silvio Costa, jamais foi apresentada ou debatida na Direção Estadual do PT-PE, a cujas instâncias (Diretório e Encontro de Delegados) cabem, exclusivamente, a decisão sobre as candidaturas do nosso partido ao Governo do Estado e ao Senado;

2- Que, como é de público conhecimento, essas decisões partidárias, no PT em todo o Brasil, somente serão tomadas entre os dias 27 a 29 de julho, se não houver nova alteração nesse calendário;

3- Até lá, seguem as articulações da Direção Nacional objetivando construir alianças com os partidos declarados prioritários pela resolução da Executiva Nacional, datada de 09 de junho passado, o PSB e o PCdoB;

4- Que a decisão sobre as candidaturas majoritárias em Pernambuco serão tomadas, com estreito entrosamento, pelas instâncias nacional e estadual, tendo como eixo central o fortalecimento da vitoriosa candidatura Lula Presidente e da retomada de um modelo de desenvolvimento popular e democrático, no interesse do povo brasileiro e do País.

Recife, 19 de junho de 2018.

BRUNO RIBEIRO

Presidente do PT-PE

Durante o ato do Dia do Trabalhador, nesta terça-feira (1º), o presidente do Partido   Trabalhadores em Pernambuco (PT-PE), Bruno Ribeiro, garantiu que Lula será novamente presidente do Brasil. "No dia 7 de outubro, milhões de brasileiros vão ver o retardo de Lula nas urnas e vamos ter a democracia de volta", garantiu em cima do trio, durante manifestação na Praça do Derby, Centro do Recife. 

Ribeiro, assim como os demais defensores do líder petista, disse que eleição sem lula é fraude. "Eleição sem Lula é fraude e não vamos deixar que isso aconteça", avisou, ressaltando que o Dia do Trabalhador deste ano é simbólico porque aquele que foi "o maior operário do Brasil" está preso. 

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Segundo ele, Lula é um preso político. "A prisão de Lula foi uma medida arbitrária que são sinais que o golpe fracassou e estão radicalizando ao prender Lula. O golpe fracassou e por isso o povo reage hoje na praça da democracia como também nas outras cidades brasileiras".  

"Se o golpe radicaliza, nós vamos radicalizar também para retomar a democracia. O golpe não é dado a Lula, é dado para destituir o povo brasileiro de sua soberania. Eles radicalizam quando executam Marielle, radicalizam quando são violentos, como são todos os fascistas da história", discursou. 

Bruno ribeiro ainda denominou o juiz Sérgio moro como um "juiz da direita" e não um juiz do direito.

A iminente prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após o julgamento dos recursos contra a condenação dele a 12 anos e um mês de prisão na segunda instância e a avaliação do habeas corpus preventivo no Supremo Tribunal Federal (STF), está no foco da atenção da militância do PT em todo país. Em Pernambuco, o presidente estadual da legenda Bruno Ribeiro, disse que “os petistas estão de prontidão”. 

“Não podem prender Lula. Ele é inocente. Este é um momento estratégico para Lula, para a Democracia, para as lutas populares, para o povo brasileiro e para o PT. Precisamos estar unidos e mobilizados como nunca, pois os nossos sonhos de igualdade, o nosso país, o nosso partido e a maior liderança popular da história brasileira, o nosso Lula, serão mais uma vez ameaçados", declarou o dirigente estadual. 

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A legenda planeja um ato para a próxima segunda-feira (26), quando está agendada a apreciação dos recursos. Nesta quinta-feira (22), será realizada uma reunião entre militantes, dirigentes e parlamentares para organizar a manifestação denominada “Lula Livre e pela democracia”. 

Ex-prefeito do Recife, João Paulo pediu afastamento do PT por tempo indeterminado. Em conversa com o LeiaJá, na manhã desta quinta-feira (15), ele negou que o distanciamento tenha ligação com a eventual candidatura da vereadora Marília Arraes (PT) ao Governo de Pernambuco e disse que foi motivado por questões pessoais. 

“Pedi afastamento por tempo indeterminado. Estou com mestrado, no inglês e em outros projetos pessoais este ano, vou participar dos eventos em defesa de Lula, mas internamente não terei tempo para participar de definições e discussões”, declarou, mesmo dizendo que detalhes sobre o assunto serão dados pelo presidente da legenda em Pernambuco, Bruno Ribeiro. 

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A solicitação de afastamento de João Paulo foi divulgada por Bruno Ribeiro durante uma reunião da Executiva Estadual na última terça-feira (13). Informações de bastidores dão conta de que o afastamento teria sido motivado por um racha interno envolvendo a eventual candidatura da vereadora Marília Arraes ao governo. Indagado sobre isso, João Paulo negou.

“Não tem nada a ver, o partido tem três pré-candidaturas. A política de aliança com o PSB não depende de Pernambuco, mas de articulações nacionais. O próprio Lula deixou isso bem claro na nossa reunião. Não tem nada haver”, salientou. João Paulo é um dos petistas que defende a reaproximação entre o PT e o PSB para a disputa eleitoral em Pernambuco este ano. Ele inclusive chegou a ser cotado como candidato a vice-governador na chapa que buscará a reeleição de Paulo Câmara (PSB). 

A deputada estadual Teresa Leitão (PT) também rechaçou a possibilidade. “Esse tipo de análise é altamente prejudicial e isto só faz acirrar um processo que está requerendo o máximo de unidade e tranquilidade. Tenho certeza que João Paulo e os demais dirigentes do PT reconhecem isto. Até pelo momento momento político conjuntural”, declarou. 

Procurado pelo LeiaJá, Bruno reforçou a justificativa de João Paulo sobre motivos pessoais e afirmou que está elaborando uma nota oficial sobre o assunto. Em reserva, petistas afirmaram que desde a última terça Bruno Ribeiro e outras lideranças conversam com o ex-prefeito para fazer com que ele não se afaste bruscamente do PT, nem do processo político.

O alinhamento eleitoral do PT em Pernambuco será debatido, nesta sexta-feira (9), durante uma reunião entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a cúpula da legenda no Estado. O encontro será em São Paulo, às 10h30, e foi proposto pelo Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) da Executiva Nacional, depois da divisão entre os caciques petistas diante do quadro local: enquanto alguns defendem uma aliança com o PSB, outros ressaltam a necessidade do partido ter candidatura própria ao governo. 

O líder-mor da legenda e a presidente nacional, a senadora Gleisi Holffman (PR), vão abordar o reflexo de aspectos da disputa presidencial na corrida local com o presidente pernambucano do partido, Bruno Ribeiro, o senador Humberto Costa e a deputada estadual Teresa Leitão. Os pré-candidatos petistas a governador - a vereadora Marília Arraes, o deputado estadual Odacy Amorim e José de Oliveira - também devem participar do encontro. 

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Dentro do PT, a insatisfação com uma eventual reaproximação com os pessebistas em Pernambuco, o que por um lado daria fôlego para a reeleição do governador Paulo Câmara e ajudaria na eleição de deputados federais petistas, é visível. Entre os que já defendem a aliança estão Humberto e o ex-prefeito do Recife, João Paulo. Já os pré-candidatos e Teresa Leitão cravam diante do indicativo aprovado pela legenda de concorrer majoritariamente. 

Lula, por sua vez, já demonstrou que é afeiçoado ao realinhamento do PT com o PSB estadual. Ele recebeu recentemente a visita de Paulo, Renata Campos e João Campos em São Paulo e, antes disso, chegou a questionar se o PT queria continuar brigando com o PSB.

A legenda pessebista já definiu no Congresso Nacional, no último fim de semana, que marchará com partidos de esquerda seja no quadro nacional ou nas estaduais. E o presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, sinalizou a possibilidade do PT e PSB “caminharem juntos” em Pernambuco. O que resta, agora, é a postura petista que deve ponderar a análise feita hoje por Lula. 

Muitos brasileiros insatisfeitos com o atual cenário político, entre o ex-presidente Lula (PT) e o atual presidente Michel Temer (PMDB), não escolheriam nenhum dos dois. Mas para o presidente do Partido dos Trabalhadores em Pernambuco, Bruno Ribeiro, os brasileiros farão essa escolha na eleição deste ano. Em entrevista concedida ao LeiaJá, neste domingo (4), o dirigente também garantiu que a ex-presidente Dilma Rousseff “é uma mulher honesta”.  

“O povo brasileiro é que decidirá qual Brasil quer: o de Temer ou o de Lula. Então, quando a gente diz que vai persistir e teimar como temos feito desde a fraude no impeachment, é lutar pelo retorno da democracia”, declarou.

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Apesar da afirmação, Ribeiro garantiu que a legenda não vai “endurecer o tom”. “Nós vamos persistir na defesa do direito não dele [Lula], mas do povo de votar nele. Nós vamos insistir e não vamos medir esforços de forma que a Constituição seja repeitada e a democracia restabelecida”.

“Todos os atos serão pacifico como os realizados para combater a destituição fraudulenta de uma mulher honesta e eleita para a presidência com Dilma Rousseff. Não vamos deixar de fazer atos pacíficos“, contou. 

 

 

 

 

 

O julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em segunda instância, por crimes investigados pela Lava Jato, tem movimentado o mundo político e definirá os rumos da legenda para as eleições no país. Presidente do PT em Pernambuco, Bruno Ribeiro disse que acredita na absolvição do líder-mor petista e reforçou a condenação ao que chamou que “desejo de fazer política do Judiciário”.

“Estamos nas ruas fazendo a defesa do direito da constituição e pedindo a absolvição de um cidadão inocente. Não se apresentou uma prova e não há crime. Isso foi uma manipulação de uma parte do Judiciário que quer fazer política, mais precisamente o juiz Moro e o Deltan Dallagnol que apresentam convicções ideológicas como os fatos”, salientou Ribeiro. 

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Sob a ótica do petista, “para fazer política o juiz e procurador tem que ir para política”. “Estamos exigindo e nos mobilizaremos para cobrar que a justiça seja feita”, disparou o dirigente.  

Na próxima quarta-feira (24), o TRF4 vai apreciar o recurso de Lula contra a sentença do juiz Sérgio Moro que o condenou a cumprir 9 anos e 6 meses de prisão, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

O ex-presidente vai ser julgado, em segunda instância, pelo processo da Lava Jato referente ao pagamento de propina da empresa OAS, a partir de um triplex no Guarujá, litoral de São Paulo. Além da detenção, a sentença de Moro também o proíbe de exercer cargos públicos por 7 anos e a pagar uma multa de R$ 669,7 mil.

Segundo Bruno Ribeiro, “após o dia 24, qualquer que seja o resultado, eu quero registrar, no dia 25, absolvendo ou condenando, a direção nacional do PT, se reunirá e vai pronunciar oficialmente que Lula é candidato. Lula é candidato não só do PT e dos petistas, mas também Lula é candidato do povo brasileiro. Lula é candidato de um país”.

A rearrumação eleitoral dos partidos para a disputa deste ano em Pernambuco tem sido marcada por quebras de alianças, retomadas de outras e até mesmo alinhamentos inéditos. Mas um casamento antigo, entre PSB e PT, que foi dissolvido no estado desde 2013, quando Eduardo Campos anunciou na época que concorreria à Presidência da República, vem atraindo a atenção política. Nos bastidores, há quem diga que os dois partidos trabalham por um realinhamento mirando na disputa estadual em outubro. 

O PSB visando unir forças e tentar garantir a permanência no comando do governo com Paulo Câmara e o PT sob a ótica de ampliar as possibilidades de retomar o protagonismo no legislativo. Desde 2014, a legenda não ocupa nenhuma cadeira na bancada pernambucana da Câmara Federal, perdeu a disputa pelo Senado - o mandato de Humberto Costa encerra em dezembro, ficando sem representatividade -  e tem apenas duas vagas na Assembleia Legislativa (Alepe). 

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Apesar das pretensões internas, a reabertura do diálogo entre pessebistas e petistas, entretanto, tem entraves como por exemplo: o destino do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que mesmo sendo ainda o maior puxador de votos do Nordeste, pode ter que cumprir 9 anos e 6 meses de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção na Lava Jato. O julgamento da sentença, em segunda instância, está marcado para a próxima quarta-feira (24), em Porto Alegre. Se for condenado isso pode pesar negativamente em um palanque estadual. 

“O PSB vai esperar o resultado do julgamento de Lula para intensificar ou não as articulações, mas a expectativa que temos é de aliança com o PT”, detalhou um deputado pessebista à nossa reportagem em reserva. “Tem resistência nos dois partidos, mas acredito que a reaproximação vai acontecer”, acrescentou. 

Direções dos partidos são ponderadas

As conversas de bastidores, entretanto, são negadas pelo presidente estadual do PT, Bruno Ribeiro. Segundo ele, há um alinhamento nacional entre PT e PSB para combater o governo do presidente Michel Temer (MDB), mas em Pernambuco “não tem havido articulação entre PT e PSB desde a época de Eduardo”.  

“É especulação pura. Em Pernambuco temos por três vezes, desde junho do ano passado, reafirmado por unanimidade [em reuniões do diretório estadual] a decisão de apresentar uma candidatura própria e um projeto de que possa oferecer uma saída aos empasses do governo atual, que estabeleceu uma situação de retrocesso para o Estado”, disse em conversa com o LeiaJá.  “Estou reafirmando o que é óbvio: perdemos a eleição em 2014, mas somos oposição ao governo. Somos oposição ao governo, não está havendo conversas em Pernambuco”, acrescentou. 

Segundo o presidente, o PT tem três pré-candidatos a governador e entre março e abril “um deles ou outro” deve ser escolhido. “Marília [Arraes], Odacy Amorim e o militante José de Oliveira já se colocaram para a disputa. Esse debate vai ser feito de uma maneira democrática e madura, vamos escolher entre março e abril um deles ou algum outro”, disse. “Marília tem mais adesão pública e até dentro do próprio PT pela postura que tem adotado”, acrescentou.  

Para Bruno, o alinhamento nacional “é uma outra dimensão”. “O PSB mudou seu posicionamento em relação ao governo Temer, o PSB que participou no início do governo Temer e votou pelo impeachment, então é natural que os partidos e as forças que fazem oposição a Temer para lutar contra a reforma da previdência tem que conversar. O PT, PSB, PDT e PCdoB tem tido conversas nacionalmente. É uma questão ligada o plano nacional. É importante que a oposição ligada ao presidente esteja unida”, salientou. 

Já o presidente estadual o PSB, Sileno Guedes, disse que “se houver algum avanço de indicativo dessas alianças a nível nacional do PT não tem nenhum problema [dividir o palanque estadual com o PT]”. 

“O PSB tem conversado com o PT, PDT, PCdoB e diversas forças políticas que estão preocupados com o momento que o Brasil. Temos uma história de alianças com o PT independentemente dessa questão do presidente Lula [julgamento no TRF]. Neste momento não existe nenhum indicativo de aliança local, até porque é o momento dos partidos dialogarem. Hoje os movimentos que estamos fazendo não são para compor chapa”, salientou o dirigente pessebista. 

Também segundo conversas de bastidores, uma chapa já estaria sendo montada com os dois partidos unidos e tendo o PSB na majoritária com Paulo Câmara e o PT no Senado disputando com Humberto Costa a reeleição ou o ex-prefeito João Paulo. “Não tem nada disso. A única coisa que tem fechada nesta chapa é a presença do governador Paulo Câmara na disputa pelo governo”, garantiu. 

Sileno Guedes não descartou totalmente a possibilidade de ter o PT no mesmo palanque e lembrou que o PSB vai tentar atrair para Frente Popular todos os partidos que estejam no “campo da esquerda democrática”. Além disso, ele ponderou ainda que o eixo principal das articulações não será baseado, por exemplo, no tempo de televisão que Paulo Câmara terá disponível na campanha.  

Durante o lançamento do Comitê Metropolitano em Defesa da Democracia e do Direito de Lula Ser Candidato a presidente, no Recife, na noite desta quinta-feira (11), o presidente do Partido dos Trabalhadores de Pernambuco, Bruno Ribeiro, elevou bastante o tom para deixar um recado aos antilulistas: "Vão ter que engolir Lula".

Ribeiro afirmou para uma plateia composta por petistas e militância que lotou o auditório Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), localizado em Santo Amaro, que o líder petista não tem culpa alguma e que o ex-presidente é vítima de uma perseguição política. "Lula é inocente. A gente tem repetido isso. Lula é um cidadão honrado. É um inocente que sofreu a maior devassa que um cidadão pode sofrer. Não sei quantos cidadãos aguentariam a devassa que Lula enfrentes", ressaltou. 

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O presidente do PT-PE falou que há todo um aparato na Justiça para blindar o presidente Michel Temer (PMDB) e o "criminoso" senador Aécio Neves, que continua exercendo o seu mandato diferente do que acontece com o ex-presidente. "Vão ter que engolir Lula porque querem rasgar a democracia. A gente viu uma agenda ser manipulada no Tribunal Regional Federal da 4 Região.  Paulo Malu foram 15 anos para ser julgado e, em quatro meses, pautaram o julgamento de Lula".

Bruno Ribeiro falou que Lula está sendo alvo de uma perseguição da direita. "Porque sabem que ele é a oportunidade de trazer de volta o que foi perdido". Avisou ainda que o julgamento que acontece no próximo dia 24 é apenas uma etapa da luta. 

A representante do PCdoB no evento, Manoela Mirela, acrescentou que Lula tem o direito de ser candidato. "Querem retirar ele da eleição. O golpe está muito bem orquestrado, mas nossa militância vai estar em Porto Alegre para defender a democracia do país", disse.

A pouco mais de um ano da disputa eleitoral, o cenário aponta que os partidos em Pernambuco terão o desafio de aparar as arestas abertas, realinhar as alianças e amenizar a pulverização dos nomes que aparecem como opções para a disputa pelo comando do Palácio do Campo das Princesas. Na conjuntura atual, que já começa a desenhar o perfil da disputa em 2018, rachas internos têm marcado as grandes agremiações partidárias estaduais.

O PSB, por exemplo, que tem a gerência do governo com Paulo Câmara e é o maior partido da Frente Popular de Pernambuco vem sofrendo uma baixa de aliados desde a morte do ex-governador Eduardo Campos e o início da atual gestão. A última estremecida do partido aconteceu com o desembarque o senador Fernando Bezerra Coelho para o PMDB, partido que até o momento é aliado de primeira hora da legenda pessebista e também vive um racha interno. Bezerra tem a intenção de colocar o PMDB para disputar contra Câmara e com a saída dele outras lideranças, como o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho e o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, também devem deixar as fileiras socialistas.

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A partir da desfiliação do senador, segundo o deputado federal Danilo Cabral, o PSB de Pernambuco passou a ter noção de quem dentro da legenda age como aliado ou adversário. “O que tínhamos como ponto de interrogação em Pernambuco era a permanência de Fernando Bezerra Coelho ou não no partido. No ponto de vista interno, defendíamos a decisão da saída dele e a partir disso já sabemos quem são aliados e adversários dentro do partido”, salientou em conversa com o LeiaJá

Para o parlamentar, o que ainda tem prejudicado o PSB não apenas em Pernambuco, mas também no âmbito nacional, é a “ausência de uma definição clara na linha de atuação” desde a morte de Campos. “O partido ficou fraturado, essa fratura se manifestou em vários momentos, desde a ida para o governo Temer, não apoiada internamente pela direção nacional, até o recente debate contra a privatização da Chesf. Isso tudo é fruto de uma ausência de uma posição mais clara. A expectativa é que cheguemos em 2018 com isso definido”, argumentou. 

A definição ressaltada por Cabral diz respeito ao realinhamento das ideologias partidárias junto ao campo de esquerda, o que faz a legenda se reaproximar do PT, outra discussão em voga em Pernambuco. “Tivemos um ponto fora da curva, mas nos realinhamos. A esquerda é o nosso campo histórico. O PSB é anterior ao PT e tantos outros partidos de esquerda”, disse o deputado.  

A recondução ideológica, no entanto, não quer dizer que seja reflexo de uma aliança com o campo petista, mesmo com a abertura de diálogo entre Paulo Câmara, que lidera a Frente Popular, e nomes como o do ex-presidente Lula, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad e outras figuras petistas.  

“Paulo é mais reservado, mas ele pratica este diálogo para que mesmo em um ambiente diferente haja uma convergência. Isso vai levar a uma aliança? Não dá para dizer. A manifestação da direção do PT é contra. Tem gente que questiona também no PSB. Vocês vão ter muitas águas rolando até 2018”, disse Danilo.  

Mais uma tentativa de eleição com unidade no PT

Se o PT irá marchar junto com o PSB em 2018 ou não, depois das conversas travadas entre as lideranças das duas legendas, ainda não sabemos, porém os petistas já se articulam para  um movimento contrário com a defesa da candidatura da vereadora Marília Arraes para o governo. A participação na corrida eleitoral com a disputa majoritária, segundo o presidente do PT em Pernambuco, Bruno Ribeiro, já é consenso.

“É uma decisão que uniu todo o partido. Temos uma unanimidade no diretório estadual. Apresentar uma candidatura própria não é só uma candidatura, a esquerda tem uma missão de propor ao povo pernambucano uma saída para este retrocesso que essas forças que impuseram ao estado”, salientou, em crítica direta a Paulo Câmara. Para Bruno, a reaproximação com o PSB não passa de especulação.   

“Nós continuamos com a mesma posição de oposição ao governo do PSB. Há muitas distâncias tanto nas posições gerais que o PSB assumiu nos últimos anos ao se afastar de Dilma, ao votar em Aécio, ao voltar no impeachment e em questões locais, que a gente tem discordâncias. Há vários aspectos da gestão, segurança, educação, saúde, enfim, as distâncias são grandes”, garantiu em entrevista recente.

Para o senador Humberto Costa (PT), entretanto, não há como dizer que as portas para o PSB estão fechadas, entretanto, no momento ele não vê “como se construir” uma reaproximação com os socialistas. “Agora, obviamente que nós não fechamos nenhuma porta. Politicamente, sempre tivemos nos últimos anos muito mais aproximação com Armando Monteiro [senador do PTB], mas também no momento em que estamos vivendo hoje, essa aproximação deixou de existir nos termos que existia anteriormente. Então, tudo é incerteza. Mas, eu acho difícil. Se as eleições fossem hoje, o PT necessariamente teria um candidato”, declarou.

A reação do PT diante de Armando diz respeito a aproximação dele com o campo ligado a Fernando Bezerra Coelho, que luta para comandar o PMDB em Pernambuco e montar um campo de oposição que barre a reeleição de Paulo Câmara. Além de Armando, os ministros das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), e da Educação, Mendonça Filho (DEM), também alicerçam o debate liderado por Coelho. 

PMDB: da manutenção da aliança com Paulo ao desejo de FBC de disputar o governo

Caso a investida de Fernando Bezerra vingue, a direção estadual do PMDB, comandada pelo vice-governador Raul Henry, e o poder de condução política do deputado Jarbas Vasconcelos serão diluídos. Se por um lado, a cúpula pernambucana peemedebista é contrária às articulações do senador, por outro ele já conseguiu o apoio do presidente nacional, senador Romero Jucá (RR) e vem, no estado, angariando lideranças de outros campos de oposição para montar uma frente contra Paulo Câmara

Acusado de traição por Jarbas, Fernando Bezerra nutre o desejo de disputar o governo desde 2014, quando ainda era do PSB e foi preterido na disputa por Eduardo Campos. Para o senador, a “ficha” dos novos correligionários “vai cair”. “É verdade, temos um projeto para Pernambuco, mas não será de uma pessoa, um grupo ou partido. É o projeto de uma frente política. Certo que caberá ao PMDB um papel de destaque”, declarou recentemente o político petrolinense. 

Nos bastidores do PMDB, há quem já pregue a vitória de Fernando Bezerra e diante disso, Jarbas Vasconcelos já pontuou que não pretende deixar a legenda. No entanto, também tem lideranças, como o deputado federal Kaio Maniçoba que descarta o cenário. “A entrada de Fernando Bezerra está gerando este incômodo. Se ele quiser se manter filiado, que fique, mas estamos trabalhando para manter a aliança com o governador e a Frente Popular de Pernambuco. Se a tese dele vier a acontecer vai gerar um mal estar grande, mas não trabalhamos com esta hipótese. Em momento algum imaginamos ter que sair do partido ou que o comando do partido", frisou. O processo que pode impulsionar a atuação do senador no campo peemedebista está sob análise do Conselho de Ética do partido e ainda não tem data para ser finalizado.

PSDB: disputar ou firmar aliança?

Não distante dos rachas partidários, o PSDB também está na berlinda com a indefinição se vai concorrer majoritariamente ou firmando alianças. O ministro Bruno Araújo já vinha sendo cogitado para o governo, mas com as investidas de Fernando Bezerra ele vem sendo ventilado como opção para o senado, a partir de um acordo político com o PMDB. Recentemente, Araújo disse ao LeiaJá que estava à disposição do partido, mas a discussão em torno do nome dele perdeu fôlego. A postura do ministro e da direção estadual tucana, instigou o ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes, a oficializar a pré-candidatura ao governo pelo partido em forma de protesto, expondo a divisão de teses. 

Nesta sexta-feira (22), Gomes criticou a falta de diálogo interno para o pleito que se aproxima e ponderou a necessidade do partido “assumir  a sua maioridade” no estado, deixando de ser “coadjuvante e força auxiliar”. 

“Como um grande partido nacional que já governou o país e tem candidato a presidente, o PSDB deve assumir a sua maioridade em Pernambuco. Deixando de lado este papel de coadjuvante e de força auxiliar. Isso aconteceu na aliança para eleger Eduardo, Paulo e agora, sem discussão alguma, lideranças isoladas do partido fazem questão de negociar espaço numa chapa liderada por Armando [Monteiro] ou Fernando [Bezerra Coelho]”, salientou.  Gomes disse que “como cidadão sente uma decepção grande de como a política no estado vem sendo conduzida” e argumentou que poderia ser candidato a deputado estadual, federal, senador, mas “pela indignação e decepção” quer concorrer ao Governo.

O LeiaJá não conseguiu contato com o presidente estadual do PSDB, deputado Antônio Moraes, até o fechamento desta matéria. Em novembro, o PSDB tem um Congresso Estadual onde deve definir a postura política para 2018. 

O diretório nacional do PT se reúne nesta quinta-feira (21), em São Paulo, para avaliar a caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Nordeste.  De Pernambuco, participam da reunião a deputada estadual Teresa Leitão, a secretária estadual de Comunicação Sheila Oliveira, a integrante do diretório estadual, Vívian Farias, e o presidente do PT Pernambuco, Bruno Ribeiro. 

Lula desembarcou em terras pernambucanas entre os dias 24 e 26 de agosto. Durante a visita, ele esteve no museu do Cais do Sertão, no bairro do Recife, e em Brasília Teimosa, na Zona Sul da capital. Além disso, ele se reuniu com trabalhadores da indústria petrolífera e naval, em Ipojuca, membros do Mais Médicos em Boa Viagem e recebeu o apoio da militância em um ato no Pátio do Carmo. 

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Em Pernambuco, o ex-presidente ainda foi alvo de manifestações contrárias a presença dele no estado e pedindo sua prisão. Lula foi condenado, em primeira instância, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. A sentença está sob análise da 2ª instância da Justiça Federal de Curitiba. 

No encontro da direção nacional petista, também será realizada uma análise da conjuntura pelo sociólogo Jessé de Souza e pela ex-secretária de Orçamento do Ministério do Planejamento, Esther Duek. Além disso, também ocorrerá o lançamento da Caravana Lula por Minas. Na pauta entram ainda o Planejamento Estratégico da direção e informes sobre os encontros setoriais, entre outros temas e questões organizativas do partido. 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai depor, nesta quarta-feira (13), pela segunda vez ao juiz Sérgio Moro em Curitiba, no Paraná. Em Pernambuco, ao contrário do que aconteceu em maio quando Lula depôs pela primeira vez em casos da Lava Jato, não haverá atos em solidariedade ao petista. De acordo com o presidente estadual da legenda, Bruno Ribeiro, a mobilização física vai se concentrar no Paraná e nos estados vizinhos. Entretanto, de acordo com ele, os petistas pernambucanos estarão de “prontidão” durante a oitiva.

“A direção estadual ouvirá o depoimento na sede do PT. As direções municipais também estão mobilizadas e de prontidão, caso ocorra mais alguma arbitrariedade pelo militante político e juiz Sérgio Moro”, declarou. Ainda segundo o dirigente, os parlamentares federais, como o senador Humberto Costa (PT-PE), vão para Curitiba. 

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O petista será ouvido no inquérito em que é acusado de receber R$ 12 milhões em propina da Odebrecht em forma de apartamento e na compra de um terreno para a construção da nova sede do Instituto que leva seu nome. Para esta mesma apuração, Moro já ouviu nesta semana o ex-ministro Antônio Palocci (PT).  

Durante depoimento na última quarta-feira (6), ele disse que Lula tinha um "pacto de sangue" com Emílio Odebrecht, dono da empreiteira homônima, envolvendo um "pacote de propina"; que foram pagos R$ 4 milhões pela Odebrecht ao Instituto Lula; e que tanto ele quanto Lula tentaram obstruir as atividades da Lava Jato. 

Em Curitiba, a chamada “2ª Jornada de Lutas pela Democracia - Essa luta é de todos nós” será realizada na Praça Generoso Marques, no centro da capital paranaense, e ao contrário das ações realizadas em maio, quando o petista depôs pela primeira vez, a expectativa é de manifestações menores. De acordo com a organização, o protesto vai contar com atividades culturais, o lançamento do livro "Comentários a uma sentença anunciada - O processo de Lula" e um ato público com a participação do ex-presidente.

Presidente do PT em Pernambuco, Bruno Ribeiro acredita que os senadores Fernando Bezerra Coelho (PMDB) e Armando Monteiro (PTB), além dos ministros Bruno Araújo (PSDB), Mendonça Filho (DEM) e Fernando Filho (ainda no PSB), estão organizando um “arranjo eleitoral” e “fingindo” fazer oposição ao governador Paulo Câmara (PSB). Sob a ótica do petista, os cinco políticos compõem um palanque “em torno de uma mesma ideia” já pregada pelos pessebistas. 

“As forças em Pernambuco que articularam o golpe agora estão divididas. Estão se realinhando. Há uma nova direita que se agrupa com Fernando Bezerra, Bruno Araújo, Mendonça e Armando Monteiro. São os que representam este modelo de país que Temer e o PSDB impuseram com o golpe parlamentar de um lado e o PSB que também apoiou a fraude do impeachment do outro”, frisou, ao comentar o anúncio do PMDB de que vai concorrer ao Palácio do Campo das Princesas em 2018.

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“Na verdade são arranjos eleitoreiros, acomodações para disputar o poder em torno de uma mesma ideia. Todos eles representam o Brasil de Temer, que eles forçaram e impuseram ao povo brasileiro… Essas pessoas estão no mesmo arranjo eleitoral e fingindo que estão na oposição”, acrescentou o dirigente. 

Bruno Ribeiro afirmou que o PT segue firme na articulação pela candidatura própria. “É uma decisão que uniu todo o partido. Temos uma unanimidade no diretório estadual. Apresentar uma candidatura própria não é só uma candidatura, a esquerda tem uma missão de propor ao povo pernambucano uma saída para este retrocesso que essas forças que impuseram ao estado”, salientou. 

O dirigente, entretanto, desconversou ao ser indagado sobre se a vereadora do Recife Marília Arraes seria realmente a candidata. “É um dos grandes nomes que temos no PT, um quadro querido, mas ainda não estamos na fase de discutir nomes. Marília é uma das possibilidade, temos outras”, disse. Nos bastidores, Marília vem sendo apontada como única opção mais viável da legenda. 

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Presidente estadual do PT, Bruno Ribeiro refutou as declarações do ex-ministro Antônio Palocci (PT) feitas contra os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Sob a ótica do dirigente, como Palocci está preso desde setembro e já foi condenado a 12 anos de prisão por crimes investigados pela Lava Jato, ele cedeu a uma narrativa que, de acordo com Bruno, vem sendo “imposta pelos acusadores de Curitiba”.  

“É mais alguém que preso por um ano, sem perspectiva de liberdade, cede à narrativa e encomenda que foi feita a ele pelos acusadores de Curitiba. Veja que é mais um depoimento onde não há uma prova, uma mala, uma conta corrente, um título de propriedade”, rebateu Bruno Ribeiro.

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Palocci, que está preso na carceragem da Polícia Federal no Paraná, disse durante depoimento ao juiz Sérgio Moro na última quarta-feira (6), que Lula tinha um "pacto de sangue" com Emílio Odebrecht, dono da empreiteira homônima, envolvendo um "pacote de propina"; que foram pagos R$ 4 milhões pela Odebrecht ao Instituto Lula; e que tanto ele quanto Lula tentaram obstruir as atividades da Lava Jato.

“É um relato que apenas interage e reproduz a construção das acusações manipuladas que estão sendo feitas contra Lula. Surge em um momento muito preocupante, Janot flagrado de calça curta, com seu assessor se envolvendo com o Joesley, dias depois da mulher de Moro está identificada com um depósito do Tacla Duran na sua conta e no fim da caravana. Mais uma vez se monta um espetáculo midiático em um momento em que os acusadores estão numa situação crítica também”, reforçou o presidente do PT de Pernambuco. 

Palocci foi ouvido no inquérito em que Lula é acusado de receber R$ 12 milhões em propina da Odebrecht em forma de apartamento e na compra de um terreno para a construção da nova sede do Instituto Lula. Para este mesma apuração, o ex-presidente será ouvido por Moro na próxima quarta-feira (13). 

O presidente do PT em Pernambuco, Bruno Ribeiro, classificou, nesta quinta-feira (24), as manifestações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como “primitivas”. De passagem pelo estado, o líder-mor petista está sendo alvo de protestos. Na tarde de hoje, um grupo de cinco pessoas do MBL entrou em confronto com militantes antes da chegada de Lula ao Museu Cais do Sertão, no Recife Antigo. Já há pouco, em frente ao Hotel Atlantic Plaza, em Boa Viagem, aliados do ex-presidente tentaram rasgar um pixuleco. As ações reforçam o clima tenso entre os grupos opostos. 

“São protestos que entendemos como democráticos feitos por pessoas que defenderam a ruptura com a democracia. O da Direita Pernambuco, marcado para amanhã [sexta-feira], são pessoas que estão desenvolvendo ideias primitivas de retorno dos militares e da ditadura. Respeitamos o direito livre e democrático de manifestação mesmo de quem estava no ano passado batendo panela e indo para rua pedindo a ruptura da democracia”, declarou Bruno. 

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Segundo o dirigente, na realidade são os petistas que defendem a democracia e não os manifestantes opositores. Indagado sobre que conselho daria aos aliados diante de provocações, Bruno Ribeiro sentenciou: “quem quer protestar respeite os atos dos outros”. Para ele, as “pessoas em um ambiente cheio de quem tem carinho para com Lula é provocar”. 

Veja registros da confusão hoje à tarde:

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A caravana "Lula pelo Brasil" permanece em Pernambuco até o próximo sábado (26). Nesta sexta-feira (25), ele participa de um ato, às 10h, em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR), com sindicatos da indústria petroleira e naval. Já à tarde, estará no Pátio do Carmo, no Centro da capital pernambucana, para um evento que reunirá além de membros do PT, centrais sindicais e movimentos que compõem a Frente Brasil Popular. No sábado, às 10h o ex-presidente visitará a comunidade de Brasília Teimosa, na Zona Sul, e em seguida viaja para João Pessoa, na Paraíba.     

Durante a passagem pelo Museu Cais do Sertão, no Recife Antigo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi bastante tietado por militantes. Para visitar o local, que comporta um acervo sertanejo, a organização do equipamento deu para Lula usar um gibão que foi do "rei do baião", Luiz Gonzaga.

O Cais do Sertão é uma das obras gestadas no fim do segundo mandato de Lula como presidente. Após diversos adiamentos, ele teve o primeiro módulo inaugurado em 2014. A segunda etapa ainda está em obras e não há previsão de entrega. Na visita, o ex-presidente arriscou ainda uma palhinha da música Asa Branca, de Gonzagão, e ao finalizar a passagem pelo local, ele recebeu afagos da militância jovem do PT.

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Depois de deixar o Cais do Sertão, Lula seguiu para o Hotel Atlântic Plaza, onde está hospedado em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. Agora a noite, ele vai se reunir com integrantes do Mais Médicos. Entre uma agenda oficial e outra, o petista também vai conversar com políticos pernambucanos para traçar estratégias visando a disputa eleitoral em 2018. Mesmo condenado a 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro na Lava Jato, o petista tem se colocado como candidato a presidente no próximo pleito. 

O senador Armando Monteiro (PTB) é um dos que devem conversar com Lula. Nos últimos dias, o apoio do PT para a candidatura de Monteiro ao Governo de Pernambuco começou a ser descartado depois que a legenda iniciou uma preparação para lançar a vereadora Marília Arraes (PT) ao cargo.  

O ex-presidente também vai se reunir com a ex-primeira-dama e viúva do ex-governador Eduardo Campos, Renata Campos. Segundo presidente do PT, Bruno Ribeiro, "sempre houve uma amizade entre eles" e o encontro "é um ato de retribuição". 

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