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A pouco mais de um ano da disputa eleitoral, o cenário aponta que os partidos em Pernambuco terão o desafio de aparar as arestas abertas, realinhar as alianças e amenizar a pulverização dos nomes que aparecem como opções para a disputa pelo comando do Palácio do Campo das Princesas. Na conjuntura atual, que já começa a desenhar o perfil da disputa em 2018, rachas internos têm marcado as grandes agremiações partidárias estaduais.

O PSB, por exemplo, que tem a gerência do governo com Paulo Câmara e é o maior partido da Frente Popular de Pernambuco vem sofrendo uma baixa de aliados desde a morte do ex-governador Eduardo Campos e o início da atual gestão. A última estremecida do partido aconteceu com o desembarque o senador Fernando Bezerra Coelho para o PMDB, partido que até o momento é aliado de primeira hora da legenda pessebista e também vive um racha interno. Bezerra tem a intenção de colocar o PMDB para disputar contra Câmara e com a saída dele outras lideranças, como o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho e o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, também devem deixar as fileiras socialistas.

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A partir da desfiliação do senador, segundo o deputado federal Danilo Cabral, o PSB de Pernambuco passou a ter noção de quem dentro da legenda age como aliado ou adversário. “O que tínhamos como ponto de interrogação em Pernambuco era a permanência de Fernando Bezerra Coelho ou não no partido. No ponto de vista interno, defendíamos a decisão da saída dele e a partir disso já sabemos quem são aliados e adversários dentro do partido”, salientou em conversa com o LeiaJá

Para o parlamentar, o que ainda tem prejudicado o PSB não apenas em Pernambuco, mas também no âmbito nacional, é a “ausência de uma definição clara na linha de atuação” desde a morte de Campos. “O partido ficou fraturado, essa fratura se manifestou em vários momentos, desde a ida para o governo Temer, não apoiada internamente pela direção nacional, até o recente debate contra a privatização da Chesf. Isso tudo é fruto de uma ausência de uma posição mais clara. A expectativa é que cheguemos em 2018 com isso definido”, argumentou. 

A definição ressaltada por Cabral diz respeito ao realinhamento das ideologias partidárias junto ao campo de esquerda, o que faz a legenda se reaproximar do PT, outra discussão em voga em Pernambuco. “Tivemos um ponto fora da curva, mas nos realinhamos. A esquerda é o nosso campo histórico. O PSB é anterior ao PT e tantos outros partidos de esquerda”, disse o deputado.  

A recondução ideológica, no entanto, não quer dizer que seja reflexo de uma aliança com o campo petista, mesmo com a abertura de diálogo entre Paulo Câmara, que lidera a Frente Popular, e nomes como o do ex-presidente Lula, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad e outras figuras petistas.  

“Paulo é mais reservado, mas ele pratica este diálogo para que mesmo em um ambiente diferente haja uma convergência. Isso vai levar a uma aliança? Não dá para dizer. A manifestação da direção do PT é contra. Tem gente que questiona também no PSB. Vocês vão ter muitas águas rolando até 2018”, disse Danilo.  

Mais uma tentativa de eleição com unidade no PT

Se o PT irá marchar junto com o PSB em 2018 ou não, depois das conversas travadas entre as lideranças das duas legendas, ainda não sabemos, porém os petistas já se articulam para  um movimento contrário com a defesa da candidatura da vereadora Marília Arraes para o governo. A participação na corrida eleitoral com a disputa majoritária, segundo o presidente do PT em Pernambuco, Bruno Ribeiro, já é consenso.

“É uma decisão que uniu todo o partido. Temos uma unanimidade no diretório estadual. Apresentar uma candidatura própria não é só uma candidatura, a esquerda tem uma missão de propor ao povo pernambucano uma saída para este retrocesso que essas forças que impuseram ao estado”, salientou, em crítica direta a Paulo Câmara. Para Bruno, a reaproximação com o PSB não passa de especulação.   

“Nós continuamos com a mesma posição de oposição ao governo do PSB. Há muitas distâncias tanto nas posições gerais que o PSB assumiu nos últimos anos ao se afastar de Dilma, ao votar em Aécio, ao voltar no impeachment e em questões locais, que a gente tem discordâncias. Há vários aspectos da gestão, segurança, educação, saúde, enfim, as distâncias são grandes”, garantiu em entrevista recente.

Para o senador Humberto Costa (PT), entretanto, não há como dizer que as portas para o PSB estão fechadas, entretanto, no momento ele não vê “como se construir” uma reaproximação com os socialistas. “Agora, obviamente que nós não fechamos nenhuma porta. Politicamente, sempre tivemos nos últimos anos muito mais aproximação com Armando Monteiro [senador do PTB], mas também no momento em que estamos vivendo hoje, essa aproximação deixou de existir nos termos que existia anteriormente. Então, tudo é incerteza. Mas, eu acho difícil. Se as eleições fossem hoje, o PT necessariamente teria um candidato”, declarou.

A reação do PT diante de Armando diz respeito a aproximação dele com o campo ligado a Fernando Bezerra Coelho, que luta para comandar o PMDB em Pernambuco e montar um campo de oposição que barre a reeleição de Paulo Câmara. Além de Armando, os ministros das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), e da Educação, Mendonça Filho (DEM), também alicerçam o debate liderado por Coelho. 

PMDB: da manutenção da aliança com Paulo ao desejo de FBC de disputar o governo

Caso a investida de Fernando Bezerra vingue, a direção estadual do PMDB, comandada pelo vice-governador Raul Henry, e o poder de condução política do deputado Jarbas Vasconcelos serão diluídos. Se por um lado, a cúpula pernambucana peemedebista é contrária às articulações do senador, por outro ele já conseguiu o apoio do presidente nacional, senador Romero Jucá (RR) e vem, no estado, angariando lideranças de outros campos de oposição para montar uma frente contra Paulo Câmara

Acusado de traição por Jarbas, Fernando Bezerra nutre o desejo de disputar o governo desde 2014, quando ainda era do PSB e foi preterido na disputa por Eduardo Campos. Para o senador, a “ficha” dos novos correligionários “vai cair”. “É verdade, temos um projeto para Pernambuco, mas não será de uma pessoa, um grupo ou partido. É o projeto de uma frente política. Certo que caberá ao PMDB um papel de destaque”, declarou recentemente o político petrolinense. 

Nos bastidores do PMDB, há quem já pregue a vitória de Fernando Bezerra e diante disso, Jarbas Vasconcelos já pontuou que não pretende deixar a legenda. No entanto, também tem lideranças, como o deputado federal Kaio Maniçoba que descarta o cenário. “A entrada de Fernando Bezerra está gerando este incômodo. Se ele quiser se manter filiado, que fique, mas estamos trabalhando para manter a aliança com o governador e a Frente Popular de Pernambuco. Se a tese dele vier a acontecer vai gerar um mal estar grande, mas não trabalhamos com esta hipótese. Em momento algum imaginamos ter que sair do partido ou que o comando do partido", frisou. O processo que pode impulsionar a atuação do senador no campo peemedebista está sob análise do Conselho de Ética do partido e ainda não tem data para ser finalizado.

PSDB: disputar ou firmar aliança?

Não distante dos rachas partidários, o PSDB também está na berlinda com a indefinição se vai concorrer majoritariamente ou firmando alianças. O ministro Bruno Araújo já vinha sendo cogitado para o governo, mas com as investidas de Fernando Bezerra ele vem sendo ventilado como opção para o senado, a partir de um acordo político com o PMDB. Recentemente, Araújo disse ao LeiaJá que estava à disposição do partido, mas a discussão em torno do nome dele perdeu fôlego. A postura do ministro e da direção estadual tucana, instigou o ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes, a oficializar a pré-candidatura ao governo pelo partido em forma de protesto, expondo a divisão de teses. 

Nesta sexta-feira (22), Gomes criticou a falta de diálogo interno para o pleito que se aproxima e ponderou a necessidade do partido “assumir  a sua maioridade” no estado, deixando de ser “coadjuvante e força auxiliar”. 

“Como um grande partido nacional que já governou o país e tem candidato a presidente, o PSDB deve assumir a sua maioridade em Pernambuco. Deixando de lado este papel de coadjuvante e de força auxiliar. Isso aconteceu na aliança para eleger Eduardo, Paulo e agora, sem discussão alguma, lideranças isoladas do partido fazem questão de negociar espaço numa chapa liderada por Armando [Monteiro] ou Fernando [Bezerra Coelho]”, salientou.  Gomes disse que “como cidadão sente uma decepção grande de como a política no estado vem sendo conduzida” e argumentou que poderia ser candidato a deputado estadual, federal, senador, mas “pela indignação e decepção” quer concorrer ao Governo.

O LeiaJá não conseguiu contato com o presidente estadual do PSDB, deputado Antônio Moraes, até o fechamento desta matéria. Em novembro, o PSDB tem um Congresso Estadual onde deve definir a postura política para 2018. 

Quando cai a noite e o movimento diminui nas vias do Recife, a Via Mangue, em Boa Viagem, mais parece uma pista de corrida. Na rodovia, que é expressa, a velocidade máxima permitida é de 60 quilômetros por hora, mas, sempre por volta das 23h das quartas e quintas-feiras, motoqueiros realizam competições e chegam até a andar na contramão, pondo em risco as próprias vidas e as de quem circula corretamente pelo local.

Um dos “rachas”, que são disputas ilegais de velocidade, foi flagrado pela TV Globo, em que foram contadas ao menos 11 motos envolvidas, todas em velocidades acima da permitida na Via Mangue. A pista é monitorada por várias câmeras de segurança e, ao longo do percurso, existem vários radares, que parecem não intimidar quem anda fora da lei.

Para praticar os rachas, eles fazem uma volta de reconhecimento da pista, para ter a certeza de que ninguém vai incomodar. A TV Globo acompanhou um grupo com sete motociclistas, que, antes de entrar na Via Mangue, exibem as altas cilindradas das motos. O grupo de infratores circula livremente na via, sem ser parado por ninguém.

Existe uma Lei Federal que proíbe a prática de rachas, com penas que variam entre seis meses e dois anos de prisão. Segundo o gerente de fiscalização do Detran, Paulo Paz, a infração é passível de multa gravíssima, com suspensão do direito de dirigir e remoção do veículo.

"Geralmente, são grupos bem articulados, que marcam os encontros pela internet. O Detran trabalha com carros e motos descaracterizados, em conjunto com batedores da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU), para buscar os motociclistas. Também vamos intensificar as fiscalizações junto à Polícia Militar”, prometeu.

Técnico em eletrotécnica, Bruno Cordeiro também precisa passar pela Via Mangue para chegar a qualquer lugar da cidade, e se preocupa, além dos acidentes, com a insegurança no local. “Você vê muita gente na pista. Os caras pulam na frente da gente. A pista está sem os alambrados e qualquer um pode passar de um lado para o outro, tentar assaltar e voltar para a comunidade. Não tem como se proteger”, disse.

Segundo a Polícia Militar, o 18º Batalhão faz rondas na Via Mangue, além do vide monitoramento, mas não há registros de ocorrências de rachas ou denúncias em nenhum dos canais de comunicação com a corporação. Robson Graciniano, um dos motoristas que precisa passar pela Via Mangue, diz que é muito esquisito e a iluminação é muito baixa. “É bem arriscado, passo por aqui todos os dias e nunca vi polícia passar. Passo com muito medo”, afirmou.

VAI SOBRAR ALGUÉM?– Com a decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou abertura de 76 inquéritos para investigar pessoas citadas nas delações da Odebrecht, subiu para 195 o número de investigados na Corte a partir da Operação Lava Jato. Antes das decisões, 109 parlamentares, ministros e outros envolvidos eram investigados no STF. Entre os parlamentares que serão processados no Supremo Tribunal Federal estão 16 nomes do PT, 14 do PMDB e 11 do PSDB. Todos foram citados nos depoimentos de delação premiada de ex-diretores da empreiteira, uma das maiores doadoras para campanhas políticas no País.

Esvaziamento e saia justa– A agenda da caravana da oposição em Garanhuns foi recheada de visitas a obras do Governo, mas a plenária na Câmara de Vereadores, último compromisso da quarta-feira, não contou com os prefeitos da região integrantes do campo da oposição ao governador, como Armando Souto, de Caetés e Luis Aroldo, de Águas Belas. A estrela solitária foi Felipe Porto (PSD), de Canhotinho. Os sete deputados – Teresa Leitão (PT), Álvaro Porto (PSD), Augusto César (PTB), Edilson Silva (Psol), Júlio Cavalcante (PTB), Socorro Pimentel (PSL) e Priscila Krause (DEM) – ainda passaram por uma saia justa. A vereadora Afra Betânia Monteiro (PTB), da base do prefeito Izaias Régis (PTB), os constrangeu com uma pergunta: se tinham apresentado um único projeto na Assembleia em favor de Garanhuns.

Pernambuco em ação– Em razão de três feriadões seguidos, o Governo deu um timing na agenda dos seminários “Pernambuco em ação”, que começou por Afogados da Ingazeira e já passou por Petrolândia, Arcoverde, Garanhuns e Santa Cruz do Capibaribe. No início do próximo mês, deve ser retomado pela cidade de Palmares, contemplando os municípios da Mata Sul. Em seguida, o governador Paulo Câmara e sua comitiva voltam para o Sertão. Faltam ainda o Sertão Central (Salgueiro), do Araripe (Araripina) e do São Francisco (Petrolina).

O bicho vai pegar - Nas conversas com o Ministério Público Federal, Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, prometeu ainda mais informações do que aquelas apresentadas em depoimento ao juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância. O centro das tratativas do acordo diz respeito ao Lula, como já ficou demonstrado quando Léo Pinheiro disse na última quinta-feira que o ex-presidente o orientou a destruir provas. Mas também perpassa pela relação da companhia com o PT e seus tesoureiros.

Voto contra – O deputado Zeca Cavalcanti (PTB) votou contra ao pedido de urgência da proposta de reforma trabalhista derrotado no plenário da Câmara dos Deputados por 230 a 163 votos e uma abstenção. O parlamentar trabalhista já tinha se pronunciado contra a reforma trabalhista enviada pelo Governo durante entrevista em uma rádio de Arcoverde. O requerimento encurtaria os prazos para votação em plenário, possibilitando sua análise na próxima quarta-feira. Agora, o projeto precisa seguir os prazos regimentais na comissão que analisa o tema.

CURTAS

TEATRO– O vereador Marcelo Gomes, da bancada do PSB na Câmara de Caruaru, aprovou na Casa proposta de sua autoria para municipalizar o teatro João Lyra Filho, pertencente à Fundação Assistencial, Cultural e Educacional – Facec. “Mesmo com o esforço heroico do pessoal da Associação dos Artistas de Caruaru, que hoje comanda o Teatro, a falta de investimentos limita as possibilidades de promoção de seminários, oficinas, cursos, festivais e outras exibições musicais, de teatro e artes cênicas”, alega.

EXPOSIÇÃO – O secretário de Agricultura, Nilton Mota, abriu a 40ª Exposição de Animais de Carpina, no Parque Senador Paulo Guerra, ao lado do prefeito Manoel Botafogo, do deputado estadual Vinicius Labanca, do presidente da Associação dos Criadores da Mata Norte, João Borba, e do presidente da Sociedade Nordestina dos Criadores (SNC), Emanuel Rocha. O evento atrai criadores e empresas do segmento agropecuário e deve comercializar mais três mil animais.

Perguntar não ofende: Palloci está disposto mesmo a entregar o amigão Lula?

O cantor canadense Justin Bieber irá se declarar culpado de acusações menores, após a sua prisão, em janeiro, em Miami, por dirigir sob o efeitos de substâncias tóxicas, informou nesta terça-feira um jornal local.

O ídolo adolescente aceitará assistir a aulas de controle da raiva e fazer uma doação beneficente de 50.000 dólares, detalhou o Miami Herald, citando fontes.

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O artista foi preso no dia 23 de janeiro por participar de corridas ilegais de carros. Segundo a polícia, Bieber havia fumado maconha e tomado comprimidos ansiolíticos Xanax antes de sua prisão por condução perigosa sob a influência de álcool ou drogas.

Está previsto que os promotores abandonem as acusações de condução sob influência de substâncias tóxicas em uma audiência programada para esta quarta-feira. Em troca, Bieber se declarará culpado de condução perigosa e resistência à prisão sem violência, afirmou o jornal.

O ídolo internacional não comparecerá à audiência.

O cantor de 20 anos, que faz as adolescentes delirarem com sucessos como "Baby" e "Boyfriend", dirigia um Lamborghini quando foi detido e teria utilizado palavras obscenas durante sua prisão.

Bieber não parou de acumular problemas com a justiça nos últimos tempos.

Foi condenado em julho a dois anos de liberdade condicional e a uma multa de 80.900 dólares por ter atacado com ovos a casa de seu vizinho em Los Angeles em janeiro.

No início do ano também precisou se apresentar diante da polícia de seu país para responder por uma suposta agressão ao motorista de uma limusine que havia contratado.

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