"Palocci cedeu à encomenda dos acusadores de Curitiba"

A afirmação é do presidente estadual do PT, Bruno Ribeiro. Para ele, os depoimentos do ex-ministro foram manipulados

por Giselly Santos sex, 08/09/2017 - 09:04
Líbia Florentino/LeiaJáImagens/Arquivo De acordo com Bruno, relatos de Palocci não têm provas Líbia Florentino/LeiaJáImagens/Arquivo

Presidente estadual do PT, Bruno Ribeiro refutou as declarações do ex-ministro Antônio Palocci (PT) feitas contra os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Sob a ótica do dirigente, como Palocci está preso desde setembro e já foi condenado a 12 anos de prisão por crimes investigados pela Lava Jato, ele cedeu a uma narrativa que, de acordo com Bruno, vem sendo “imposta pelos acusadores de Curitiba”.  

“É mais alguém que preso por um ano, sem perspectiva de liberdade, cede à narrativa e encomenda que foi feita a ele pelos acusadores de Curitiba. Veja que é mais um depoimento onde não há uma prova, uma mala, uma conta corrente, um título de propriedade”, rebateu Bruno Ribeiro.

Palocci, que está preso na carceragem da Polícia Federal no Paraná, disse durante depoimento ao juiz Sérgio Moro na última quarta-feira (6), que Lula tinha um "pacto de sangue" com Emílio Odebrecht, dono da empreiteira homônima, envolvendo um "pacote de propina"; que foram pagos R$ 4 milhões pela Odebrecht ao Instituto Lula; e que tanto ele quanto Lula tentaram obstruir as atividades da Lava Jato.

“É um relato que apenas interage e reproduz a construção das acusações manipuladas que estão sendo feitas contra Lula. Surge em um momento muito preocupante, Janot flagrado de calça curta, com seu assessor se envolvendo com o Joesley, dias depois da mulher de Moro está identificada com um depósito do Tacla Duran na sua conta e no fim da caravana. Mais uma vez se monta um espetáculo midiático em um momento em que os acusadores estão numa situação crítica também”, reforçou o presidente do PT de Pernambuco. 

Palocci foi ouvido no inquérito em que Lula é acusado de receber R$ 12 milhões em propina da Odebrecht em forma de apartamento e na compra de um terreno para a construção da nova sede do Instituto Lula. Para este mesma apuração, o ex-presidente será ouvido por Moro na próxima quarta-feira (13). 

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