Eleição de João Campos para comandar JSB gera divergências

A eleição do novo presidente da JSB acontece no próximo dia 14

por Giselly Santos seg, 02/06/2014 - 18:43
Reprodução do Facebook Alguns apontam que a postulação de João Campos estaria sendo imposta Reprodução do Facebook

A possível candidatura do filho do ex-governador e presidenciável, Eduardo Campos (PSB), João Campos (PSB) ao comando da Secretaria Estadual da JSB tem gerado divergências entre membros do segmento. Alguns, como a vereadora Marília Arraes (PSB), chegam a apontar uma possível “intervenção no processo democrático” da Executiva Estadual, para afagar o presidente nacional da legenda. Outros, como o atual presidente da JSB-PE Israel Ubaldo (PSB), afirmam que o debate segue como rege o estatuto, visando “o socialismo e a liberdade”.

De acordo com a vereadora, já havia duas chapas para a disputa interna que seria definida por votação ou por um acordo consensual, mas as articulações estão tomando rumos diferentes. Para ela, a maneira como vem sendo conduzidas as articulações não é democrática. “A escola política em que cresci não me ensinou esta fórmula”, frisou.

“O processo está sendo comprometido. Existe uma articulação maior para que outro jovem, sem envolvimento na juventude partidária, assuma o posto de Secretário Estadual da JSB-PE. (...) Ora, como podemos propor a formação de novos quadros, se impedimos a juventude de se organizar, articular e, por fim, legitimar a sua própria postulação? Ou devemos ensinar à nossa juventude (inclusive ao jovem beneficiado!) que é natural ao processo político ser escolhido por alguém influente?”, indagou Marília.

Em contrapartida, Ubaldo informou que reuniões democráticas estão sendo feitas para a construção dos cenários que serão apresentados no próximo dia 14, durante o Congresso Partidário, que antecede a Convenção Estadual da legenda. “Agora (no último sábado) se iniciou um diálogo para o processo estadual. Algumas outras instâncias do PSB estão participando, além da juventude. O congresso é dia 14, estamos tendo vários processos de diálogo. O nome do companheiro João é uma opção, ele faz parte da juventude por opção. É legitimo o João está postulando qualquer cargo no partido, ele é filiado a mais de um ano”, contou ao Portal LeiaJá

Sobre a possível “intervenção”, mencionada pela vereadora, o atual dirigente nega. “O que prega o nosso estatuto é o socialismo e liberdade. A gente sempre se opôs ao imposto. Nós estamos dialogando, neste processo nós precisamos está mais unidos para eleger os candidatos a estadual e à presidência”, observou o militante.

Fazendo uma avaliação geral sobre o posicionamento de Marília Arraes, Israel Ubaldo considerou importante a colocação dela, apesar de discordar de alguns fatos. Ubaldo informou que convidará a vereadora para participar das próximas discussões. “Entendo a preocupação da vereadora, quando ela coloca que o processo seja dado de forma mais plural possível. Mas algumas coisas, ela coloca um pouco maior do que estão acontecendo. É importante, mas peca quando fala que a democracia não existe”, cravou.

 

COMENTÁRIOS dos leitores