Marília responde Henry e defende Campos e Arraes

A vereadora afirmou que a inclusão do PMDB e do DEM na Frente Popular foi “uma das adesões mais vergonhosas” para a política estadual

por Giselly Santos sex, 05/09/2014 - 15:13
Líbia Florentino/LeiaJáImagens/Arquivo A parlamentar insinuou a falta de conhecimento do candidato quanto ao emprego verbal das palavras Líbia Florentino/LeiaJáImagens/Arquivo

A vereadora do Recife, Marília Arraes (PSB), rebateu, nesta sexta-feira (5), o questionamento do candidato a vice-governador pela Frente Popular, Raul Henry (PMDB), sobre que “autoridade” ela teria para criticar o uso exacerbado das imagens do ex-governador Eduardo Campos, falecido no último dia 13, durante a campanha eleitoral da chapa. Henry chegou a afirmar que a parlamentar “deixou Eduardo quando ele mais precisava”.

Alegando “estranheza” pelas críticas do peemedebista, a prima de Campos insinuou a falta de conhecimento do candidato quanto ao emprego verbal das palavras. “Utilizou de forma equivocada a palavra autoridade”, disparou a socialista.

Reforçando que não via razão para eleger o candidato Paulo Câmara (PSB), Marília se defendeu e registrou esperar que o debate eleitoral se restrinja ao “campo de ideias”. “Minha crítica foi pessoal, por acreditar que alguém faleceu merece respeito e descanso. Afinal, quem pode dizer qual seria a vontade de Eduardo agora? Paulo?”, ironizou. “E, são também críticas políticas. Uma vez que não vejo avanços democráticos a serem conquistados utilizando imagens emocionantes do ex-governador Eduardo, ou até mesmo de seu funeral”, acrescentou.

Relembrando campanhas realizadas em 2006 e 2010, Marília afirmou que a inclusão do PMDB e do DEM na Frente Popular foi “uma das adesões mais vergonhosas” para a política estadual. “Isso mostra a pura intenção do poder pelo poder e do parasitismo político. (...) Raul mostra-se um verdadeiro poliedro – um homem que definitivamente tem vários lados”, observou. 

“Tenho memória boa e acompanho a política desde cedo. Lembro bem do deputado Raul, do seu companheiro Jarbas, do deputado Mendonça, entre outros integrantes da extinta União por Pernambuco, quando tentaram levar à lama a imagem de Miguel Arraes, meu avô, chamando-o de ladrão e também de senil; e rotulando Eduardo Campos, meu primo, de ladrão dos precatórios. Foi à campanha mais suja e baixa que já presenciei em meus 30 anos de vida”, contou Arraes. “Quero esclarecer que Miguel Arraes e Eduardo Campos NÃO eram ladrões, nem corruptos, nem tampouco incompetentes”, defendeu. 

 

COMENTÁRIOS dos leitores