Petistas de PE articulam espaços no governo de Dilma

“O partido tem que definir junto com o governo e, no ponto de vista do PT local, quais são os quadros que estão compatíveis para integrar a gestão”, observou João Paulo

por Giselly Santos qui, 27/11/2014 - 11:18
Clélio Tomaz/LeiaJáImagens/Arquivo Apesar das intenções claras da legenda em não ficar de fora do Governo Federal, João Paulo enfatizou que a batida final do martelo é da presidente Clélio Tomaz/LeiaJáImagens/Arquivo

A primeira reunião do Diretório Nacional do PT após as eleições, nesta sexta (28) e sábado (29), promete ser dotada de diversas articulações internas para a participação de líderes da legenda no segundo governo da presidente Dilma Rousseff (PT). O encontro será em Fortaleza e contará com a participação da ala pernambucana que compõe o grupo: a presidente da legenda no Estado, deputada estadual Teresa Leitão; os deputados federais João Paulo e Pedro Eugênio; o senador Humberto Costa e o ex-prefeito do Recife, João da Costa.

Os petistas pernambucanos embarcam para a capital cearense para conversas sobre o crescimento do partido no Nordeste, citada nos bastidores como uma das prioridades do PT para os próximos anos. "Será uma reunião de articulação política. Entendemos que Pernambuco e o Nordeste devem ocupar um espaço relevante por conta de sua importância política", destacou Pedro Eugênio, que não conquistou a reeleição e a partir de 2015 estará sem mandato.

Eugênio é cogitado para ocupar o comando de algum órgão público, já que estará sem exercer atividades parlamentares. Ele, no entanto, não é o único. O PT de Pernambuco não elegeu nenhum deputado federal, inclusive João Paulo, que disputou o Senado e não conquistou a vaga. O parlamentar também é um dos nomes que estará à disposição de Dilma para integrar, de alguma forma, o segundo mandato presidencial. “O partido tem que definir junto com o governo e, no ponto de vista do PT local, quais são os quadros que estão compatíveis para integrar a gestão”, observou João Paulo.

Apesar das intenções claras da legenda em não ficar de fora do Governo Federal, João Paulo enfatizou que a batida final do martelo é da presidente. “Temos agora a compreensão que as acomodações do governo são feitas pela presidente Dilma. Ela vai ter que compor o governo com as novas forças que saíram das urnas. Fui prefeito e tenho a compreensão das dificuldades que qualquer dirigente tem e isso vai caber a ela”, frisou o ex-prefeito do Recife.

Sobre os nomes já cogitados para algumas pastas, entre eles a do senador Armando Monteiro (PTB) para o Ministério da Indústria e Desenvolvimento, João Paulo afirmou que aguardará as confirmações que devem sair nesta quinta (27). “Já tem aquelas pré-indicações da equipe econômica. Até agora o que Armando recebeu foi o convite para participar dos ministérios, o que tem no mais são comentários. Vamos aguardar as confirmações”, restringiu-se. 

Indagado se Armando finalizaria a cota de Pernambuco no primeiro escalão e como os petistas reagiriam a isso, João Paulo desconversou. “Concordo com a decisão dela, se ela entender que para Pernambuco cabe a indicação de Armando, que seja. Estou neste projeto”, soltou.

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