Tópicos | diretório nacional

Vereadora cassada de São Miguel do Oeste, em Santa Catarina, Maria Tereza Capra (PT) foi homenageada no início da reunião do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT). Maria Tereza classificou a cassação de seu mandato como violência política e de gênero. "Violência política, violência de gênero, atentado contra nossa vida e, por que não dizer, na luta contra o fascismo, contra o neonazismo", declarou a petista em fala durante o evento. De acordo com Maria Tereza Capra, ela teve que deixar sua cidade. O PT completou 43 anos nesta sexta-feira (10), e alguns eventos do partido prosseguem nesta segunda-feira (13).

O mandato de vereadora foi cassado no início de fevereiro sob alegação de quebra de decoro parlamentar após Maria Tereza ter publicado um vídeo em suas redes sociais com a denúncia de uma manifestação de vários participantes com suposto gesto nazista em frente à base do Exército da cidade. A publicação ocorreu em 2 de novembro de 2022. Segundo a alegação da acusação, a parlamentar teria propagado notícias falsas e atribuído aos cidadãos de São Miguel do Oeste o crime de saudar o nazismo e de ser berço de uma célula neonazista.

##RECOMENDA##

A fala da vereadora cassada foi aplaudida de pé pelos presentes na reunião, que ocorre nesta segunda-feira no Diretório Nacional do PT, em Brasília. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estava presente no evento e sentado à mesa principal, ao lado da presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, do líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu (PR), do líder do PT no Senado, Fabiano Contarato (ES), do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e da deputada federal Maria do Rosário (PT-RS).

Gleisi falou logo depois de Maria Tereza Capra e citou que a eleição de 2022 foi a mais difícil do País. Com discurso em prol da democracia e em defesa da atuação do partido, ela falou que "vencemos Bolsonaro nas urnas, mas não na sociedade". "O dia 8 de janeiro mostrou isso, vamos continuar na luta e no embate ajudando o governo", disse, em referência à invasão de bolsonaristas extremistas aos prédios dos três Poderes, em Brasília.

De acordo com a presidente nacional do partido, Haddad falaria logo em seguida. No entanto, a fala do ministro não foi aberta à imprensa.

A Comissão Executiva do PT de Pernambuco emitiu uma nota reclamando do anúncio da pré-candidatura deputada federal Marília Arraes ao comando da prefeitura do Recife, feito pela direção nacional da legenda. O grupo se reuniu nessa segunda-feira (16) para avaliar os impactos internos e externos ocasionados pela recente decisão do Diretório Nacional do partido que definiu as candidaturas municipais nas capitais nordestinas.

Em nota, o PT de Pernambuco diz que a decisão do diretório "rompeu com os acertos havidos e, por consequência, dificultou o diálogo em curso, internamente no PT-PE e junto aos partidos aliados". Os acordos citados pela comissão foram feitos entre a comissão eleitoral nacional, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente nacional Gleisi Hoffmann, o presidente Estadual do PT Pernambuco, Doriel Barros, e do Diretório Municipal do Recife, durante uma reunião em São Paulo. 

##RECOMENDA##

Na última sexta-feira (13), o Diretório Nacional do PT aprovou a resolução que estabelece as candidaturas próprias às prefeituras em todas as capitais no Nordeste. De acordo com o PT-PE, a resolução nacional foi precipitada e gerou tensão na sigla, afetando a harmonia entre os partidos aliados. 

"A Direção Estadual do PT vem conduzindo um amplo processo de debate com os diretórios municipais pernambucanos, inclusive com o do Recife, com as nossas lideranças estaduais e forças políticas e com os movimentos sociais. Esse ciclo interno preparava o diálogo com os partidos aliados sobre as posições e alianças possíveis de serem construídas em todo o estado. Também, esse diálogo foi afetado pela decisão nacional fora do prazo e do roteiro consensuado conosco”.

A comissão informou ainda que deverá discutir de forma definitiva o processo de candidatura própria no Recife.

O líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ), defendeu nesta quinta-feira, 13, que o partido não lance candidatura a presidente, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja impedido de participar das eleições em 2018. "Vamos dizer que não reconhecemos essa eleição presidencial, que esse jogo é uma fraude, uma farsa", afirmou Lindbergh, na saída do diretório nacional da legenda, após participar do ato em defesa de Lula, que foi condenado, em Primeira Instância, a 9 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

De acordo com o líder do PT no Senado, a sigla pode eleger uma bancada parlamentar forte reforçando o discurso do golpe e denunciando que o País não vive mais numa normalidade democrática. "O impeachment foi uma irresponsabilidade. Essa historia do Lula é uma aposta dobrada no mesmo caminho. Vamos legitimar uma farsa?", questionou.

##RECOMENDA##

Lindbergh notou que esse não é um consenso na agremiação, mas apenas uma discussão. Ex-chefe da Casa Civil no governo da ex-presidente Dilma Rousseff e ex-governador da Bahia, Jaques Wagner desconversou sobre a hipótese do boicote. "Eu acho que tem que boicotar um eventual colégio eleitoral na hipótese do Temer sair. Quando se fala em fora Temer, prefiro falar eleições já."

Depois do afastamento da presidente Dilma Rousseff, o PT quer promover uma espécie de "volta às origens" e limitar as alianças nas disputas municipais a partidos do campo de esquerda ou que sejam contrários ao governo comandado por Michel Temer. A orientação para que o PT não se una ao PMDB de Temer nas eleições de outubro deve ser aprovada nesta terça-feira, 17, em reunião do Diretório Nacional petista, a primeira após a abertura do processo de impeachment de Dilma.

Sem a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o encontro vai se concentrar na ofensiva contra Temer e deixar de lado a autocrítica. A restrição a parcerias com partidos chamados pelo PT de "golpistas" foi tratada na reunião desta segunda-feira, 16, da Executiva petista, mas houve dúvidas sobre a viabilidade da medida, uma vez que a maioria dos antigos aliados do governo Dilma no Congresso votou a favor do impeachment.

##RECOMENDA##

Para que o PT não fique isolado nas próximas eleições, a tendência é que os pedidos de coligação sejam examinados "caso a caso". A portas fechadas, dirigentes do PT observaram que o partido também precisa fazer um "balanço de seus erros", e não apenas bater na tecla do "golpe", se quiser enfrentar a crise e reconstruir sua imagem. A sugestão foi rejeitada, sob o argumento de que "não é hora de fazer isso".

Mesmo assim, a resolução política a ser aprovada pelo Diretório Nacional deve listar como equívocos o fato de o partido ter demorado a reagir - por não perceber o que classifica como "conspiração" do PMDB - e também as alianças de conveniência, sem dar prioridade a programas. Além disso, petistas avaliam que deveriam ter cobrado Dilma para que ela encaminhasse o projeto de regulamentação da mídia.

'Reinvenção'

Abatido, Lula ainda está consultando aliados sobre o tom da oposição a Temer. Em conversas reservadas, o ex-presidente tem dito que o PT precisa pôr nomes de mais peso político em sua direção, como os dos ex-ministros Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e Jaques Wagner (Gabinete Pessoal da Presidência). Lula também defende um encontro extraordinário do PT, em novembro, para definir a nova fisionomia do partido, que, nas palavras de muitos dirigentes, precisa se "reinventar".

A proposta de antecipação das eleições presidenciais foi descartada nesta segunda pelo comando petista, pois não há acordo para empunhá-la como bandeira, neste momento. Dividido, o PT ainda está à procura de um rumo a seguir, além do grito de guerra "Fora Temer".

"Mal começou e o governo usurpador confirma o que já prevíamos. Em sua primeira entrevista (…), o presidente interino anuncia a disposição de avançar em privatizações, em rever políticas sociais e de reforma agrária, bem como de acabar com o multilateralismo da política externa brasileira, retornando à dependência dos Estados Unidos", escreveu o presidente do PT, Rui Falcão, em artigo no site do partido. "Num Ministério sem mulheres e negros, com vários ministros investigados por corrupção, a revogação de direitos não se resume à reforma da Previdência."

O ex-ministro da Previdência Social Miguel Rossetto chamou Temer de "impostor" e disse que o PT vai discutir uma política de alianças para as eleições municipais centrada na "denúncia do golpe" contra Dilma. Rossetto afirmou, ainda, que as mobilizações contra o novo governo serão ampliadas.

"Temer é um impostor. Vamos fazer ações com o PC do B, o PSOL, a Frente Brasil Popular, de claro posicionamento frente ao governo ilegítimo", disse Rossetto. "Nossa política de alianças, a partir de agora, refletirá o repúdio ao golpe."

Embora até Lula considere remota a chance de Dilma retornar ao Palácio do Planalto, após um afastamento de até 180 dias, o PT tentará retomar o protagonismo desconstruindo o PMDB. Na Câmara, deputados afirmam que vão obstruir a votação de projetos de lei enviados por Temer, mesmo se eles forem semelhantes a ideias defendidas pelo PT no passado, como a proposta de recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após o desembarque oficial do PMDB do governo, o líder do partido na Câmara, deputado Leonardo Picciani (RJ), disse nesta terça-feira, 29, que, a partir de agora, votará matérias na Casa de acordo com sua "consciência", com as "decisões da bancada" e com "o que for melhor para o Pais". "Vamos defender temas. O que julgarmos importante para o País defenderemos", afirmou.

Apesar de não ter participado da reunião que aprovou o rompimento, por ser contra o desembarque, o líder assumiu o discurso partidário. Disse que, a partir de agora, "ninguém mais está autorizado" a assumir cargos no governo. "Quem ficar fica por conta própria. A liderança não encaminhará mais pleitos por cargos", afirmou.

##RECOMENDA##

O recuo também foi dado pelo indicado por Picciani para integrar a Secretaria da Aviação Civil (SAC), deputado federal Mauro Lopes (MG). O mineiro decidiu que entregará o cargo nos próximos dias, depois que conversar com a presidente Dilma, o vice-presidente Michel Temer e a bancada do PMDB de Minas Gerais, que já rompeu oficialmente com o governo.

O cargo foi oferecido pelo Planalto a Mauro Lopes como uma das últimas tentativas de manter o PMDB na base aliada. Lopes tomou posse na semana retrasada. Também indicados por Picciani, os ministros Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e Marcelo Castro (Saúde) querem ficar nos cargos.

Com a saída do posto, Lopes evita ser expulso do partido. Peemedebistas já admitem que o processo de expulsão dele por ter assumido a SAC, contrariando moção que proibia membros do PMDB de assumir cargos no governo, não deverá ter seguimento. Atualmente, o processo está sendo analisado pela Comissão de Ética da sigla.

Lista

Peemedebistas da ala oposicionista e aliados de Picciani avaliam que ele arrefeceu sua postura pois está ciente de que o desembarque do PMDB deve provocar ao aumento de deputados favoráveis ao impeachment. A ala oposicionista já calcula que a bancada poderá chegar a ter até 60 votos favoráveis e apenas oito contrários ao impedimento.

Aliados e opositores de Picciani ressaltam que o parlamentar tem consciência de que, se não seguir a maioria da bancada (hoje pró-impeachment), poderá ser alvo de uma nova lista para destituí-lo da liderança. No fim do ano passado, ele chegou a ser destituído do cargo por lista, mas conseguiu retomá-lo dias depois, também por meio de lista. Aliados apontam ainda que a flexibilização do discurso foi influenciada pela decisão de deixar oficialmente o governo dos diretórios do PMDB do Rio e de Minas, principais apoiadores dele na liderança do partido.

No caso do Rio, o movimento foi liderado pelo pai do líder, o deputado estadual Jorge Picciani. Picciani diz que não houve mudança de sua postura, embora reconheça que a situação do governo está complicada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O PMDB anunciou nesta terça-feira, 29, o rompimento com o governo da presidente Dilma Rousseff e decidiu que seus filiados terão de entregar os ministérios e os cerca de 600 cargos que ocupam no Executivo nas próximas duas semanas. A decisão do principal partido da coalizão governista, ao lado do PT, praticamente implodiu a base de apoio do Planalto na Câmara dos Deputados e fez crescer o risco do impeachment para Dilma.

O gesto do PMDB pode ser seguido a partir de hoje por outros partidos da base, como o PP. O PSD também estuda se permanecerá ou não ao lado do Palácio do Planalto. Para tentar conter a debandada, o governo decidiu intensificar a liberação de cargos e de emendas.

##RECOMENDA##

A saída do PMDB foi sacramentada em uma reunião da Executiva Nacional do partido na Câmara que durou menos de cinco minutos e terminou aos gritos de "fora PT". A bancada do PMDB na Casa tem 68 deputados. Mas, por enquanto, nem todos assumiram que votarão pelo impeachment de Dilma.

Os peemedebistas aprovaram nesta terça-feira em votação simbólica uma moção que recomenda a entrega imediata dos cargos de filiados ao partido para o governo. Dos 127 votantes no diretório, 105 participaram do encontro - 82% do total.

"A partir de hoje, nessa reunião histórica, o PMDB se retira da base e ninguém no País está autorizado a exercer qualquer cargo federal em nome do PMDB", anunciou o senador Romero Jucá (PMDB-RR), responsável por comandar os trabalhos como 1º vice-presidente do partido, sob os gritos de "Brasil para frente, Temer presidente".

O presidente do PMDB e vice-presidente da República, Michel Temer, não participou do evento, assim como o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Defensor do rompimento desde julho do ano passado e réu no Supremo Tribunal Federal sob acusação de corrupção, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que "o PMDB foi apenas utilizado este tempo todo de aliança para votar as matérias que eles decidiram, nunca para participar da formulação de nada". Ele é responsável pela condução do processo de impeachment na Casa que comanda.

A avaliação da cúpula partidária é de que a decisão de romper com a gestão Dilma - há dez anos a legenda era formalmente ligada a governos petistas - foi o primeiro passo concreto para acelerar o andamento do impeachment. Primeiro, dentro do próprio partido. A ala separatista do PMDB calcula que a bancada do partido na Câmara tem 60 votos a favor do impeachment e os outros nove contra. Já os governistas do partido dizem que 30 votos são contra o impeachment e outros 30 são instáveis e acompanharão o lado que entendem que vão ganhar.

Outros partidos

Os parlamentares do PP, legenda que tem a segunda maior bancada da Câmara e que conta com o Ministério da Integração Nacional, se reunirão nesta quarta com o presidente do partido, senador Ciro Nogueira (PI), para discutir um eventual rompimento.

Com isso, a cúpula do PMDB avalia que deverá aprovar até meados de abril a abertura do processo contra a petista com placar de 380 votos - o mínimo necessário são 342 dos 513 deputados. Em seguida, a intenção é, sem oposição de Renan, referendar a decisão de julgá-la no Senado no fim de maio, quando Temer já poderia começar a governar.

Para aliados de Temer, os ministros Mauro Lopes (Aviação Civil), Eduardo Braga (Minas e Energia) e Helder Barbalho (Portos) devem seguir a decisão de Henrique Eduardo Alves, ligado ao vice e que anteontem se antecipou à decisão do PMDB e pediu exoneração do cargo de ministro do Turismo.

Braga e Barbalho pediram à direção para não entregar o cargo agora a fim de concluir projetos nas respectivas pastas. Dos outros três ministros do PMDB, Kátia Abreu (Agricultura) não decidiu se ficará ou não no governo. Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e Marcelo Castro (Saúde) demonstraram disposição de continuar nos cargos, mas o partido deve punir quem permanecer. COLABORARAM ISABELA BONFIM e GUSTAVO PORTO. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A ex-senadora Marina Silva, da Rede, fez dura crítica em sua página no Facebook ao PMDB que decidiu em reunião nesta terça-feira, 29, e por aclamação, deixar o governo Dilma. A ex-ministra, que concorreu em 2014 à Presidência, destacou que em "apenas três minutos, e por unanimidade dos diretórios presentes, o PMDB abandonou o governo do qual foi o maior sócio e beneficiário nos últimos 13 anos".

Ela considera que o partido é responsável, ao lado do governo, pela situação atual do País, mas mesmo assim não deu satisfação à sociedade nem pediu desculpas. "Apenas a jogada política supostamente magistral para tentar se descolar da crise política e reinventar-se como solução. Continua o mesmo e velho PMDB tentando renascer das cinzas da fogueira que ele ajudou a atear."

##RECOMENDA##

A manifestação de Marina ocorreu cerca de uma hora depois da decisão do PMDB. Apesar de dizer que impeachment não é golpe, a ex-senadora tem defendido que a solução mais legítima seria a impugnação da chapa vencedora da eleição de 2014, composta por Dilma Rousseff e Michel Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), conforme processo já em tramitação.

Apesar de a moção pelo desembarque aprovada não estabelecer prazo para peemedebistas deixarem o governo, o ex-ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC) Moreira Franco afirmou nesta terça-feira, 29, que a direção do partido deve esperar cerca de 12 dias para que os peemedebistas entreguem seus cargos.

Um dos principais aliados do vice-presidente Michel Temer, o ex-ministro afirmou que, após esse prazo, o partido deverá tomar medidas contra os peemedebistas que permanecerem no governo. "Cada dia com sua agonia", afirmou Moreira Franco ao deixar a reunião do Diretório Nacional que aprovou o rompimento.

##RECOMENDA##

Na moção de desembarque aprovada por aclamação nesta terça-feira, o PMDB pede "a imediata saída do PMDB da base de sustentação do governo federal com a entrega de todos os cargos em todas as esferas da administração pública federal", mas não estabelece data exata para que deixem o cargo.

Na segunda-feira (27), após reunião entre Temer e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), aliados do vice chegaram a divulgar que a moção estabeleceria 12 de abril como prazo para que peemedebistas entregassem seus cargos. Para evitar divergências, contudo, a cúpula do partido decidiu não incluir o prazo no texto.

O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores se reúne, nesta sexta-feira (26), no Rio de Janeiro para tentar alinhar os discursos e definir as estratégias da legenda diante de temas polêmicos que vão ganhar fôlego na pauta do Congresso Nacional, como a reforma da previdência. Além das pautas remanescentes de 2015, como a crise econômica e o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). 

Os líderes do governo no Senado, Humberto Costa, e na Câmara, José Guimarães, além do presidente nacional da legenda, Rui Falcão, dirigentes estaduais e integrantes de todo o diretório nacional participam do encontro que se estende até este sábado (27). 

##RECOMENDA##

Com a expectativa de chegar ao Congresso Nacional até maio, a proposta que promove uma reforma previdenciária no país tem gerado discussões entre os parlamentares, tanto da oposição quanto da base governista. 

Mesmo assim, a presidente tem se colocado à disposição para “encarar a reforma da Previdência” e dizer que “não é possível que a idade média de aposentadoria no Brasil seja 55 anos”, já que a expectativa de vida dos brasileiros está aumentando. Apesar disso, as modificações no setor dividem o PT e diversos movimentos sociais.

Dentro da reforma, deverão ser debatidos os seguintes temas: demografia e idade média das aposentadorias; financiamento da Previdência Social: receitas, renúncias e recuperação de créditos; diferença de regras entre homens e mulheres, pensões por morte; Previdência rural: financiamento e regras de acesso; regimes próprios de Previdência e convergência dos sistemas previdenciários.

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou que a partir desta semana a legenda passará a discutir oficialmente as eleições de 2016. Uma reunião do Diretório Nacional com o ex-presidente Lula (PT), na próxima quinta-feira (29), em Brasília, dará largada a discussão e o dirigente pediu, em nota, que a militância se afaste do “clima de pessimismo”.  

“Não é verdade que o PT vai ser varrido do mapa ou que vamos sofrer uma derrota avassaladora. Só quem perde antecipadamente é quem se recusa a lutar – e esta não é a tradição petista. É fato, porém, que vamos enfrentar uma disputa difícil. Não só pela campanha de intolerância e ódio contra o partido, mas também porque as dificuldades econômicas tendem a repercutir negativamente nas eleições”, disse.

##RECOMENDA##

Sob a ótica do presidente, a campanha para a próxima eleição vai exigir “mais capacidade de articulação, mais unidade e mais organização” e o resultado dependerá do próprio PT. “Nossas campanhas terão de ser pautadas, obrigatoriamente, pela defesa do PT, do legado dos governos Lula/Dilma, do nosso projeto político e do modo petista de governar/legislar. A construção do programa do governo deve envolver o diálogo com a população, com os movimentos sociais e com aliados nos municípios”, frisou.

Além dos membros do diretório e de Lula, deputados, senadores e ministros petistas são esperados na reunião, que também deve avaliar a conjuntura nacional. 

O Diretório Nacional do PT deu sinais de que tem pressa na escolha do novo tesoureiro do partido em substituição a João Vaccari Neto, preso na última quarta-feira (9) por suspeitas em desvios de dinheiro na Petrobras: os dirigentes petistas que participam da reunião que começou às 11 horas decidiram não fazer nenhum pausa, inclusive para o almoço. Preferiram pedir comida.

A expectativa é pelo nome do novo tesoureiro do partido. Ainda não se sabe se será um tesoureiro definitivo ou se pode ser apontado um mandatário "tampão". Até a quinta-feira (16), o partido estava com dificuldades para encontrar uma pessoa com o perfil adequado e que aceitasse assumir a secretaria de finanças.

##RECOMENDA##

A Executiva Nacional do PT decidiu espantar a "agenda negativa" imposta pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, e não vai tratar, na resolução desta quinta-feira, da anunciada lista de políticos suspeitos de corrupção na Petrobras, a ser entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF), nos próximos dias, pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Reunida em Brasília, a Executiva do PT elogia, na resolução, a troca da diretoria de Petrobras e diz que, a despeito do rebaixamento da nota de classificação de risco da estatal pela agência Moody's, a cúpula da companhia tem "todas as condições de superar as dificuldades" e de jogar um papel importante no desenvolvimento do País.

##RECOMENDA##

Um trecho do documento interno, a que teve acesso o Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, afirma que a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em ato de defesa da Petrobrás, na terça-feira, foi um "marco importante para barrar as tentativas de enfraquecimento da empresa", a pretexto de "erradicar a corrupção".

Ao abordar os problemas na aliança governista, principalmente com o PMDB do vice Michel Temer, o PT considera que todos os esforços estão sendo feitos pelo partido para "recompor" a base de apoio da presidente Dilma Rousseff no Congresso.

O PT completa 35 anos de história na próxima terça-feira (10), mas a comemoração será nesta sexta (6), em ato político no Centro de Convenções Minas Centro, em Belo Horizonte (MG). Antes do evento, o Diretório Nacional realizará uma reunião, que promete ser tensa.

O encontro acontece um dia depois de o tesoureiro nacional do partido, João Vaccari Neto, ter sido levado pela Polícia Federal para prestar depoimento para a Operação Lava Jato. Ele é investigado por ter recebido propinas para a legenda de desvios da Petrobras, mas negou as acusações, dizendo que todos os recursos obtidos pelo PT através dele "foram absolutamente dentro da lei". "O PT não tem caixa 2, o PT não tem conta no exterior", disse à imprensa, em nota.

##RECOMENDA##

A legenda também se defendeu, através de nota, e disse que "o partido recebe apenas doações legais e que são declaradas à Justiça Eleitoral". "As novas declarações de um ex-gerente da Petrobras, divulgadas hoje, seguem a mesma linha de outras feitas em processos de “delação premiada” e que têm como principal característica a tentativa de envolver o partido em acusações, mas não apresentam provas ou sequer indícios de irregularidades e, portanto, não merecem crédito. Os acusadores serão obrigados a responder na Justiça pelas mentiras proferidas contra o PT", dizia a nota.

O próprio Vaccari manteve a participação na reunião e no ato público nesta sexta. A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também estarão presentes na comemoração, assim como os governadores eleitos pelo PT, as principais lideranças do partido na Câmara e no Senado, prefeitos e ministros.

A primeira reunião do Diretório Nacional do PT após as eleições, nesta sexta (28) e sábado (29), promete ser dotada de diversas articulações internas para a participação de líderes da legenda no segundo governo da presidente Dilma Rousseff (PT). O encontro será em Fortaleza e contará com a participação da ala pernambucana que compõe o grupo: a presidente da legenda no Estado, deputada estadual Teresa Leitão; os deputados federais João Paulo e Pedro Eugênio; o senador Humberto Costa e o ex-prefeito do Recife, João da Costa.

Os petistas pernambucanos embarcam para a capital cearense para conversas sobre o crescimento do partido no Nordeste, citada nos bastidores como uma das prioridades do PT para os próximos anos. "Será uma reunião de articulação política. Entendemos que Pernambuco e o Nordeste devem ocupar um espaço relevante por conta de sua importância política", destacou Pedro Eugênio, que não conquistou a reeleição e a partir de 2015 estará sem mandato.

##RECOMENDA##

Eugênio é cogitado para ocupar o comando de algum órgão público, já que estará sem exercer atividades parlamentares. Ele, no entanto, não é o único. O PT de Pernambuco não elegeu nenhum deputado federal, inclusive João Paulo, que disputou o Senado e não conquistou a vaga. O parlamentar também é um dos nomes que estará à disposição de Dilma para integrar, de alguma forma, o segundo mandato presidencial. “O partido tem que definir junto com o governo e, no ponto de vista do PT local, quais são os quadros que estão compatíveis para integrar a gestão”, observou João Paulo.

Apesar das intenções claras da legenda em não ficar de fora do Governo Federal, João Paulo enfatizou que a batida final do martelo é da presidente. “Temos agora a compreensão que as acomodações do governo são feitas pela presidente Dilma. Ela vai ter que compor o governo com as novas forças que saíram das urnas. Fui prefeito e tenho a compreensão das dificuldades que qualquer dirigente tem e isso vai caber a ela”, frisou o ex-prefeito do Recife.

Sobre os nomes já cogitados para algumas pastas, entre eles a do senador Armando Monteiro (PTB) para o Ministério da Indústria e Desenvolvimento, João Paulo afirmou que aguardará as confirmações que devem sair nesta quinta (27). “Já tem aquelas pré-indicações da equipe econômica. Até agora o que Armando recebeu foi o convite para participar dos ministérios, o que tem no mais são comentários. Vamos aguardar as confirmações”, restringiu-se. 

Indagado se Armando finalizaria a cota de Pernambuco no primeiro escalão e como os petistas reagiriam a isso, João Paulo desconversou. “Concordo com a decisão dela, se ela entender que para Pernambuco cabe a indicação de Armando, que seja. Estou neste projeto”, soltou.

Pressionado pelo deputado Beto Albuquerque (RS, candidato a vice na chapa encabeçada pela ex-ministra Marina Silva, e pelo setor pernambucano do partido, o presidente interino do PSB, Roberto Amaral, adiou para o dia 13 de outubro a reunião do diretório nacional da legenda, convocada para segunda-feira (29), com o objetivo de escolher a nova Executiva do partido.

Amaral havia se apresentado como candidato a presidente. Os contrários à convocação agora alegaram que a escolha da nova direção só tumultuaria o PSB na véspera da eleição presidencial. Os contrários à eleição de Amaral devem apresentar o nome do prefeito do Recife, Geraldo Júlio, para disputar a presidência do PSB.

##RECOMENDA##

Em nota, Amaral comunicou que decidiu adiar a reunião a pedido do diretório de Pernambuco. "O motivo é a proximidade das eleições de primeiro turno que ocorrerá no próximo dia 5", afirmou ele.

Amaral publicou ainda carta assinada pelo presidente do PSB pernambucano, Sileno Guedes, com a solicitação do adiamento. E também a resposta que deu aos pedidos feitos pelos contrários à escolha da nova Executiva do partido na segunda-feira (22). Disse que Renata Campos, viúva do ex-governador Eduardo Campos, fez um apelo na manhã deste sábado pelo adiamento da reunião do diretório nacional. Amaral procurou então outros dirigentes do partido, como Luiza Erundina, Márcio França, Miltom Coelho e Carlos Siqueira, quando ficou acertada a nova data para o dia 13.

O documento sobre a resolução política aprovada pelo Diretório Nacional do PT é mais uma tentativa do partido de se aproximar dos anseios da população. Com os recentes protestos que acontecem em todo o País, a legenda elencou várias propostas para retomar a credibilidade que está caindo desde o começo das manifestações. 

Entre as várias propostas do texto estão a democratização dos meios de comunicação, a luta pela reforma tributária progressiva, o aumento do emprego e renda, a melhoria da educação e da saúde, além da resolução dos problemas das grandes cidades do País. Para ter sucesso nesse seu programa democrático, o PT quer englobar outros partidos de esquerda, movimentos sociais e coletivos autônomos.

##RECOMENDA##

O diretório nacional também declarou no documento que apoia os cinco pactos propostos pela presidente Dilma Rousseff (PT) sobre o plebiscito. A legenda deve promover algumas audiências para debater o projeto e organizar campanhas de mobilização pela reforma política através do próprio plebiscito. A utilização das redes sociais deve ser utilizada para discutir o tema.

Com essas propostas o PT está querendo seguir uma nova linha política, resta saber como será feito isso na prática. A história recente do partido mostra que os petistas têm discursos diferentes, se os correligionários não tiverem um discurso único à aproximação com o povo pode ficar cada vez mais distante.

Os participantes do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) se encontrarão em reunirão extraordinária nesta segunda-feira (29), para debater o julgamento de recursos sobre as alterações no regulamento do Processo de Eleição Direta - PED 2013. A discussão será nesta manhã em São Paulo na sede nacional da legenda.

A pauta do encontro é referente à aprovação do Diretório Nacional ocorrida no último dia 20 de julho sobre o regulamento do PED. A eleição para escolha dos novos líderes da sigla está marcada para ser realizado no mês de novembro.

##RECOMENDA##

 

 

Sem conseguir emplacar no Congresso a reforma política, o PT apresentou nesta quinta-feira, em São Paulo, aos líderes do diretório nacional do partido, a campanha para coletar assinaturas ao projeto de lei de iniciativa popular que contempla o financiamento público exclusivo eleitoral, o voto em lista fechada e a paridade entre candidatos homens e mulheres. Além disso, o projeto prevê a convocação de uma assembleia constituinte para aprofundar a reforma política.

O objetivo é angariar, aproximadamente 1,5 milhão de adesões de eleitores, o equivalente a 1% do eleitorado nacional, em pelo menos cinco Estados, até fevereiro. Os dirigentes devem começar a recolher rubricas a partir deste sábado (13). Na reunião, que contou com a participação do ex-deputado José Dirceu (PT-SP) e do deputado federal José Genoino (PT-SP), que são membros do diretório, foram oferecidos os primeiros esboços da campanha, que deverá ser coordenada pelo jornalista e marqueteiro do partido, João Santana. Estão programados quatro eventos no Rio, Brasília e Belo Horizonte, além da capital paulista, voltados para a campanha. O primeiro será na terça-feira (16), na quadra do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, na capital, com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

##RECOMENDA##

Classificado por alguns petistas de "dinheiro sujo", a doação privada para campanha eleitoral é o principal alvo da proposta encabeçada pela legenda. Segundo o presidente nacional da sigla, deputado estadual Rui Falcão (SP), o melhor caminho para a reforma é a proibição dos donativos por empresas. "É o melhor meio de combater a corrupção e baratear a eleição", argumentou.

Conforme Falcão, outro ponto fundamental para aprofundar a questão é a convocação de uma assembleia constituinte exclusiva sobre a mudança política, uma vez que os parlamentares têm dificuldades para alterar a legislação eleitoral atual. "Essa última semana comprovou isso", justificou. Ele disse ainda que o objetivo da campanha é criar uma opinião pública capaz de influenciar os congressistas e convencê-los da importância do plano. Falcão admitiu também a simpatia à ideia do deputado federal Edinho Araújo (PMDB-SP) que limita o acesso de novas agremiações ao tempo de televisão e ao Fundo Partidário. "O projeto tem um aspecto moralizador", considerou.

O presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão (SP), negou nesta sexta-feira que o partido tenha a intenção de pedir investigação sobre o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a declaração do ex-deputado José Dirceu (PT-SP) de que ele havia dito que não o condenaria no julgamento do mensalão, antes de ser nomeado para o cargo. Durante reunião do diretório nacional do partido, em São Paulo, Falcão ironizou o fato de o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pedir a abertura da investigação contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a partir do depoimento do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, condenado no processo do mensalão, e não levar em conta as declarações de Dirceu sobre Fux.

"Eu acho curioso que o próprio procurador, que diz que o ex-deputado José Dirceu não merece crédito porque é réu, dá crédito a outra pessoa que também é réu, com a condenação até o momento maior que o (ex) deputado José Dirceu", afirmou. O presidente nacional do PT e deputado estadual de São Paulo evitou opinar sobre o conteúdo da entrevista de Dirceu ao jornal "Folha de S.Paulo", esta semana. "A entrevista fala por si", resumiu.

##RECOMENDA##

Sobre a abertura de inquérito pela Polícia Federal (PF) para apurar as acusações contra Lula, Falcão disse que são denúncias de caixa 2 e que não passavam de muitas das "invencionices" para atingir a imagem do ex-presidente, "cujo único 'crime' cometido foi o de melhorar a vida de milhões de brasileiros". De acordo com o presidente nacional do PT e deputado estadual, não há necessidade de nota de solidariedade a Lula porque ele não é investigado "pessoalmente".

Questionado sobre a conjuntura econômica, Falcão disse que a questão não foi foco das discussões entre os petistas nesta sexta-feira. Faltando uma semana para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), ele disse que a expectativa da legenda é de arrefecimento da inflação, manutenção da política de emprego e distribuição de renda, além do investimento em infraestrutura. "Para nós, isso não é motivo de preocupação", afirmou.

Atendendo a um pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o deputado federal Vicente Cândido (PT-SP) desistiu da candidatura à presidência estadual do PT. Após uma reunião encerrada nesta sexta-feira no Instituto Lula, em São Paulo, o parlamentar anunciou o apoio à candidatura do ex-prefeito de Osasco Emídio de Souza, o qual deve ter um apoio de 70 a 80% do partido nas eleições do comando estadual, que ocorrerão em novembro. "O pedido de Lula pesa em qualquer processo e eu não estou decepcionado com a decisão", disse Vicente Cândido.

Segundo o atual presidente do PT de São Paulo, deputado estadual Edinho Silva, a decisão de Cândido abre caminho para que o "partido unificado" defina entre julho e agosto o nome do candidato à sucessão do governador Geraldo Alckmin (PSDB) em 2014. "A escolha unifica o partido e abre a possibilidade de iniciarmos também as conversar para as políticas de aliança para o próximo ano", declarou Edinho.

##RECOMENDA##

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando