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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, criticou a Vale em seu perfil no X, novo nome do Twitter, nesta quinta-feira, 25. Ele mencionou a ruptura da barragem da mineradora em Brumadinho (MG). Lula tem feito pressão para emplacar o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega no Conselho de Administração da empresa.

"Hoje faz 5 anos do crime que deixou Brumadinho debaixo de lama, tirando vidas e destruindo o meio ambiente. 5 anos e a Vale nada fez para reparar a destruição causada. É necessário o amparo às famílias das vítimas, recuperação ambiental e, principalmente, fiscalização e prevenção em projetos de mineração, para não termos novas tragédias como Brumadinho e Mariana", diz a postagem no perfil do presidente Lula.

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O rompimento de uma barragem particular, causado pelas fortes chuvas que elevaram o nível do rio Cariús, no sul do Ceará, provocou inundações e alagamento de ruas, casas, comércios e escolas do município de Farias Brito.

Falando neste domingo (9) à Agência Brasil, o coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil do Ceará, tenente-coronel Haroldo Gondim, informou que o rompimento da barragem ocorreu no distrito de Cachoeira dos Bezerras, situado no limite com a cidade de Nova Olinda, e distante do centro do município de Farias Brito.

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“Esse rompimento, juntamente com a chuva, aumentou o nível do rio de forma rápida, mas também baixou rápido. Mas, quando sobe, causa muitos transtornos, porque entra nas casas, nas escolas”. O coordenador informou que a chuva nem foi tão intensa, atingindo somente 34 milímetros. “Choveu bem na região, mas não foi uma chuva torrencial que causou isso, não”. Segundo Gondim, o rio Cariús corta outras cidades “e já vem pegando água de outras localidades”.

Não houve vítimas, nem destruição de casas. Apenas pessoas desalojadas, que tiveram perdas materiais, como móveis, disse o tenente-coronel. “Tudo isso causa bastante prejuízo e a cidade fica muito suja, com lama. Destruição mesmo não teve”. Uma equipe do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil permanece no local para ajuda à população.

Amanhã (10), Haroldo Gondim anunciou a chegada em Farias Brito de técnicos de barragem para avaliar a segurança das demais barragens particulares existentes na região e que podem causar o mesmo transtorno. “Vai ser feita avaliação onde merece ser feita”.

Segundo o coordenador estadual, existe preocupação com relação ao distrito de Cariutaba, situado na parte baixa da cidade, que já está, inclusive, com nível de águas elevado. Devido à sua localização, esse distrito recebe o excesso de água do rio que banha o restante da cidade.

Após o trabalho de mitigação da situação do município afetado, deverá se proceder à identificação do proprietário da barragem que rompeu, visando possível responsabilização.

Ao que tudo indica, o casal Lexa e Guimê chegou mesmo ao fim. Segundo o colunista Lucas Pasin, a cantora decidiu encerrar o relacionamento com o MC e já teria comunicado a ele e aos familiares. Ainda de acordo com o jornalista, o cantor não teria reagido bem à decisão da esposa. 

A crise no casamento entre Lexa e Guimê começou após o MC ser eliminado do BBB 23 sob  acusação de importunação sexual. Desde o ocorrido, a cantora não tem dado declarações sobre o assunto, bem como o funkeiro. Nesta sexta (31), no entanto, o artista assustou os fãs ao apagar todas as fotos de seu Instagram e colocar o desenho de um coração partido na foto de perfil. 

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Reprodução/Instagram

Segundo o colunista Lucas Pasin, Lexa quer acabar definitivamente o casamento e já anunciou a Guimê e à família sua decisão. Ela deve fazer um comunicado ao seu público em breve. Ainda de acordo com Pasin, a cantora pretende conduzir o fim do relacionamento de forma bastante cuidadosa para não prejudicar a imagem do ex. 



 

No momento em que é pressionado por uma campanha de voto útil no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, enfrenta uma crise no seu Estado, o Ceará, onde brigou com o irmão Cid Gomes, e vê a candidatura de seu indicado para a disputa ao governo estadual definhar.

"Recebi uma facada poderosa nas costas. A traição é a cara do momento no Ceará. Resolvi não ir ao meu Estado pela primeira vez. Que o cearense diga lá o que quer fazer de mim", disse Ciro em recente entrevista ao site O Antagonista.

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O rompimento de uma aliança de 16 anos entre o grupo de Ciro e o PT no Ceará dividiu a família Ferreira Gomes. Enquanto o candidato do PDT ao Palácio do Planalto ataca o PT, o senador Cid Gomes (PDT-CE) e o prefeito de Sobral, Ivo Gomes (PDT) - irmãos do ex- ministro -, evitam dar apoio a Roberto Cláudio (PDT), o candidato de Ciro ao governo, e fazem campanha para o petista Camilo Santana ao Senado.

Na tentativa de se reaproximar do PT, Cid afirmou que não vai declarar voto para governador. "Vou me preservar no primeiro turno para tentar ser esse catalisador, o cupido da renovação dessa aliança", disse o senador, no início do mês, ao pedir votos para Ciro e Camilo Santana, em Sobral. Cid está recluso e não participou nem mesmo da convenção do PDT que lançou a candidatura do irmão à sucessão de Jair Bolsonaro (PL).

Roberto Cláudio corre o risco de ficar fora do segundo turno, que deve ser disputado entre Elmano de Freitas (PT), candidato de Lula, e Capitão Wagner (União Brasil), nome avalizado por Bolsonaro.

A divisão tem atrapalhado também a candidatura de Ciro no seu Estado. Pesquisa Ipec divulgada na quinta-feira da semana passada indicou que o pedetista tem 10% das intenções de voto no Ceará. Ocupa o terceiro lugar no Estado onde construiu sua trajetória política, atrás de Lula (63%) e Bolsonaro (18%).

Nas três eleições presidenciais que disputou, Ciro sempre venceu em seu Estado. Em 1998 ele bateu, com 34,23% dos votos, Lula e Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que foi eleito. Em 2002, venceu Lula e José Serra (PSDB), com 44,48% dos votos válidos. E superou Fernando Haddad (PT) e Bolsonaro em 2018, com 40,95%.

Divisão

Adversários políticos de Ciro duvidam, no entanto, que haja um rompimento na família. O ex-senador Eunício Oliveira (MDB-CE) vê o movimento como "jogo de cena" para garantir cargos, caso o PT ganhe o governo do Ceará. "Eles não brigam entre eles, não. Eles querem uma boquinha porque perderam o Brasil. O Ciro destruiu tudo, ninguém pode ser ministro de um nem de outro", afirmou Eunício, em referência a Lula e a Bolsonaro.

O presidente do PDT, Carlos Lupi, disse ao Estadão que Cid tem evitado seus contatos. "Não falo com ele há um bom tempo. Ele se licenciou do Senado. Logo no comecinho (do período eleitoral), liguei para ele e não respondeu. Não voltei a falar."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O primeiro-ministro japonês anunciou nesta quarta-feira (31) que seu partido romperá todos os vínculos com a Igreja da Unificação, conhecida como "seita Moon", relações que vieram à tona após o assassinato do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe.

"O rompimento de laços entre a organização em questão" e os parlamentares do Partido Liberal Democrático (PLD, direita conservadora) se tornará a norma do partido, declarou Fumio Kishida em entrevista coletiva.

Os funcionários eleitos e os representantes políticos "devem ser cuidadosos em suas relações com organizações consideradas problemáticas pela sociedade", acrescentou, prometendo uma investigação sobre os vínculos entre os membros do PLD e a Igreja da Unificação.

O assassinato do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe em julho por um homem que o culpou por seus supostos vínculos com o grupo religioso reacendeu as polêmicas sobre a organização no Japão.

Muitos ex-membros acusam a "seita Moon" de ter abusado economicamente deles.

A popularidade de Kishida caiu depois que as relações mantidas por deputados do PLD - incluindo membros de seu governo - e a Igreja da Unificação vieram à tona.

Kishida reorganizou seu governo no início de agosto, mas alguns membros de sua nova equipe de governo também têm ligações com a seita Moon.

O primeiro-ministro também defendeu nesta quarta-feira sua decisão de realizar um funeral de Estado para Abe, depois que a controvérsia surgiu sobre o gasto de dinheiro público no memorial, o maior para um ex-líder japonês desde 1967.

A cerimônia está marcada para 27 de setembro em Tóquio.

A Vale informou que a Controladoria-Geral da União (CGU) multou a empresa em R$ 86,3 milhões, no âmbito de processo administrativo de responsabilização. O órgão concluiu que a Vale deixou de apresentar informações fidedignas no sistema da Agência Nacional de Mineração (ANM) em relação à Barragem I de Brumadinho (MG) e que emitiu Declaração de Condição de Estabilidade positiva para a estrutura, no período de junho a setembro de 2018, quando, no entendimento do órgão de controle, ela deveria ser negativa, circunstâncias essas que consistiram em ato lesivo à Administração Pública por dificultar a fiscalização da autarquia minerária.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa diz que dessa forma - mesmo reconhecendo a inexistência da prática de atos de corrupção - a CGU definiu a multa no valor de aproximadamente R$ 86,3 milhões, nível mínimo estabelecido pela lei, sendo reconhecido o não envolvimento ou tolerância da alta direção.

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"A Vale discorda da condenação e apresentará nos próximos 10 dias pedido de reconsideração ao Senhor Ministro de Estado da Controladoria-Geral da União", diz a empresa.

Quatro integrantes da Executiva nacional do PT se posicionaram, nessa quarta-feira (3), publicamente contra a candidatura do deputado federal Alessandro Molon (PSB) ao Senado pelo Rio. Eles devem engrossar o movimento contrário à aliança com o PSB fluminense - e o apoio à candidatura de Marcelo Freixo ao governo do Estado - na reunião, hoje, da direção nacional petista. A maioria, porém, defende a aliança.

O apoio a Freixo foi decidido pelo PT em meio às articulações da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência. Em troca, os petistas esperavam indicar o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, André Ceciliano (PT), como candidato da chapa ao Senado. Presidente estadual do PSB, Molon não concorda em abdicar da candidatura. "Não fiz e não participei de qualquer acordo para ceder ao PT a vaga para o Senado", disse em nota.

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A decisão contraria o PT, que pressiona por candidato único da coligação ao Senado. Insatisfeita, a Executiva estadual do PT no Rio aprovou, anteontem, o rompimento da aliança com Freixo, acusando o PSB de descumprir o acordo estadual. A decisão ainda deve ser validada pelos demais partidos da federação: PCdoB e PV.

Integrantes do PT fluminense e do diretório nacional insistem que Molon quebrou o acordo. "Testemunhei o acordo firmado, que é defendido pelo próprio Freixo", disse a deputada Benedita da Silva, que representa o Rio na Executiva. O ex-secretário nacional de Comunicação do PT Alberto Cantalice, membro do diretório nacional, disse que Molon "traiu" o PT e está causando prejuízos à campanha de Freixo.

O secretário nacional de Comunicação do PT, Jilmar Tatto, e o vice-presidente nacional do PT, Washington Quaquá, defenderão, na reunião, o apoio ao ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves (PDT) ao governo.

Dois nomes

O movimento, no entanto, encontra resistência não só no PT do Rio, que em abril aprovou o apoio a Freixo por 52 dos 55 votos. O candidato petista ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, pediu que o partido "não poupe esforços" para trabalhar pela eleição de Freixo. "Temos grande condição de ganhar a eleição no Rio. Temos um candidato que, se não é o líder, está próximo", disse.

Integrantes da campanha de Lula sugerem manter os dois candidatos ao Senado no Rio, com Freixo candidato ao governo. Durante o anúncio de Cesar Maia (PSDB) como vice, na semana passada, Freixo disse ter "convicção" de que Lula estará ao seu lado na campanha.

Por conta do risco de rompimento da cabeceira da ponte na PE-017, também conhecida como Estrada da Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) interditou o trecho localizado na entrada do residencial Marcos Freire.

A medida foi tomada em decorrência das fortes chuvas que vêm acometendo a Região Metropolitana do Recife (RMR). Segundo a DER, o trecho vai receber os serviços necessários de reparo.

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Os motoristas que queiram cruzar a rodovia, saindo de Jaboatão Centro para Jaboatão Velho e vice-versa, precisam seguir por rotas alternativas para chegar até os seus destinos, como por exemplo, trafegar pela BR-232 até a BR-101 ou o contrário.

 

Um rompimento na tubulação de água do Hospital da Restauração, localizado na área central do Recife, causou a queda de parte do teto da unidade de trauma, que é feito de gesso.

Em um vídeo que circula nas redes sociais - que o LeiaJá optou por não publicar para não expor os pacientes - a cena é caótica. Médicos e enfermeiros correm para retirar os pacientes, enquanto parte do teto e equipamentos desabam em meio a "bicas" jorrando água através dos spots de luz. Um dos médicos chega a grita que uma paciente teve que ser extubada. "Preparem a intubação", berra conduzindo a maca de um paciente.

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A assessoria confirmou que o rompimento aconteceu por volta das 13h30 desta segunda-feira (2), na sala "laranja um", o que provocou a transferência de pacientes. 

"A equipe de manutenção já consertou o vazamento desta tubulação e retirou algumas placas de gesso, por medida de prevenção e segurança. Por volta das 15h30, os pacientes que foram removidos voltaram para a sala Laranja 1", detalha a assessoria do HR.

Por conta da situação, visitas foram suspensas durante esta segunda (2). A assessoria garante que a equipe de manutenção da unidade de saúde trabalha 24h e já estava no local quando aconteceu o imprevisto.

A 4ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Minas Gerais julga nesta quarta-feira (2) o recurso da Vale contra o pagamento de indenização de R$ 1 milhão por dano moral para cada trabalhador morto no rompimento da Barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho, há três anos. Também será julgado o pedido para que esse valor suba para R$ 3 milhões, de acordo com ação impetrada pelo Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Extração de Ferro e Metais Básicos de Brumadinho (Metabase Brumadinho).

Pela decisão de primeira instância, a indenização será paga aos espólios e herdeiros dos 131 trabalhadores diretos da mineradora mortos no derramamento de rejeitos em janeiro de 2019, num total de R$ 131 milhões. Os trabalhadores indiretos que atuavam na mineradora não fazem parte da ação impetrada pelo Sindicato Metabase Brumadinho.

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No recurso, os advogados da Vale pedem que 21 dos 131 trabalhadores mortos sejam removidos da ação, alegando que não compõem a categoria do sindicato. Também pedem pela exclusão de trabalhadores que já entraram com ações individuais ou fizeram acordos com a empresa, com cláusula de quitação.

"A nossa expectativa é que o Tribunal Regional do Trabalho não permita que se perpetue a recusa da Vale em reparar os danos causados às maiores vítimas do rompimento da barragem de Brumadinho e mantenha a condenação da Vale, elevando o valor da indenização", afirmaram em nota os advogados do Sindicato Metabase Brumadinho, Luciano Pereira e Maximiliano Garcez.

 Na noite desse domingo (9), moradores de sete cidades no Interior de Minas Gerais deixaram as casas após um alerta de alto risco de rompimento da barragem da hidrelétrica da Usina do Carioca, em Pará de Minas.

A solicitação para deixar imediatamente a região a cerca de 83 quilômetros de Belo Horizonte foi emitida pela Defesa Civil junto à Prefeitura. Um posto de saúde foi disponibilizado perto da igreja para receber os desabrigados.

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As autoridades estimam que o rompimento atingiria as cidades de Pará de Minas, Pitangui, Onça de Pitangui, São João de Cima, Casquilho de Baixo, Casquilho de Cima e Conceição do Pará.

Em um vídeo que circula nas redes sociais, um dos bombeiros que auxiliaram na evacuação informa que o nível do Rio São João iria subir 60 metros, com o risco de 99% de rompimento.

Ele ainda diz que áreas urbanas não serão atingidas, mas as proximidades do Rio Pará e São João, logo abaixo da barragem, seriam devastadas.

Com a continuidade das chuvas que caem na região, o prefeito Elias Diniz destacou que o rompimento da Usina do Carioca poderia acarretar um efeito dominó nas barragens de Britos e Itaúna.

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Na manhã deste sábado (8), moradores de Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, se assustaram com a sirene que alertava para o rompimento da barragem de rejeitos de ferro da Mina de Pau Branco, a cerca de 30 quilômetros da capital de Minas Gerais. Um trecho da BR-040 foi tomado por lama e a Defesa Civil explica que houve transbordamento.

A investigação preliminar indicava a possibilidade de apenas uma tubulação de drenagem ter se rompido ao invés de toda a barragem. A barragem é administrada pelo grupo Vallourec, que ainda não se pronunciou.

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A Defesa Civil de Nova Lima sugere que o sistema de drenagem foi sobrecarregado com as chuvas dos últimos dias e a barragem transbordou.

Equipes de resgaste estão no local e o Corpo de Bombeiros confirmou um ferido. Os dois sentidos do trecho no quilômetro 562 da BR-040, que liga Minas ao Rio de Janeiro, foi tomado por lama e está interditado.

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A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu anular nesta terça-feira (19) o recebimento da denúncia oferecida pelo Ministério Público de Minas Gerais pelas mortes causadas com o rompimento da barragem da mineradora Vale em Brumadinho (MG).

Os ministros concluíram que a competência para processar e julgar o caso é da Justiça Federal, o que coloca o processo de volta à fase inicial. A ação foi transferida para a 9.ª Vara Federal Criminal de Minas Gerais. O MP informou que vai recorrer da decisão.

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As defesas dos denunciados disseram que houve uma estratégia deliberada do Ministério Público do Estado para manter o caso na esfera estadual. O órgão, por sua vez, diz que a denúncia não descreve nenhum crime de competência federal.

A barragem B1 rompeu em janeiro de 2019, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, deixando 259 mortos e onze desaparecidos. A denúncia por homicídio doloso duplamente qualificado e por crimes ambientais foi oferecida um ano depois contra 11 executivos e funcionários da Vale e outros cinco da consultoria Tüv Süd.

Depois de 40 anos de amizade, a morte da esposa em decorrência da Covid-19 fez com que o ex-deputado Alberto Fraga bloqueasse Jair Bolsonaro do WhatsApp. Ele diz não compreender “essa falta de sensibilidade” do presidente

Após 40 anos de amizade com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o ex-deputado Alberto Fraga (DEM-DF) declarou ter se afastado do mandatário depois da morte prematura da esposa, Mirta, em decorrência de complicações ocasionadas pela Covid-19.

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Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Fraga disse que chegou a bloquear Bolsonaro no aplicativo de mensagens WhatsApp e que não consegue compreender “essa falta de sensibilidade do presidente com relação à morte das pessoas”.

O ex-aliado conheceu o chefe do Executivo em 1980, durante a Escola de Educação Física do Exército no Rio de Janeiro (RJ). Nos anos que sucederam, continuaram juntos quando foram deputados e, posteriormente, se encontravam com frequência no Palácio da Alvorada (DF).

Durante a pandemia, no entanto, Fraga e a esposa pegaram o novo coronavírus. “Ela teve pneumonia viral. Ficou 73 dias internada e veio a óbito em virtude do pulmão não ter se recuperado. O sentimento mais comum de todos nós que passamos uma situação dessa é que gostaríamos de ter tido a vacina o mais rápido possível”. Para ele, “enquanto se disputava politicamente quem era ‘o pai da criança’, a população ficou sem vacina”.

Coronel da reserva da PM do Distrito Federal e expoente da chamada “bancada da bala” durante o mandato na Câmara, o ex-parlamentar acusa Jair Bolsonaro de ter “politizado” a vacina. Segundo suas declarações, quando o presidente percebeu que havia necessidade de imunizantes contra a doença, “não quis dar o braço a torcer porque o mérito ficaria para o Doria [governador de São Paulo]”.

Na entrevista, Fraga disse ainda que esse era um dos principais pontos de inflexão com o ex-aliado, já que sempre considerou a vacina importante. “Eu disse algumas vezes que a economia se recuperava. As vidas não. Isso fez com que, em diversas situações, eu fosse me decepcionando com algumas posturas”.

Questionado se o rompimento era definitivo, o político disse que se afastou para não estragar a amizade. "Em hipótese alguma eu posso culpar o presidente pela morte da minha mulher. Nunca insinuei isso, mas achei por bem me afastar, não romper. Sempre fui amigo do Jair Messias Bolsonaro. Nunca fui amigo do presidente", afirmou.

Fraga relembrou também a morte do senador Major Olimpio, em março deste ano, que também foi vítima da Covid-19. Segundo o ex-parlamentar, a ausência de manifestação pública de Bolsonaro já mostrava sua "insensibilidade". “Deus foi tão bondoso com ele que ele não teve nenhuma perda. Os que tiveram têm uma visão diferenciada dessa questão”.

“Tem um general aí que está mais para puxar saco do que para ser conselheiro de governo”

Sobre o time de ministros e aliados que cercam o presidente, Fraga ressaltou que “Bolsonaro escolheu muito mal seus conselheiros”. Segundo ele, “tem um general aí que está mais para puxar saco do que para ser conselheiro de governo”, se referindo ao general Luiz Eduardo Ramos, atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência. Na avaliação do ex-deputado, a atuação de Ramos agrada o presidente pois o mesmo “não gosta de ser contrariado”.

No que se relaciona às manifestações do dia 7 de setembro, Fraga avaliou que o chefe do Executivo nacional “exagerou na dose”, pronunciando “coisas que era impossível de realizar”, a exemplo do pedido para que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) retirasse o ministro Alexandre de Moraes do cargo que ocupa. Ele também sugeriu que “não existe a menor chance de as polícias se insurgirem”, e completou declarando que o impeachment só seria possível caso houvesse “algum tipo de esgarçamento na relação entre Centrão e Bolsonaro”.

 

 

No dia em que a tragédia da Vale em Brumadinho completa dois anos e sete meses, a Polícia Civil de Minas Gerais identificou Juliana Creizimar de Resende Silva, 33 anos, como a vítima de número 261 da queda da barragem - ainda há nove desaparecidos. Ela era funcionária da Vale, assim como o marido, Dennis Silva, que também morreu no desastre. O casal deixou dois gêmeos órfãos.

A identificação, divulgada na tarde desta quarta-feira (25) emocionou a equipe de buscas. Como os familiares de Juliana sempre foram muito ativos nas reuniões semanais sobre a tragédia, formou-se um vínculo entre eles. A irmã dela, Josiana Resende, que cuida dos gêmeos, participava da diretoria da Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos do Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão (Avabrum).

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"A identificação da Juliana carrega um simbolismo muito grande. Houve uma proximidade muito grande, que se aprofundou nesse período de dois anos e sete meses", disse o médico legista Ricardo Araújo, em coletiva na Polícia Civil esta tarde.

"Toda vítima é importante, mas Juliana é emblemática, até por causa dos outros familiares de vítimas, eles torciam muito pela sua identificação", afirmou Araújo.

Para ele, a notícia traz um pouco de conforto para a família. "É a devolução da identidade, poder devolver para os familiares um pouco de dignidade."

Os restos mortais foram localizados pelos Bombeiros na terça-feira (23). Os trabalhos de identificação, feita por meio da arcada dentária, atravessaram a madrugada, relatou o legista.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, comentou a notícia em suas redes sociais. "Com incansável trabalho, os Bombeiros de Minas localizaram hoje, por volta das 17h, mais uma joia ainda desaparecida na tragédia de Brumadinho. É um alento para as famílias", disse Zema.

O Corpo de Bombeiros informou que as buscas, que completaram 943 dias nesta quarta-feira, prosseguem sem previsão de término, "permanecendo o incansável propósito de localizar as joias restantes".

"No exato dia onde a operação completa 2 anos e 7 meses, a efetividade de localização do CBMMG na operação Brumadinho ultrapassa o expressivo índice de 96,6%, sendo responsável por apoiar e dignificar o processo de luto de 261 famílias até o momento", ressaltou a corporação.

O talude de uma obra de infraestrutura da mineradora Itaminas, em Sarzedo (Minas Gerais) se rompeu nesta segunda-feira, 9, às 11h30. De acordo com a Defesa Civil, o local não é próximo à barragem e não houve vítimas. Em visita ao local, os técnicos da Defesa Civil disseram que houve apenas soterramento parcial de um veículo pequeno, uma máquina e um caminhão.

Em seu site, a companhia confirma que "trata-se de um escorregamento de aterro de obra civil, não havendo vítima ou dano ambiental nem tampouco qualquer relação com as barragens, que mantém os níveis de segurança dentro dos padrões exigidos". A empresa diz que todas as medidas estão sendo tomadas.

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Pelo Twitter, o deputado Rogério Correia (PT-MG) diz que, apesar de o problema não ter atingido a cidade, é com certeza preocupante e mais um alerta sobre a situação das barragens em Minas Gerais.

Após a Justiça de Minas Gerais aceitar o pedido de indenização de R$ 1 milhão em danos morais por cada vítima do rompimento das barragens de Brumadinho, nessa segunda-feira (5), a Vale entrou com recurso contra a decisão e afirmou que o valor é 'absurdo'.

A indenização requerida à 5ª Vara do Trabalho de Betim foi estipulada pelo sindicato Metabase-Brumadinho e contou com apoio de entidades internacionais ligadas à defesa dos direitos humanos. As barragens de rejeitos de minério operadas pela empresa na região deixaram 270 mortos após romperem no dia 25 de janeiro de 2019.

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A organização cobra por R$ 1 milhão de indenização aos 131 funcionários diretos da Vale que morreram com a avalanche de rejeitos de minério. Antes, o pedido era de R$ 3 milhões. Terceirizados e vítimas em geral, como hóspedes de uma pousada no Córrego do Feijão e seus respectivos colaboradores ficaram de fora do processo.

Além da redução do valor considerado pela defesa da mineradora como 'absurdo', a Vale pede que 21 nomes sejam retirados da lista de indenizados. "Ainda que mantido o absurdo importe de R$ 1 milhão por vítima, o valor da condenação há de ser reduzido para, no mínimo, R$ 120 milhões. A manutenção do valor injustificado causa grave prejuízo à ré", apontou conforme publicação da Folha de S.Paulo.

O MDB ameaça romper o acordo firmado com governistas para apoiar o senador Omar Aziz (PSD-AM) na presidência da CPI da Covid caso o Palácio do Planalto insista em tirar Renan Calheiros (MDB-AL) da relatoria da comissão. Os senadores independentes e de oposição - que são maioria no colegiado - já haviam feito um acerto que previa Aziz na presidência da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) na vice-presidência e Renan como relator. A tropa de choque do Planalto, no entanto, trabalha para pôr na relatoria o senador Marcos Rogério (DEM-RO), aliado do presidente Jair Bolsonaro.

O líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), afirmou ao Estadão/Broadcast que o partido é contra a ideia de encaixar Rogério na relatoria da CPI. Braga disse, ainda, que se Aziz quiser designar esse nome, o MDB não mais o apoiará para o comando da comissão. "Isso não envolve o MDB. Se ocorrer, estaremos em desacordo. Se quiser pacificar com o MDB, tem de estar em acordo com o partido", avisou Braga.

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Articuladores de Bolsonaro tentaram evitar até mesmo a indicação de Renan para compor a CPI, mas não obtiveram sucesso na empreitada porque o governo não tem maioria na comissão. Com perfil de oposição e aliado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - possível adversário de Bolsonaro na eleição de 2022 -, Renan é considerado pelo Planalto como uma "pedra no sapato".

Na tentativa de resolver o imbróglio, Aziz chegou a convidar Braga, que é próximo a Renan, para ser o relator. O líder do MDB, porém, não aceitou.

Randolfe, por sua vez, afirmou que o acordo está fechado e não haverá mudança. "Renan será o relator", declarou.

Presidente do Progressistas e aliado de Bolsonaro, o senador Ciro Nogueira (PI) continua defendendo o nome de Marcos Rogério para a vaga. Na prática, os governistas fazem pressão para Aziz não indicar Renan como relator, o que provocou a revolta do MDB. "Eu não estou postulando a relatoria. O mais importante é iniciarmos os trabalhos da CPI", disse Renan ao Estadão.

O movimento para mudar o acerto fez com que o senador de Alagoas diminuísse o tom das críticas dirigidas ao Planalto. Em conversas reservadas, Renan observou que até a instalação da CPI vai evitar declarações duras contra Bolsonaro para não dar munição ao que considera como manobra do governo, na tentativa de ganhar tempo. Marcos Rogério também não quis responder como pretende ser relator da CPI. "Como ainda não houve a data de instalação, estou quieto e aguardando os acontecimentos", despistou.

Rogério é vice-líder do governo e aliado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Aziz é do grupo que se autodenomina independente, mas tem bom trânsito no Planalto.

Voto

A escolha do presidente e do vice da CPI é feita pelo voto. Normalmente, há acordo de lideranças para essa definição, mas somente a eleição oficializa os nomes. O presidente da CPI, após ser eleito pelos integrantes do colegiado, designa o relator e pauta um cronograma de trabalho para votação. A tarefa do relator é estratégica em uma CPI porque, além de inquirir testemunhas e ouvir suspeitos, a comissão pode quebrar o sigilo bancário, fiscal e de dados de investigados, desde que haja fato determinado para isso e se comprometa a não dar publicidade às informações obtidas.

Pacheco afirmou que a reunião de instalação da CPI da Covid - que deve ser feita ou no próximo dia 22, depois do feriado de Tiradentes, ou no dia 27, será presencial. A partir daí, o formato dos encontros caberá aos integrantes da comissão.

Na avaliação do presidente do Senado, depoimentos de testemunhas precisam ocorrer no formato presencial por causa da necessidade de garantir que essas pessoas não se comuniquem com outras e sejam coagidas. Investigados pela comissão, por outro lado, podem ser ouvidos virtualmente porque, segundo Pacheco, têm direito a não comparecer ou até mesmo a não falar após uma convocação.

Laudo apresentado nesta sexta-feira, 26, pela Polícia Federal aponta que o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, no dia 25 de janeiro de 2019, ocorreu por perfuração feita a partir da parte superior até a base da represa, onde os rejeitos ficam armazenados. A operação foi iniciada cinco dias antes da tragédia e estava em andamento na data da ruptura.

A perfuração estava sendo feita para diagnóstico das condições dos rejeitos depositados na estrutura e posterior instalação de equipamentos para medir a pressão interna da barragem.

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O laudo refuta as argumentações da Vale de que uma combinação de deformação da barragem, provocada pelo seu próprio peso, e fortes chuvas teriam contribuído para o colapso. O documento mostrou, em relação às chuvas, que em 2019 o regime pluviométrico foi inferior a anos anteriores.

A perfuração, juntamente com o baixo nível do fator de segurança da estrutura, conforme já ficou comprovado nas investigações, levaram à ruptura por liquefação, que é o aumento do volume de água nos rejeitos sólidos, pressionando a barragem e levando à sua ruptura.

Conforme o perito da Polícia Federal, Leonardo Mesquita, a liquefação ocorreu quando a perfuração atingiu, a 68 metros de profundidade, uma camada da estrutura com maior volume de rejeitos finos, que reúnem mais chances de entrarem em liquefação. "A perfuração estava ocorrendo no ponto mais crítico da barragem", disse o perito. Um fluido usado para lubrificar a ponta da perfuratriz aumentou a pressão nesse ponto mais frágil da represa.

Antes de iniciar a perfuração que acabou provocando a liquefação, a Vale contratou empresa terceirizada, cujo nome não foi revelado pela PF, para fazer uma etapa inicial desse processo de análise dos rejeitos. A PF informou, porém, que os dados dessa primeira etapa, que durou de outubro a dezembro de 2018, não foram processados pela Vale, que mesmo assim passou à segunda etapa no processo em janeiro.

"Houve um atropelo", concluiu o delegado responsável pelas investigações, Luiz Augusto Pessoa Nogueira. "A Vale deveria ter verificado primeiro o que foi diagnosticado pela empresa contratada".

O laudo divulgado hoje é o mais importante para a possível responsabilização criminal de funcionários e diretores da Vale pelo colapso da estrutura. O rompimento da barragem matou 272 pessoas. Onze permanecem desaparecidas. O delegado responsável pelas investigações, no entanto, afirma que o inquérito segue e que ainda não há definição sobre possíveis indiciamentos. "Não descarto nenhum tipo de hipótese", declarou.

Outras hipóteses levantadas desde o rompimento da barragem foram descartadas pela PF, além da apresentada pela Vale. Entre as quais detonações em mina próxima à represa que poderia ter afetado a estrutura física da barragem.

A reportagem perguntou à Vale o motivo pelo qual a mineradora não processou as informações da empresa contratada para estudo sobre os rejeitos da barragem antes de iniciar a perfuração que acabou ajudando no gatilho da liquefação. Obteve a seguinte resposta, em nota. "A Vale informa que tomou conhecimento nesta sexta-feira, 26, da expedição do laudo da perícia técnica da Polícia Federal sobre as possíveis causas do rompimento da Barragem I, da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG). A empresa avaliará o inteiro teor do laudo e oportunamente se manifestará nos autos por intermédio de seu advogado David Rechulski."

Movimentos de apoio aos atingidos pelo rompimento da barragem Córrego do Feijão, da Vale, em Brumadinho, e dois partidos, PT e PSOL, entraram nesta quarta-feira (10) com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a homologação do acordo no valor de R$ 37,68 bilhões fechado pela mineradora para pagamento ao governo de Minas como indenização pela tragédia.

O termo foi assinado no último dia 4. A barragem se rompeu em 25 de janeiro de 2019 matando 272 pessoas. Onze corpos seguem desaparecidos. A principal reivindicação dos representantes dos atingidos é que a aplicação do valor seja discutida com os moradores do município.

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Durante protesto na data da assinatura do acordo, em frente ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), onde o termo foi firmado, representantes dos atingidos defenderam que o valor correto a ser pago seria de R$ 54 bilhões, montante apresentado pelo Estado no início das negociações.

O Palácio Tiradentes afirma que, dos R$ 37,68 bilhões, R$ 9,17 bilhões vão para programas de transferência de renda. Outra parcela, de R$ 4,7 bilhões, será para reformas em escolas e postos de saúde ao longo do Paraopeba, rio atingido pela lama que desceu da barragem ao se romper.

Do total, ainda segundo o Estado, R$ 6,55 bilhões serão para saneamento básico nos municípios atingidos, R$ 2,055 bilhões irão para captação de água para cidades da Grande Belo Horizonte, R$ 4,95 bilhões para estradas e ampliação do metrô da capital, R$ 4,37 bilhões para melhoria de hospitais e R$ 5,89 bilhões serão reservados para medidas emergenciais.

"Os valores são insuficientes para que as pessoas possam ter minimamente de volta seu modo de vida", afirma Maria Julia Zanon, da coordenação nacional do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM).

A ação argumenta que princípios constitucionais foram feridos no fechamento do acordo, como a publicidade do termo e a não participação dos atingidos nas negociações. Os movimentos dizem ainda, no pedido de suspensão da homologação impetrado no STF, que o acordo deveria passar por aprovação da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

O Coordenador do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Joceli Andreoli, afirma que o acordo é uma "injustiça frontal" porque traz prejuízo real aos atingidos. "Acreditamos que o STF deve tomar providência no sentido de garantir que os atingidos participem do acordo", diz. O MAB está entre os apoiadores da ação.

Além do PT e do PSOL, assinam o pedido feito ao STF o MAM e a Associação Nacional dos Atingidos por Barragens (Anab). A mineradora Vale informou que não irá se pronunciar sobre a ação. A reportagem aguarda posicionamento do governo de Minas.

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