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O primeiro-ministro japonês anunciou nesta quarta-feira (31) que seu partido romperá todos os vínculos com a Igreja da Unificação, conhecida como "seita Moon", relações que vieram à tona após o assassinato do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe.

"O rompimento de laços entre a organização em questão" e os parlamentares do Partido Liberal Democrático (PLD, direita conservadora) se tornará a norma do partido, declarou Fumio Kishida em entrevista coletiva.

Os funcionários eleitos e os representantes políticos "devem ser cuidadosos em suas relações com organizações consideradas problemáticas pela sociedade", acrescentou, prometendo uma investigação sobre os vínculos entre os membros do PLD e a Igreja da Unificação.

O assassinato do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe em julho por um homem que o culpou por seus supostos vínculos com o grupo religioso reacendeu as polêmicas sobre a organização no Japão.

Muitos ex-membros acusam a "seita Moon" de ter abusado economicamente deles.

A popularidade de Kishida caiu depois que as relações mantidas por deputados do PLD - incluindo membros de seu governo - e a Igreja da Unificação vieram à tona.

Kishida reorganizou seu governo no início de agosto, mas alguns membros de sua nova equipe de governo também têm ligações com a seita Moon.

O primeiro-ministro também defendeu nesta quarta-feira sua decisão de realizar um funeral de Estado para Abe, depois que a controvérsia surgiu sobre o gasto de dinheiro público no memorial, o maior para um ex-líder japonês desde 1967.

A cerimônia está marcada para 27 de setembro em Tóquio.

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