Feitosa tenta impedir liberação de bebidas em estádios

Segundo o deputado a mudança de lei é um retrocesso e possui interesse pouco consistente

qua, 10/12/2014 - 18:14
Chico Peixoto/LeiaJáImagens/arquivo Feitosa afirma assunto é questão de ordem pública Chico Peixoto/LeiaJáImagens/arquivo

É recorrente a discussão acerca da venda de bebidas alcoólicas durante os eventos esportivos, principalmente em campeonatos futebolísticos. Nesta quarta-feira (10), o assunto veio à tona novamente com o posicionamento do deputado Alberto Feitosa (PR), na tribuna da Casa Joaquim Nabuco. Autor da Lei 13.748, de abril de 2009, que proíbe a comercialização dentro dos estádios de futebol e ginásios esportivos, o político afirmou que novo PL, criada por Antônio Moraes (PSB), que autoriza a venda de bebidas alcoólicas é um retrocesso.

“Não vejo nenhum ponto positivo em relação à comercialização de bebidas alcoólicas nos estádios de futebol. Inclusive há um levantamento da Polícia Militar sobre o alto número de ocorrências durante os campeonatos”, justificou Feitosa. Ele ainda destacou os números de ocorrências desde 2009, período que a PL 13.748 foi criada. “Antes de 2009, os números eram de 370 a 530 casos de violência. Após vigência da lei, o quantitativo reduziu, em média, para 63”, apresentou o deputado.

Em entrevista ao Portal LeiaJá, Feitosa ainda afirmou que patrocínio não salva clube. “Bebiba não combina com esporte e nem com a economia. Acredito que patrocínio de bebida alcoólica não salva nenhum estádio de futebol. Essa é uma questão de ordem pública e que merece ser discutida e avaliada com muito cuidado”, criticou. 

Mesmo com a liberação da venda do produto em grandes eventos, como a Copa do Mundo, o parlamentar ainda assim sustenta a sua posição. "Nos grandes eventos esportivos as ocorrências são menores, porém ainda existem. As pessoas vêm com o discurso que fora do Brasil é autorizado, mas não é verdade, nos Estados Unidos, por exemplo, há o controle do consumo. O interesse de autorizar nova Lei é pouco consistente", finalizou.

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