Alepe votará Frente pela Cidadania LGBT nesta terça (17)

Principal discordância para a aprovação da proposta está na resistência da bancada evangélica

por Élida Maria ter, 17/03/2015 - 11:33
Juana Acioli/LeiaJáImagens/Arquivo A apreciação da Frente LGBT será realizada na sessão plenária da Alepe Juana Acioli/LeiaJáImagens/Arquivo

A votação da Frente Parlamentar em Defesa da Cidadania LGBT, conhecida como a “Frente LGBT” promete embates políticos e religiosos nesta terça-feira (17),  a partir das 14h30, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). O requerimento é de autoria do deputado Edilson Silva, único representante do PSOL na Casa, e para ser aprovada, precisa a aceitação em plenário da maioria absoluta, ou seja, o voto de 25 dos 49 parlamentares.

Até o momento, membros das bancadas de oposição e do governo deram apoio político para a iniciativa indicando parlamentares que farão parte do colegiado. No entanto, a discussão deverá ser realizada entre os deputados que são a favor da Frente LGBT e os parlamentares da bancada evangélica, contrários à criação do grupo. 

Para Edilson Silva o tema no plenário não será tratado pela ótica do governo versus oposição. “Ao indicar dois membros, entre eles o vice–líder da bancada (Lucas Ramos), o governo sinalizou que apoia a iniciativa. A resistência será do setor mais conservador”, avalia.     

As deputadas Teresa Leitão (PT) e Priscila Krause (DEM) e os deputados do PSB Aloísio Lessa e Lucas Ramos serão integrantes titulares da Frente LGBT. Já Edilson Silva, por ter sido o autor do requerimento que propõe sua criação, ficará responsável pela coordenação do trabalho. Atualmente ele também preside a Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular da Casa.

Frente Parlamentar - Segundo o Regimento Interno da Alepe, o colegiado tem o objetivo de propor mudanças na legislação estadual que representem avanços para determinado setor da sociedade. Entre as sugestões que a Frente LGBT pretende apresentar estão a criação de uma delegacia especializada na apuração de crimes com características de homofobia e a aceitação por parte de escolas e unidades de saúde do nome social. 

Embate – A principal divergência para a criação da Frente Parlamentar são os setes deputados da bancada evangélica formada por: Pastor Cleiton Collins, Presbítero Adauto Santos, Bispo Ossésio Silva, André Ferreira, Soldado Joel da Harpa, Professor Lupércio e Odacy Amorim. 

Contrário à resistência dos parlamentares, está previsto que militantes do segmento se preparam para ocupar as galerias da Assembleia Legislativa com cartazes e faixas em defesa da extensão de direitos e do Estado laico. A iniciativa é uma forma de parabenizar os deputados que se posicionarem a favor e pressionar os contrários a proposta

 

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