No Recife, trabalhadores protestam contra a terceirização

Manifestação se concentra em frente a Fiep e deve ganhar às ruas por volta das 16h30. O presidente da CUT-PE alertou que se o projeto for aprovado pode ter uma greve geral do país

por Giselly Santos qua, 15/04/2015 - 16:46

Centenas de pessoas se concentram neste momento em frente a sede da Federação das Indústrias de Pernambuco, no bairro de Santo Amaro, no Recife para protestar contra o Projeto de Lei 4330, que regulamenta a terceirização no Brasil. A mobilização é organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT-PE) e a previsão é de que eles saiam em caminhada pelas principais ruas da cidade por volta das 16h30.  

Com parte da Avenida Cruz Cabugá interditada, os manifestantes trazem faixas, cartazes e banners. Entre as sinalizações estão críticas ao Governo do Estado, aos deputados federais pernambucanos que votaram a favor no PL, entre outras reivindicações. Segundo o presidente da CUT em Pernambuco, Carlos Veras, a concentração já reúne cerca de cinco mil pessoas e a expectativa é dobrar este número. “Vamos fazer o enfrentamento contra este projeto organizando grandes atos”, cravou o dirigente ao Portal LeiaJá.

Ainda sob a ótica de Veras, apesar da exclusão das empresas públicas das regras da matéria não há avanços, “o que interessa é a reprovação total do projeto”.  “É uma tentativa de desmobilizar e dividir os trabalhadores. Os servidores públicos não vão se dividir do restante do conjunto dos trabalhadores, porque se hoje eles forem individualistas e aceitarem que arrebentem com a vida dos trabalhadores privados lá na frente vão arrebentar com a vida dos servidores públicos e a iniciativa privada não dará força a eles”, argumentou. “Precisamos continuar unificados. Se for preciso virá uma greve geral no país”, acrescentou. 

Semana passada a CUT realizou um ato semelhante a este, porém o de hoje se fortalece com a adesão de vários movimentos sociais e outros sindicatos, como os dos Bancários e dos Rodoviários. Outra categoria presente são os professores que aderiram à greve no Estado desde assembleia na última sexta-feira (10).

*Com informações de Élida Maria

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