Obras de navegabilidade estão encalhadas, analisa oposição
Para o líder do colegiado, Silvio Costa Filho, governo precisa esclarecer o porquê de não estar executando as obras. "Dinheiro tem", justifica petebista
A bancada de oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) deu segmento, nesta segunda-feira (4), às fiscalizações nas obras do estado. Desta vez, o grupo visitou as estações que integram o projeto de navegabilidade do Rio Capibaribe, no Recife. De acordo com o líder do colegiado, Silvio Costa Filho (PTB), a situação dos locais é preocupante.
“As informações que temos da Caixa Econômica Federal é que dinheiro tem, mas o que acontece é que o Estado não está executando a obra do jeito que deveria. Há pendências técnicas. Então é importante o Governo do Estado explicar à população porque a obra está encalhada”, afirmou o petebista.
A bancada visitou duas das cinco estações de embarque e desembarque previstas pelo projeto no Rio Capibaribe. “Na BR-101, na altura do supermercado Atacadão, não é possível identificar nada que lembre sequer o início das obras. No Derby, há algumas estacas que parecem ser a fundação das estações”, relatou o deputado estadual Julio Cavalcanti (PTB).
Lançado em 2012, o Navegabilidade do Rio Capibaribe está orçado em R$ 289 milhões. Deste total, R$ 190 milhões serão decorrentes de recursos do Orçamento Geral da União (OGU), por meio do PAC Mobilidade. O projeto deveria ter sido entregue à população no final do ano passado, no entanto, segundo a oposição, conta com apenas 25% de sua obra executada.
"Desculpa" da crise econômica
O deputado Silvio Costa Filho ao analisar o que ficou constatado durante a fiscalização alertou que se tornou uma justificativa recorrente do governador Paulo Câmara (PSB) “jogar a culpa dos problemas do Estado para o âmbito federal”. Para o líder é importante que a população observe como a gestão “tem dado claras demonstrações de que não está sabendo executar os projetos de mobilidade”.
“Além do projeto de navegabilidade do Capibaribe, que já conta com recursos em caixa, temos testemunhado a lentidão na entrega de obras como os corredores Norte-Sul e Leste-Oeste, o próprio Túnel da Abolição que foi entregue com falhas, e os terminais integrados de passageiros”, listou. “O Estado precisa ser mais ágil, pois a cidade está travada, com um trânsito caótico, e estamos perdendo a oportunidade de utilizar uma alternativa inteligente de transporte”, acrescentou, cobrando.