Saída do PP da base aliada não faz falta, diz petista

Para Teresa Leitão o apoio é importante, mas não tem como ficar refém do pragmatismo

por Élida Maria seg, 11/05/2015 - 20:57
Clélio Tomaz/LeiaJáImagens/Arquivo Para a deputada as ameaças do PP demonstram que não possuem segurança Clélio Tomaz/LeiaJáImagens/Arquivo

A possível saída do PP da base aliada do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) conforme anunciou o deputado federal e líder do PP na Câmara Federal, Eduardo da Fonte (PE) foi analisado pela presidente do PT-PE e deputada estadual, Teresa Leitão. Na visão da parlamentar, a decisão do partido não fará falta, principalmente no cenário local.

“Aqui em Pernambuco mesmo não vai fazer falta nenhuma porque o PP fez campanha para Aécio. O Eduardo da Fonte se posicionou pró Dilma, mas nem aqui ele estava. Ele precisou viajar para Portugal e o Cleiton Collins que é uma liderança com forte capital eleitoral, o gabinete dele era quase um comitê de Aécio. A base mesmo fez campanha para Aécio, apoiou Paulo Câmara e não a gente”, relembrou Leitão.

Ainda sobre a questão local, a parlamentar pontuou o interesse de cargos. “Aqui em Pernambuco acho que não mexe em nada porque a gente não conta com eles, só para ocupação de cargos. Não sei a nível nacional, tem que avaliar os outros Estados”, avaliou.

Teresa pontuou o fato de os integrantes do PP terem votados nas medidas do ajuste fiscal, mas comentou as cobranças da sigla. “As exigências que e o PP tem colocado para o governo são maiores do que o apoio político que eles dão, Eu acho que tem que tratar disso muito bem. Não é bom perder aliados na condição de que o governo Dilma está principalmente, não é bom, mas também a gente também não pode ficar a vida toda refém de aliados apenas pelo pragmatismo”, disparou.

Segundo a deputada o pragmatismo é forte na política e principalmente no Congresso. “Dilma precisa porque essas medidas foram as primeiras, mas têm outras coisas que precisam vir à tona e a oposição não está se conduzindo em votar as coisas para o bem do Brasil, não está. Ela está se conduzindo eleitoralmente para derrotar Dilma. Essa medida do ajuste fiscal é uma medida de inspiração do PSDB, inclusive muito gente do PT criticou esta medida,  aí o PSDB que devia votar a favor, porque agradaria em tese ele, votaram contra para tentar derrotar a presidente, então a queda de braços eleitoral ainda é muito forte no Congresso”, lamentou.

A deputada também comentou a questão da existência das cobranças entre os partidos, mas reforçou as ameaças feitas, como a de Eduardo da Fonte. “Tem que ter cuidado com os aliados, e uma coisa é ter cobranças que todo aliado tem o direito de fazer, outra coisa é o jogo, ai tem que ter posição também porque ficar o tempo todo ameaçando: vou sair, vou sair é porque não tem segurança no lugar que está né”? questionou a petista. 

 

 

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