Transposição será concluída em 24 meses, diz Occhi

Segundo o ministro, a obra atingiu 75% de execução e já foram gastos R$ 6,5 bilhões com o equipamento

por Giselly Santos seg, 15/06/2015 - 15:20
Líbia Florentino/LeiaJáImagens Occhi afirmou que a Adutora do Agreste atingiu 61% de execução e a Adutora do Pajeú chegou aos 63% Líbia Florentino/LeiaJáImagens

O ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi (PP), afirmou, durante a apresentação do balanço das obras hídricas do Governo Federal em Pernambuco nesta segunda-feira (15), que a execução da obra de Transposição do Rio São Francisco atingiu os 75% e deve ser concluída em 24 meses, ou seja, no início de 2017. Durante a explanação, que aconteceu na Assembleia Legislativa (Alepe), o ministro também afirmou que já foram gastos R$ 6,5 bilhões com o equipamento e elencou a importância da obra para a contensão dos estragos da seca nos municípios do semiárido pernambucano.

“A conclusão da transposição do São Francisco é de fundamental importância para os estados que vão receber a água”, observou. “Estamos atuando aqui (com os recursos novos) na resposta emergencial, mas também estamos trabalhando fortemente na estruturação das obras que possam sanar os problemas hídricos”, acrescentou. O ministro também anunciou a contratação das obras do ramal do Agreste. "A previsão é de, no mais tardar, entre 60 e 90 dias nós contratarmos esta obra”, adiantou Gilberto Occhi.

A atuação emergencial, pontuada por Occhi, se trata do aporte de R$ 20 milhões para reduzir os impactos da seca em Pernambuco. O montante servirá para a compra de carros pipas, a construção de pequenas adutoras e obras de captação feitas em parceria com a Compesa. Além dos R$ 20 milhões, segundo o progressista outros R$ 130 milhões estão sendo destinados ao estado para a captação de água para as famílias que residem nas duas margens da Transposição. Cerca de 300 famílias serão beneficiadas neste caso.

Para os prefeitos das cidades que decretaram situação de emergência, Occhi sugeriu que procurassem o Ministério e outros órgãos, como a Defesa Civil, para solicitar o apoio no abastecimento de água nas zonas rurais. “Ao decretar estado de emergência não podemos imaginar que as coisas venham imediatamente. Digo isso porque, muitas vezes, o município está sem Estado de Emergência e alguns municípios recebem a demanda o outro não”, observou.  “O Ministério da Integração já está analisando uma proposta para que a Sudene possa fornecer para os produtores (prejudicados pela seca) algum tipo de empréstimo”, acrescentou. Pernambuco tem atualmente 126 municípios em estado de emergência por causa da seca, o que significa 68,10% do estado. 

Ainda durante a apresentação do balanço, Occhi afirmou que a Adutora do Agreste atingiu 61% de execução e a Adutora do Pajeú chegou aos 63%. Além disso, a Indagado sobre a forma com que os cortes federais estavam atingindo as obras no estado o ministro minimizou. “Vamos administrar o orçamento de forma que todas as obras possam receber os recursos”, disse.  

Prioridade do Governo Federal

Durante a explanação do ministro, o senador Humberto Costa (PT) pontuou que a gestão federal classificou a Transposição como “prioridade”. “Dilma decretou prioridade máxima da obra”, observou. “Vários municípios já estão com seu abastecimento de água reforçado com a inauguração de alguns trechos. A obra acontece em um bom ritmo. Lamentavelmente, por conta da forma como houve a licitação, há uma descontinuidade geográfica entre um lote e outro, mas, mesmo assim, nos próximos três meses devemos ter 40 a 45 km de vários trechos com água”, acrescentou o líder da legenda.  

Questionado se o balanço apresentado pelo ministro poderia minimizar as críticas dos prefeitos com relação ao Governo Federal, Humberto disse que “nem todas as queixas são totalmente fundadas”. “O governo federal tem firmado parcerias com as administrações municipais, principalmente os que lutam contra a seca. São recursos, que inclusive, estão sendo distribuídos de forma regular e adequada”, garantiu. 

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