Senadores discutem reforma política com Dilma

Parlamentares já se reuniram com ministros do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral. Debate também deverá envolver ex-presidentes da República e entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

qui, 25/06/2015 - 15:30
Roberto Stuckert Filho/PR Roberto Stuckert Filho/PR

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e os senadores Jorge Viana (PT-AC) e Romero Jucá (PMDB-RR) se reuniram nesta quinta-feira (25) com a presidente Dilma Rousseff para discutir a tramitação da reforma política, aprovada pela Câmara dos Deputados este mês. O Senado instalou uma comissão para conduzir as discussões sobre a reforma e quer votar algumas mudanças antes do recesso parlamentar.

Nessa quarta (24), os senadores estiveram com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandovski, e ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tratar do mesmo tema. Segundo Renan, a mobilização entre os Poderes é fundamental para que a reforma política seja levada adiante.

“Trocamos pontos de vista, falamos um pouco do andamento da discussão e pedimos apoio da presidenta, que consideramos importante e fundamental para que a gente possa avançar nesse calendário”, disse. Segundo ele, o grupo também vai ouvir contribuições dos ex-presidentes da República e de entidades da sociedade como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

A primeira reunião da comissão do Senado está marcada para a próxima terça-feira (30) e a previsão é votar algumas propostas antes do recesso parlamentar, que começa no dia 17 de julho. Jucá, relator da comissão, disse que a ideia é que algumas mudanças já entrem em vigor nas eleições municipais de 2016.

O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, disse que a presidente recebeu as propostas dos senadores “com muito entusiasmo”, e que o Executivo dará o apoio e subsídios que forem solicitados pela comissão no debate da reforma política no Senado.

“A presidenta Dilma acolheu com muito entusiasmo o que ouviu dos senadores, não só pelo diálogo interpoderes e interinstitucional que eles estão promovendo, mas também por estarem construindo uma proposta suprapartidária, e buscando centrar em aspectos fundamentais que possam baratear o custo das campanhas eleitorais, melhorar a transparência, melhorar a eficiência do sistema eleitoral. São agendas indispensáveis para o aprimoramento da democracia brasileira”, disse o ministro.

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