Sílvio Costa lembrou que o governo atingiu o limite máximo de gastos Assembleia Legislativa/Divulgação

A bancada de oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) avaliou como positivo as atividades da Casa no encerramento do primeiro semestre, nesta terça-feira (30). De acordo com os parlamentares, o trabalho na Alepe - tanto dos membros da oposição quanto da base governista - valorizaram o papel do Poder Legislativo, com debates permanentes sobre os temas de interesse do Estado.

Na visão do líder da oposição, deputado Silvio Costa Filho (PTB), o balanço deste primeiro período valorizou o diálogo. “Nesta nova legislatura houve uma valorização maior do debate, do contraditório, e a ampliação do diálogo com a sociedade civil organizada. Isto fortalece o Poder Legislativo”, pontuou.

Segundo Costa Filho, os temas apresentados pela oposição tiveram o propósito de apresentar o “Pernambuco de Verdade”, e não o que o Governo do Estado tenta vender nas propagandas oficiais. “Nosso papel é mostrar que, após oito anos e meio de gestão do PSB, Pernambuco passa hoje por um quadro de dificuldades, com os problemas se acentuando. É preciso uma agenda propositiva para o Estado”, criticou.

A situação econômica do Estado também foi lembrada pelo petebista. “O Estado está hoje mais endividado, há um grande passivo de restos a pagar, os municípios sofrem com a redução de quase 40% nos repasses do FEM, e isto sem terem recebido nenhum real para os projetos apresentados em 2015”, relaciona. Ele lembrou que dos R$ 9,7 milhões liberados este ano, nada foi para projetos de 2015, mas só de 2013 e 2014.

Outro problema trazido por Silvio Costa é o limite de gastos por parte do Poder Executivo, apresentado no final do quadrimestre. “Pernambuco atingiu o limite prudencial de 47% com gastos de pessoal e ainda não apresentou ao funcionalismo como irá sair desse índice, para negociar os reajustes salariais. Há um déficit de diálogo com a categoria”, destacou. 

Para a vice-líder da oposição, deputada estadual Teresa Leitão (PT) o Governo do Estado tem mostrado total inabilidade no trato com as reivindicações das mais diversas categorias. “Nestes seis primeiros meses de gestão Paulo Câmara, professores e alunos foram vítimas de um acúmulo de erros na área da educação. Foi decepcionante ver que um governo que prometeu em quatro anos dobrar o salário dos trabalhadores em educação, não atendeu sequer ao Piso Salarial Nacional dos Professores e, na primeira rodada de negociações, já partiu para punições como o afastamento dos profissionais das Escolas de Referência”, disparou a petista.

Outros parlamentares da oposição também avaliaram o primeiro semestre comoo também vice-líder da bancada , Álvaro Porto (PTB),  que chamou a atenção para a falta de iniciativas em áreas que afetam a qualidade de vida da população. “A oposição teve a oportunidade de mostrar, por exemplo, levantamentos preocupantes sobre as obras travadas na área de mobilidade, que já contam inclusive com recursos, mas não saem do canto por inoperância da gestão”, relembrou citando ainda que houve piora na prestação de serviços na saúde pública de Pernambuco.