Marília critica silêncio de Geraldo e Câmara sobre a Arena
Vereadora afirmou que o "povo exige resposta" e chamou o PSB de "covarde e retrogrado"
O silêncio do prefeito Geraldo Julio e do governador Paulo Câmara, ambos do PSB, sobre a deflagração da Operação Fair Play, que investiga fraudes nos contratos da Arena Pernambuco, foi criticado, nesta segunda-feira (17), pela vereadora do Recife e ainda socialista, Marília Arraes. Geraldo e Câmara eram, respectivamente, presidente e vice-presidente do Comitê Gestor das Parcerias Público-Privadas (PPPs) na época que os contratos com a Odebrecht para a construção do equipamento foram fechados.
Em publicação na sua página no Facebook, nomeada de “o silêncio da nova política”, a vereadora afirma que o povo “exige uma resposta” dos gestores. “No miolo da sujeirada toda, superfaturamento, irregularidades e fraude. No olho do furacão, dois nomes da tropa de elite desse PSB covarde e retrógrado dos últimos tempos: o prefeito Geraldo Julio e o governador Paulo Câmara”, cravou. “Foram eles que, na condição de presidente e vice do órgão, não apenas trouxeram à tona a proposta de construção do equipamento esportivo como aprovaram a abertura de licitação. O resto virou crônica policial”, acrescentou.
Na visão de Arraes, “não é nada bom” para a gestão estadual que a Polícia Federal tenha cumprido mandados de busca e apreensão na sede da Secretaria de Planejamento e Gestão, já comandada por Geraldo Julio. “Mas há algo ainda mais grave: o silêncio absoluto dos dois homens que detêm os cargos mais importantes do Estado. Nada. Nem uma palavra”, disparou.
Segundo ela, a nota emitida na última sexta-feira (14) pelo Governo do Estado não dá para ser considerada como uma resposta por ter “alegações automáticas e costumeiras à guisa de justificar o injustificável”. “Este ‘mergulho’ faz parte do modus operandi da ‘Nova Política’: silenciar para ver se o assunto esfria”, observa. “Também nada falaram expoentes novos e velhos deste amontoado de raposas que se tornou o PSB”, acrescentou Marília, mencionando que a Odebrecht poderia ter financiado algum político da legenda e aliados.