Ato pró-Dilma reúne 200 pessoas em Presidente Prudente
Apesar do apoio à presidente, os manifestantes, ligados à Frente Brasil Popular, exigiram a taxação de grandes fortunas e criticaram o ajuste fiscal e as tentativas de impeachment
Cerca de 200 pessoas, a maioria integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST), defenderam neste sábado (3) o governo Dilma durante ato na sede do Sindicato dos Bancários, em Presidente Prudente (SP).
Apesar do apoio à presidente, os manifestantes, ligados à Frente Brasil Popular, exigiram a taxação de grandes fortunas e criticaram o ajuste fiscal e as tentativas de impeachment. "Quem é a favor do impeachment não está interessado na democracia", diz Gerson de Souza Oliveira, de 28 anos, coordenador regional do MST.
Ele propôs a taxação de grandes fortunas, observando que "os trabalhadores não devem pagar pela crise". "É necessário incluir essa taxação no debate sobre o ajuste fiscal", afirmou.
O coordenador disse também que a reforma agrária pode ajudar a diminuir o desemprego, "trazendo de volta para o campo quem não conseguiu trabalho nas cidades". Segundo ele, o governo Dilma não avançou na reforma agrária.
A taxação de grandes fortunas também foi proposta pelo universitário Rodolfo de Souza Lima, de 23 anos, membro da entidade Levante Popular da Juventude. "Aqueles que criaram a crise devem pagar por ela. São donos de grandes fortunas e eles devem ser taxados", avisou.
Vice-prefeito. O vice-prefeito de Presidente Prudente, Marcos Vinha (PT), de 52 anos, esteve no ato e condenou os que querem o impeachment da presidente Dilma Rousseff. "O PSDB, o DEM e o PPS ainda não reconheceram a legitimidade da eleição e insistem no terceiro turno. Eles que esperem até 2018 e tentem ganhar no voto", ironizou.
Depois do ato, os manifestantes pretendiam fazer passeata pelo Calçadão, mas desistiram por causa da chuva, que cai desde a noite de sexta-feira.
A Frente Brasil Popular teve o apoio de entidades, como CUT e MST, e de três partidos: PT, PSOL e PCdoB.