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A Frente Brasil Popular inicia, nesta segunda-feira (4), a “Caravana em Defesa da Democracia”, que passará por 12 cidades de Pernambuco. Composta por entidades e partidos contrários ao processo de impeachment, em tramitação no Senado, da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), o grupo começa as andanças pelo Estado por Petrolina, no Sertão, onde às 15h acontece um ato público na Praça do Bambuzinho.

Mais cedo, às 9h, militantes, entidades ligadas aos trabalhadores e agricultores, estudantes, parlamentares e dirigentes partidários participaram de uma plenária na sede da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Juazeiro, na Bahia, para acertar os últimos detalhes dos eventos. 

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De acordo com o calendário, nos próximos dias a caravana vai passar por Ouricuri, Salgueiro, Petrolândia, Serra Talhada, Afogados da Ingazeira, Arcoverde, Garanhuns, Caruaru, Surubim e Palmares, encerrando dia 15 de julho no Recife, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve participar do ato.  

 

 

 

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Um ato promovido pela Frente Brasil Popular Pernambuco e a Frente Povo Sem Medo, na Praça do Derby, localizada na área central do Recife, ocupa uma das principais avenidas da Região Metropolitana.

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Em apoio à presidente Dilma Rousseff, os manifestantes ergueram o Acampamento Popular e Permanente em Defesa da Democracia, que será encerrado durante o ato. De acordo com a organização, o grupo não irá realizar passeatas pelas ruas da cidade; no entanto, por volta das 15h45, os motoristas que trafegavam pela Avenida Agamenon Magalhães começaram a sentir o trânsito complicar.

Os manifestantes tomaram a via, nos dois sentidos, na altura do ponto de encontro da ação. Segundo informações da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), o tráfego começa a ser normalizado.

Movimentos que integram as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo realizam um ato, na manhã desta quinta-feira (28), em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), na Avenida Cruz Cabugá, em Santo Amaro, no Recife. A manifestação é contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e para demonstrar a insatisfação dos grupos diante da postura da instituição que tem se mostrado favorável ao processo. 

A Fiepe é presidida pelo deputado federal Jorge Côrte Real (PTB) que votou favorável a admissibilidade do impeachment na Câmara no último dia 17. Federações das Indústrias de diversos estados endossam o pedido de deposição da presidente.  Real é, inclusive, o único aliado do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro (PTB), favorável ao processo.   

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O ato marca também a insatisfação da classe trabalhadora com o posicionamento da instituição diante de mudanças nas Leis Trabalhistas em tramitação no Congresso Nacional. A atividade integra o calendário de ações do “Acampamento Popular em Defesa da Democracia”, montado desde a última segunda-feira (25) na Praça Derby, área central do Recife.

Militantes de partidos considerados de esquerda e de movimentos sociais, assim como sindicalistas, lotaram ontem a Praça XV, no centro do Rio, em ato a favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do governo da presidente Dilma Rousseff. A organização disse aos microfones que o público chegou a 70 mil pessoas, mas a Polícia Militar (PM) não fez estimativa de público.

O ato foi organizado pela CUT-Rio e pela Frente Brasil Popular, que reúne partidos e movimentos de esquerda. As organizações sociais Levante Popular da Juventude, Marcha Mundial das Mulheres, além de organizações estudantis como a União Nacional dos Estudantes e a União da Juventude Socialista, participaram da manifestação.

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Organizadores chamaram o evento de "político-cultural", pois os manifestantes se reuniram em frente a um palco de apresentação dos músicos Geraldo Azevedo, Teresa Cristina, Pedro Luís e Otto. Também estiveram presentes os atores Letícia Sabatella, Bete Mendes, Osmar Prado, Tássia Camargo e Cristina Pereira, além do teatrólogo Aderbal Freire Filho.

Entre os políticos, marcaram presença o senador Lindbergh Farias (PT); os deputados federais Wadih Damous (PT-RJ) e Jandira Feghali (PC do B-RJ); o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ); a ex-senadora e ex-governadora pelo PT, Benedita da Silva; o ex-senador Edson Santos (PT); e o ex-ministro e ex-presidente do PSB, Roberto Amaral.

O ex-ministro e criticou "excessos" do Judiciário, personificados nas ações do juiz Sérgio Moro. "Estamos diante de uma partidarização do Judiciário", afirmou Amaral.

Ônibus. Segundo Ricardo Pinheiro, vice-presidente do diretório estadual do PT no Rio, informou que a organização do evento fretou ônibus para trazer manifestantes de regiões mais distantes. Emanuel Cancela, coordenador do Sindipetro-RJ, também confirmou que vários ônibus transportaram trabalhadores do setor de cidades do norte fluminense para o Rio.

A manifestação em Brasília contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff está concentrada em frente ao Museu da República, no início da Esplanada dos Ministérios. Políticos como o ex-ministro Gilberto Carvalho e deputados do PT e da base aliada fazem discursos e dividem o carro de som com artistas locais, que apresentam músicas intercaladas com palavras de ordem.

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A previsão era que os manifestantes seguissem em marcha até o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto, mas o grupo decidiu permanecer em frente ao museu. De acordo com o tenente-coronel da Polícia Militar do Distrito Federal Antônio Carlos, 3 mil pessoas participavam da mobilização por volta das 19h.

A polícia faz revista nos manifestantes que chegam ao local, mas o procedimento ocorre sem confusões. Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) que chegaram há pouco entregaram, sem resistência, ferramentas como três foices, dois machados e 20 facões, além de canivetes, que serão devolvidas após o ato.

O ato é organizado pela Frente Brasil Popular e os manifestantes levam cartazes com frases de apoio à Dilma e ao ex-presidente – e agora ministro da Casa Civil – Luiz Inácio Lula da Silva e contra o que chamam de golpe.

Rodrigo Rodrigues, secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores do Distrito Federal (CUT-DF) defende um trabalho mais abrangente do Congresso e que as discussões sobre o impeachment fiquem em segundo plano. "Esse é um ato em defesa da democracia, contra o golpismo e o fascismo que está explodindo no país. Estamos defendendo a mudança de discurso no Congresso, que pare de discutir só o golpe e que encaminhe avanços nos direitos da classe trabalhadora", disse.

O servidor público Pedro Rodrigues, 50, acha que Lula está sofrendo uma “injustiça”. “O que me trouxe aqui foi ver a injustiça que está sendo feita com o companheiro Lula. Não estão dando direito de defesa para ele”.

O ato de hoje ocorre após a nomeação de Lula à Casa Civil, que gerou uma onda de protestos por todo o país. No mesmo dia, o juiz Federal Sérgio Moro divulgou uma série de conversas telefônicas, grampeadas pela Polícia Federal, que revelam conversas de Lula com a presidenta, ministros e correligionários.

Os episódios, no entanto, não diminuíram a fé dos manifestantes pró-governo em Lula. Pedro de Alcântara, servidor público, 69, disse que veio para a rua defender a democracia e questiona a integridade política da oposição no Congresso. "Acho que temos que defender a democracia e contra o impeachment, que não vai resolver. Quem está errado tem que pagar, mas do lado de lá, sabemos o que eles fazem", disse.

Para Alcântara, se houver provas de que Lula cometeu algum crime, que a justiça seja feita. "Sobre o Lula eu tenho dúvidas [se ele é culpado de algum crime], se ele tiver culpa, que se apure, que venha à tona".

A organização da manifestação ainda não definiu se haverá caminhada. Essa decisão deverá ser tomada a qualquer momento.

Com a presença da população e aliados políticos do governo federal, manifestação foi iniciada na tarde desta sexta-feira (18), na Praça do Derby, área central do Recife. Como demonstração de apoio, militantes vestiram vermelho e foram às ruas. 

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Pode ser registrada a presença de vários políticos aliados que não defendem apenas a manutenção do governo Dilma e Lula, mas em seus discursos predomina a afirmação de que que o golpe é contra a democracia e uma ação do judiciário. Além disso, citam o juiz federa, Sérgio Moro, e as primeiras instâncias da Justiça como culpados pelas manobras que estão acontecendo contra a presidente e o ex-presidente Lula. 

"Hoje estamos dizendo que o golpe não vai passar. Sempre defendemos essa a democracia, não essa justiça que deixa Eduardo Cunha fazer o que quer no comando da Câmara Federal. Temos que fazer uma grande guerrilha até o dia da votação do impeachment. O povo quer democracia e paz", afirma o senador Humberto Costa. 

A vice-presidente do PT em Pernambuco, Teresa Leitão, frisa que “direito e democracia não dá para colocar no lixo. Atacar a integridade e segurança é nos colocar vulneráveis aos desmandos desse juiz"

Para a vereadora do Recife, Marília Arraes (PT), o país está sob a possibilidade do "pior golpe já visto". "As conquistas sociais não são toleradas pelo lado de lá [a oposição]. Podem até tolerar a democracia e o voto livre, mas a ascensão da classe pobre não", pontuou a parlamentar. "Este é o pior golpe já aplicado nesse país, o do judiciário. Defender o PT hoje é defender a esquerda e a democracia", acrescentou.

Na ocasião, Edilson Silva (PSOL) atesta que “para nós do PSol está sendo uma batalha estar aqui. Estão nos chamando de Ptralha e dizem que estamos defendendo corruptos. Mas a nossa luta aqui é contra o golpe. O PSOL tem diferenças com o PT, mas preparemo-nos para uma guerra se for preciso”.

O encontro conta também com a presença de Renildo Calheiros (PCdoB), prefeito de Olinda; Paulo Rubem (sem partido), presidente da Fundaj, entre outros políticos.  

Com informações de Giselly Santos

 

 

Cerca de 200 pessoas, a maioria integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST), defenderam neste sábado (3) o governo Dilma durante ato na sede do Sindicato dos Bancários, em Presidente Prudente (SP).

Apesar do apoio à presidente, os manifestantes, ligados à Frente Brasil Popular, exigiram a taxação de grandes fortunas e criticaram o ajuste fiscal e as tentativas de impeachment. "Quem é a favor do impeachment não está interessado na democracia", diz Gerson de Souza Oliveira, de 28 anos, coordenador regional do MST.

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Ele propôs a taxação de grandes fortunas, observando que "os trabalhadores não devem pagar pela crise". "É necessário incluir essa taxação no debate sobre o ajuste fiscal", afirmou.

O coordenador disse também que a reforma agrária pode ajudar a diminuir o desemprego, "trazendo de volta para o campo quem não conseguiu trabalho nas cidades". Segundo ele, o governo Dilma não avançou na reforma agrária.

A taxação de grandes fortunas também foi proposta pelo universitário Rodolfo de Souza Lima, de 23 anos, membro da entidade Levante Popular da Juventude. "Aqueles que criaram a crise devem pagar por ela. São donos de grandes fortunas e eles devem ser taxados", avisou.

Vice-prefeito. O vice-prefeito de Presidente Prudente, Marcos Vinha (PT), de 52 anos, esteve no ato e condenou os que querem o impeachment da presidente Dilma Rousseff. "O PSDB, o DEM e o PPS ainda não reconheceram a legitimidade da eleição e insistem no terceiro turno. Eles que esperem até 2018 e tentem ganhar no voto", ironizou.

Depois do ato, os manifestantes pretendiam fazer passeata pelo Calçadão, mas desistiram por causa da chuva, que cai desde a noite de sexta-feira.

A Frente Brasil Popular teve o apoio de entidades, como CUT e MST, e de três partidos: PT, PSOL e PCdoB.

Entoando coros de “não vai ter golpe”, “fora Cunha” e “olê, olá, Dilma, Dilma”, militantes petistas e sindicalistas saíram às ruas do Recife, nesta quinta-feira (20), para defender o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) e em contrapartida cobrar a revisão dos direitos dos trabalhadores. A passeata percorreu as Avenidas Conde da Boa Vista, Guararapes e Dantas Barreto, encerrando na Praça da Independência. 

A manifestação na capital pernambucana aconteceu em paralelo a atos em favor da presidente e como resposta aos protestos que aconteceram no último domingo (16) em todo o país. O ato foi organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT-PE) e diversos movimentos sindicais como a Federação dos Trabalhadores da Terra em Pernambuco (Fetape), o Movimento dos Sem Terra (MST) e Central de Movimentos Populares (CMP).

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Membros do Levante Popular da Juventude embalaram a mobilização durante todo o percurso entoando maracatus e coros contra o racismo, a ditadura militar e a favor do feminismo. Entre os militantes os pedidos de “volta Lula” em 2018 eram constantes. Além disso, algumas alas erguiam cartazes em favor da Petrobras e criticando nomes do cenário federal como o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), e o ministro da Fazendo, Joaquim Levy. Este pelas medidas do ajuste fiscal. 

"Reconheço os avanços, mas admito é preciso fazer melhorias. O povo precisa de um ajuste fiscal mais justo", destacou a assistente de tecnologia, Ivanise Ferreira. A discordância também partiu dos movimentos socais. O vice-presidente da CUT-PE, Paulo Rocha, disse que na hora que eles clamam pelos direitos dos trabalhadores se colocam contra a terceirização e o ajuste de Joaquim Levy.

"Defendemos os nossos direitos independente do governo vigente. Estamos discordando do ponto político e econômico do governo. No plano nacional temos um ataque aos trabalhadores que é a terceirização", disse Rocha. “Defendemos uma a democracia e os direitos dos trabalhadores. Dilma foi eleita pelo voto direto e isso deve ser respeitado", explicou, acrescentando.

Para o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Município do Jaboatão dos Guararapes (Sinproja), João Eudes, apesar das falhas, a presidente "não deve ser tratada de forma golpista". "Há falhas no governo Dilma, mas a forma como a direita está tratando está errada. Estamos apoiando Dilma porque ela foi eleita pelo poder do povo. O movimento sindical reivindica os direitos trabalhistas e não defende a presidente, defende a democracia", observou. 

Com críticas mais duras aos tucanos, o presidente do presidente do MST-PE, Jayme Amorim, ao usar o microfone destacou que as respostas aos protestos de domingo era a participação do povo nesta quinta. “A burguesia foi com tanta vontade de golpe que provocou o anseio, o desejo de toda a classe trabalhadora. Se fosse para gente dar um recado hoje seria a imagem vista nesta avenida e nas avenidas do Brasil inteiro. Então não vai ter golpe”, disparou. 

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Além dos movimentos populares, diversos políticos participaram do ato. Presidente nacional do PCdoB, a deputada federal Luciana Santos pontuou que as manifestações do último domingo quiseram “rasgar a democracia” com pedidos de retorno da ditadura. “Esses movimentos aqui não são de ocasião, mas permanentes. Eles lutam por direitos. O povo vai reagir com muita força toda vez que quiserem rasgar a nossa democracia. As eleições passaram e nós ganhamos. Estamos aqui para dizer que não queremos nenhum retrocesso e que queremos mais desenvolvimento”, argumentou. 

Também do PCdoB, mas vice-prefeito do Recife ao lado de Geraldo Julio (PSB), Luciano Siqueira vestiu-se de vermelho e participou da mobilização. "Vim exercer o meu direito e dever de cidadão. Temos a convicção que é preciso preservar as causas democraticas e o mandato da presidente Dilma Rousseff. Golpe não é próprio da democracia. Meu dever é estar aqui", amenizou o comunista. 

Envolvendo diretamente pautas do PT, a presidente da legenda no estado, a deputada estadual Teresa Leitão, também participou do ato. "Um pedido de renúncia é ridículo", disparou a dirigente em resposta aos atos que pediam o impeachment e Dilma. "Não é por causa da situação financeira do Brasil que ficaremos contra a presidenta. A oposição está tão sem rumo que vai para a rua reivindicar a volta da ditadura", acrescentou. Além dela, os vereadores do Recife Osmar Ricardo e Jurandir Liberal, o presidente do PT no Recife, Oscar Barreto.  

Durante o trajeto da Praça do Derby a da Independência moradores de prédios no bateram panelas nas sacadas dos prédios. Cerca de 10 pessoas estavam nas janelas fazendo um mini "panelaço". Em resposta aos atos contrários, os que participavam da manifestação pró-Dilma entoaram vaias e coros de "não vai ter golpe".

 

O Partido dos Trabalhadores (PT) voltará às ruas do país, na próxima terça-feira (7), para defender o mandato da presidente Dilma Rousseff (PT), a democracia e o direto das classes trabalhadoras. A última mobilização nacional da legenda, com passeatas, aconteceu no dia 13 de março juntamente com as centrais sindicais e movimentos sociais. 

Na pauta, também estarão a reforma política e a pressão contra o Projeto de Lei 4330, que regulamenta a terceirização do trabalhadores e deve ser votada na próxima semana. “Defender a democracia é defender os direitos da classe trabalhadora. Precisamos de uma reforma política, tributária e da mídia. Somos soldados da democracia e defensores de um projeto político”, afirmou o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas.

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Os movimentos populares de São Paulo, do Distrito Federal e de Goiás vão se reunir em Brasília na terça, a partir da 10h, e pretendem ocupar o Congresso Nacional. No mesmo dia, outras mobilizações vão acontecer em várias cidades do Brasil. No Recife, o ato será às 15h, com concentração no Parque 13 de Maio. 

 

 

As manifestações promovidas ontem pela CUT, UNE, MST e outras entidades, a dois dias dos protestos que pedirão o "Fora Dilma", levaram cerca de 30 mil pessoas às ruas em 24 Estados, segundo estimativas da Polícia Militar. Convocadas como atos de defesa da democracia e das instituições, as concentrações foram pacíficas e marcadas pela exaltação da presidente Dilma Rousseff, discursos "contra a privatização da Petrobrás" e ataques aos grupos que pedem o impeachment da petista.

Em São Paulo, o ato reuniu cerca de 12 mil pessoas, segundo a Polícia Militar - os organizadores falam em 100 mil. A concentração foi em frente ao escritório da Petrobrás, na Avenida Paulista. Os trabalhadores iniciaram a marcha por volta das 16 horas, uma hora depois do que havia sido combinado com a PM para evitar confrontos com o Revoltados On Line, um grupo anti-Dilma que havia marcado protesto no mesmo local às 15h. O grupo só chegou ao local às 17h.

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A marcha seguiu pela Avenida Paulista e, em frente ao Masp, somou-se ao ato organizado pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). Em assembleia, os professores da rede estadual decidiram entrar em greve por tempo indeterminado (mais informações abaixo). O grupo seguiu até a Praça Roosevelt, no centro, onde encerrou o ato.

Do alto dos seis carros de som estacionados no local, lideranças fizeram referências a bandeiras trabalhistas, como a retirada das Medidas Provisórias nºs 664 e 665, que alteram regras para acesso a benefícios como seguro-desemprego, auxílio-doença e pensão por morte.

Nos discursos, entretanto, predominaram a "defesa das instituições democráticas", a reforma política e o repúdio à "tentativa de golpe" e "à privatização da Petrobrás", além dos riscos ao pré-sal. Em bandeiras, cartazes e camisas via-se mais frases como "Fica Dilma! Em defesa da democracia" e emblemas das centrais do que pautas trabalhistas. Em alguns momentos foi entoado o coro "Olê olê olê olá, Dilma, Dilma".

O presidente da CUT, Vagner Freitas, reafirmou que o ato não é em defesa do governo, mas da democracia e da Petrobrás. "Somos contra a corrupção. Corrupto tem que ser preso. Agora, não vamos quebrar a Petrobrás. Não podemos, com um discurso de ser contra a corrupção, preparar a empresa para a privatização. É isso que queremos alertar a população brasileira", disse. Freitas criticou a política econômica atual nas entrevistas, mas poupou a presidente no alto do carro de som.

A fala do dirigente coincide com os discursos dos petistas nas redes sociais e com os argumentos usados pelo ex-presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, na CPI que investiga a estatal na Câmara. "O modelo regulatório do pré-sal está sob risco. As ameaças que estão sendo feitas à Petrobrás, a tentativa de enfraquecê-la e desmontar a cadeia de fornecedores de petróleo e gás, ameaça seriamente o desenvolvimento da produção do pré-sal no prazo previsto", disse ele na quinta-feira.

Ontem, Gabrielli participou do ato em Salvador na linha de frente de um protesto esvaziado. Segundo a PM, 800 pessoas participaram. A CUT-BA afirma que foram 3.000. "Não se pode condenar a Petrobrás, que é uma empresa séria e que tem seus sistemas de controle", disse ele, aplaudido pelos manifestantes. No discurso, chegou a elogiar as investigações da Operação Lava Jato e disse estar "surpreso" com os esquemas descobertos de desvios de recursos na empresa.

No Rio, o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) João Pedro Stédile disse que "a direita está fazendo tentativa de homicídio pelas redes sociais". Stédile se referiu à montagem que circula pelo Facebook, em que ele aparece com a inscrição "Procurado" e oferece "recompensa" de R$ 10 mil a quem capturá-lo "vivo ou morto" (mais informações na pág. A6).

No Recife, a manifestação lotou a Praça da Independência e teve ciranda, batucada de maracatu, bandeiras vermelhas. Os discursos foram em defesa da Petrobrás, pela democracia, pela reforma política e reforma agrária. Houve também repúdio às MPs do ajuste fiscal, aos pedidos de impeachment e de intervenção militar. O presidente da CUT-PE, Carlos Veras, participação de cinco mil pessoas, enquanto a PM calculou que o número foi de mil.

'Golpismo'.

Houve ataques à "mídia golpista" e pedidos de regulamentação. O dirigente estadual do MST, Jaime Amorim, afirmou não ver necessidade para uma mobilização pró-Dilma neste momento. "Também temos críticas ao governo em relação às perdas dos trabalhadores", frisou. Segundo ele, o povo e os movimentos sociais terão que ir às ruas pela presidente somente se a defesa do impeachment crescer.

Enquanto no Recife as manifestações pró-Dilma e Petrobras foram realizadas na manhã desta sexta-feira (13), em Brasília as centrais sindicais e os movimentos sociais vão às ruas à tarde.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) está estimulando os manifestantes a postarem fotos das mobilizações nas redes sociais. No Twitter, as páginas de diversos usuários e entidades sindicais e estudantis exibem as imagens das manifestações.

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Na capital federal, além da CUT, também devem se unir ao protesto representantes da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do grupo Fora do Eixo e de movimentos LGBT. No Facebook, os movimentos Vem Pra Rua e Liberdade Brasil também confirmaram participação.

Os grupos marcaram concentração em diferentes locais do centro de Brasília, mas devem concentrar as manifestações na área da Esplanada dos Ministérios. A CUT sairá da Praça dos Aposentados e seguirá até a Rodoviária do Plano Piloto. Já os movimentos estudantis partirão do Museu da República até a Praça dos Três Poderes.

A Polícia Militar prepara um esquema especial para acompanhar as manifestações e garantir a segurança, inclusive, com revistas pessoais em vários pontos da Esplanada. Alterações no fluxo normal do tráfego só serão executadas caso haja necessidade. Objetos como garrafas de vidro, fogos de artifício, suporte de bandeiras e máscaras serão recolhidos.

 

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Centenas de manifestantes estão concentrados no Parque 13 de Maio, no bairro de Santo Amaro, área central do Recife, para sair em passeata em defesa da Petrobras, do direito dos trabalhadores e da Reforma Política. O ato desta sexta-feira (13) é organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT-PE) e tem o apoio do PT estadual.

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De lá, eles pretendem seguir em passeata pelas ruas do Recife até a Avenida Guararapes. A mobilização tem intrínseca a defesa pelo governo petista, já que no domingo (15) uma série de manifestações espalhadas pelo país vai defender o impeachment da presidente Dilma. Apesar do intervalo curto entre os dois atos e a interligação da CUT com o PT, o presidente da Central em Pernambuco, Carlos Veras, negou qualquer ligação entre as duas manifestações. 

“Não é um ato em defesa da presidente Dilma ou de algum partido. O PT fez uma resolução em janeiro orientando toda à base petista a participar dos atos da CUT em defesa da Petrobras e da Reforma política”, disse em entrevista ao Portal LeiaJá durante esta semana. “Não tem nenhuma correlação. O ato é uma jornada de lutas. Este já é o segundo, o primeiro eminentemente sindical, este de agora será mais amplo”, corroborou a presidente estadual do PT, deputada Teresa Leitão.

Apesar da isonomia partidária pregada, algumas legendas são esperadas no ato de hoje. “Os partidos que quiserem participar, vão participar. Eles são instrumentos importantes para a democracia, pois o legislativo colabora com a classe sindicalista quando necessário”, argumentou. 

Outras atos como este acontecem neste momento em diversas capitais do país, até as 17h. Ao mesmo tempo em que apoia as causas petistas, a manifestação critica temas delicados sobre a Presidência da República, como as Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665, que alteram o acesso a benefícios previdenciários como o abono salarial, seguro desemprego e auxílio doença. 

Quem passou em frente ao Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) foi surpreendido por um ato em prol da reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). A ação realizada esta sexta-feira (17), foi organizada por médicos, estudantes de medicina e profissionais de saúde. 

De acordo com a médica e pesquisadora da Fiocruz, Paulete Cavalcanti de Albuquerque, o ato pretende rebater a iniciativas de estudantes de medicina que publicaram foto em apoio a candidatura de Aécio Neves (PSDB), na disputa pela Presidência da República. 

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“É uma tentativa de dizer que não existem médicos e estudantes só a favor de Aécio. Existe uma grande parte que apoia Dilma e que são médicos, estudantes de medicina. A ideia é divulgar mesmo que não existe essa história completa que todos os médicos são a favor de Aécio, seguindo a linha do Sindicato (dos médicos). E isso tem um objetivo, tem uma cara da direita”, pontuou a médica. 

Na próxima semana, estão previstos mais dois atos com estudantes de saúde da Universidade de Pernambuco (UPE) e UFPE, nos dias 20 e 22, respectivamente.  

 

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