Criador de Dilma Bolada nega prestação de serviço ao PT

Jeferson Monteiro depõe na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Crimes Cibernéticos nesta quinta

por Giselly Santos qui, 29/10/2015 - 12:34
Lucio Bernardo Junior/Câmara dos Deputados Lucio Bernardo Junior/Câmara dos Deputados

O publicitário Jeferson Monteiro, criador do perfil Dilma Bolada, negou em depoimento a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Crimes Cibernéticos, nesta quinta-feira (29), que preste serviço ao Partido dos Trabalhadores. Ele confirmou que sua empresa, Moj Comunicação, possui um contrato de R$ 20 mil com a agência Pepper para fazer trabalhos de monitoramento de redes e estratégia para os clientes da empresa, mas que não há nenhuma relação com o PT. 

Questionado pelo deputado Sandro Alex (PPS-PR) se a matéria publicada pela revista Época de que o PT pagava a Moj Comunicação por meio da agência Pepper era verídica, Monteiro negou. Jeferson Monteiro também informou que seu contrato com a agência Pepper começou em janeiro e contestou que tenha recebido qualquer recurso na campanha do ano passado da presidente Dilma Rousseff.

Segundo ele, o contrato com a agência Pepper é de confidencialidade e, portanto, não pode revelar detalhes, mas se propôs a entregar à CPI a movimentação financeira de sua empresa.

O deputado Daniel Coelho (PSDB) questionou se a publicação postada no perfil Dilma Bolada retirando o apoio ao governo da presidente Dilma tem alguma relação com o fim do contrato entre o PT e a agência Pepper, ocorrido no mesmo período.

Monteiro informou que seu contrato com a Pepper vai até março do próximo ano e negou que haja relação entre os dois fatos. Segundo ele, foi uma manifestação de frustração com os rumos do governo.

“O que eu disse foi justamente algo pessoal, e nada teve a ver com o trabalho [da agência Pepper]; e fiz o monitoramento que sempre faço. O que expus foi em relação ao governo ter tomado atitudes das quais eu me surpreendi, como a demissão do ministro Renato Janine Ribeiro, que seria alguém que poderia iniciar uma reforma da educação de base no País. Não poderia continuar apoiando da forma como fazia, mas defendo o mandato dela”, frisou.

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