Crise econômica reforça apoio ao impeachment, diz IPMN

70% dos recifenses entrevistados consideram que se o quadro nacional fosse outro a população deixaria de ser favorável ao processo em tramitação na Câmara dos Deputados

por Giselly Santos sab, 09/04/2016 - 12:00
Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo A retomada do crescimento da economia amenizaria o apoio da população ao impeachemnt Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo

A ausência de alternativas para a contenção da crise econômica por parte do Governo Federal pode ter ligação direta com o apoio da população ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo dados do levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), encomendado pelo Portal LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, divulgado neste sábado (8), aponta que 76,2% dos recifenses acreditam que a economia no país não está saudável, enquanto 23,8% pontuam não haver crise.

Daqueles, 70% consideram que se o quadro fosse outro a população deixaria de ser favorável ao processo em tramitação na Câmara dos Deputados e 24,8% afirmam que não teriam mudanças.  

“O dado sugere que o motivo claro da discussão do impeachment não é os escândalos de corrupção, mas o fato de que a presidente não está conseguindo conduzir a economia do país”, alertou o coordenador do IPMN e cientista político, Adriano Oliveira. 

Desde o início do segundo mandato da petista, uma série de ações para reverter o quadro econômico foram sugeridas, entre elas, a retomada da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e outras propostas que faziam parte do ajuste fiscal, como a renegociação das dívidas dos estados, no entanto o debate político interditou a apreciação das matérias que poderiam melhorar as contas públicas.

Em campo, o IPMN também questionou os recifenses sobre qual seria o melhor remédio para superar a crise e 51,3% dos entrevistados trouxeram à tona a discussão nacional sobre uma nova eleição geral. Já 27% classificaram a concretização do impeachment como a solução e 18,1% se posicionaram indiferentes ao assunto. 

Dados do levantamento - A pesquisa do IPMN ouviu 624 pessoas no Recife, nos dias 4 e 5 de abril. O nível de confiabilidade é de 95% e a margem de erro é de 4,0 pontos percentuais para mais ou para menos.

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