Prefeito de Itamaracá é afastado durante Operação Itakatu
O TJPE afastou o prefeito Paulo Batista (PTB) até que se encerrem as investigações. Ele seria o mandante das fraudes envolvendo a contratação de empresas de coleta de lixo
A Operação denominada Itakatu, deflagrada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), afastou o prefeito de Itamaracá, Paulo Batista de Andrade (PTB), do cargo até que se encerrem as investigações. Por decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), ele não poderá entrar nas dependências administrativas e deve manter distanciamento do local de, no mínimo, 100 metros.
De acordo com as investigações da Operação Itakatu, que significa 'pedra limpa' em tupi-guarani, o prefeito Paulo Batista seria o mandante das fraudes envolvendo a contratação de empresas de coleta de lixo na cidade. A Operação visa desarticular um grupo suspeito de fraude à licitação e desvio de dinheiro público. O MPPE ressalta que foram criadas empresas de “fachada”, exclusivamente, para desviar recursos públicos do município.
Ainda segundo o órgão, “foram constatados que a empresa V2 Ambiental, embora exista de fato e de direito, possuía planilhas com o nome do prefeito de Itamaracá e com a menção de valores a ele destinados, assim como porcentagens pela possível venda de notas fiscais. Uma quarta empresa apontada nos documentos, OGA Construtora, não foi localizada fisicamente, confirmando a sua existência meramente formal”.
O TJPE também afastou o procurador-geral do município, Luiz Alberto Farias Gomes; o secretário municipal de Infraestrutura, João Batista de Andrade; e o secretário de Administração, Nélson Lopes de Albuquerque.