É preciso separar o PSB do Governo do Estado, diz Câmara
O governador comentou as críticas feitas por Luciano Vasquez e disse que não gere o estado olhando apenas para o PSB
O governador Paulo Câmara (PSB) esclareceu, em entrevista à imprensa nesta segunda-feira (7), o porquê de ter exonerado o então diretor de Relações Institucionais de Suape, Luciano Vasquez (PSB), no último sábado (5). De acordo com o gestor, a mudança não tem relação com a postura do vice-presidente do PSB na eleição municipal deste ano e destacou a necessidade de se separar a gestão estadual da legenda.
"A gente tem que separar o PSB do Governo do Estado. Eu não governo Pernambuco olhando o PSB, governo olhando todos os pernambucanos”, frisou, após o encontro que reuniu os prefeitos eleitos pelo PSB em Pernambuco. “No caso de Luciano é muito específico, durante uma conversa minha com o secretário e presidente de Suape decidimos retirar ele. Nós fazemos isso todos os dias com muita gente. Então, é muito importante esclarecer que não tem nada a ver com essa questão de PSB a saída de Luciano Vasquez", emendou.
Em nota divulgada à imprensa, Luciano Vasquez classificou como “pequeno” e “precário” o fato dele ter sido exonerado da gestão após o processo eleitoral. O vice-presidente colocou-se como dissidente ao posicionamento oficial do PSB no pleito em Caruaru, durante o segundo turno. No texto, ele disparou diretamente contra Paulo Câmara dizendo que “um governante não pode ficar reduzido à imagem de um pedinte de cargos”.
Câmara reforçou ainda que respeita o resultado das urnas e as críticas. "O PSB é um partido democrático, as urnas se fecharam no segundo turno. Tem gente que ganha, tem gente que perde. Eu respeito o resultado das urnas. As críticas podem vir, eu vou continuar trabalhando da forma que eu sempre trabalhei, ouvindo as pessoas, dizendo o que pode ser feito, o que não pode e ajudando aqueles que querem me ajudar a governar Pernambuco", salientou.