Aliados do clã dos Bolsonaro estão articulando a possibilidade de criar um novo partido para abrigar a família de políticos que inclui o presidente Jair Bolsonaro e os filhos: o senador Flávio Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro e o vereador do Rio, Carlos Bolsonaro (PSC); os três primeiros são filiados ao PSL, partido com o qual Bolsonaro protagoniza uma nova crise.
Nessa terça-feira, o chefe do Executivo Federal chegou a recomendar para um dos seus apoiadores que esquecesse o PSL e disse que o presidente nacional da sigla, o deputado federal Luciano Bivar, está “queimado para caramba”.
##RECOMENDA##De acordo com informações do jornal O Globo, a nova legenda seria batizada de “Conservadores” e o estatuto estaria sendo elaborado por aliados de Eduardo Bolsonaro. O problema, para viabilizar o novo partido, é a falta de tempo hábil para legalizar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para as próximas eleições. Isso deveria ter acontecido até o último dia 4, um ano antes do pleito.
Segundo a minuta do esboço do estatuto, a sigla terá como princípios a “moralidade cristã, a vida a partir da concepção, a liberdade e a propriedade privada”. O texto ainda aborda o direito à legítima defesa individual, combate à sexualização precoce de crianças e à apologia da ideologia de gênero e defesa do legado da “moralidade cristã e da civilização ocidental”.
A outra possibilidade é que eles mudem de legenda. O Patriota e a UDN, que ainda está sendo criada, já se colocaram à disposição para receber o grupo. O Patriota deve se reunir nesta quarta para alinhar um posicionamento público sobre o possível ingresso do presidente, que antes da filiação ao PSL, chegou a conversar com a legenda.
Já a direção da reedição da antiga União Democrática Nacional já declarou estar de portas abertas para abrigar o presidente e seu clã.