Maia se diz indignado com mandado de busca e apreensão

Nesta segunda-feira (5), foi cumprido mandado de busca e apreensão na casa do deputado federal Marco Maia (PT) e ex-presidente da Câmara dos Deputados

por Taciana Carvalho seg, 05/12/2016 - 19:07
Wilson Dias/ABr Wilson Dias/ABr

O ex-presidente da Câmara dos Deputados, o deputado federal Marco Maia (PT), em pronunciamento no Facebook, disse que foi surpreendido pela ação de busca e apreensão, em Canoas, no Rio Grande do Sul, nesta segunda-feira (5).  Ele é suspeito de cobrar propina para blindar fornecedores da Petrobras na CPI mista de 2014.

O petista disse estar indignado com a forma que foi feita a ação. “E da minha discordância profunda com esse método de buscar informações ou de atuação do Ministério Público Federal junto com a Polícia Federal e autorizado pelo Supremo Tribunal Federal. Nós não podemos permitir que esse tipo de procedimento continue acontecendo no nosso país onde se fazem ações pirotécnicas que não estão previstas dentro do devido processo legal e que acabam criando constrangimentos para familiares, amigos e parlamentares como eu que vivem da sua imagem”.

“Uma ação como esta que acontece desse jeito, desse modo, ela atinge de forma violenta, principalmente, o fruto do nosso trabalho que são as nossas ações, a relação que nós temos com a população, as demandas que nos são passadas e que exige de todos nós um trabalho diuturno e cotidiano. Para isso, a imagem é fundamental. Queria expressar a minha indignação com essa atitude”, acrescentou. 

O deputado declarou que nunca se colocou de forma a impedir algum tipo de ação. “Sempre me coloquei à disposição como acho que tem que estar à disposição qualquer cidadão deste país a prestar esclarecimentos. Nunca me coloquei indisponível para prestar qualquer esclarecimento que assim fosse pedido”. 

O petista ainda afirmou que o ex-senador Delcídio Amaral mente ao acusá-lo de cobrar "pedágio" de empreiteiros para protegê-los na CPMI da Petrobras de 2014. "Este cidadão mente descaradamente dizendo que esteve comigo, em um determinado dia, aqui em Brasília, em uma casa no Lago Sul de propriedade de uma irmã minha. Isso por si só é um absurdo. Primeiro porque não tenho propriedades no Lago Sul, segundo porque não tenho nem irmã. Sou filho de um guarda noturno com uma dona de casa e tenho dois irmãos, portanto, eu não poderia ter me reunido com esse cidadão em uma propriedade de posse da minha irmã para vocês terem uma ideia de como são as mentiras contadas por estes delatores", declarou sem citar nomes. 

“Não tive a oportunidade, inclusive, de contestar as denúncias que foram realizadas ou feitas por delatores. Até agora neste processo houve 10 depoimentos. Desses, apenas um cita o meu nome e atribui a mim a acusação de ter recebido propina para abafar ou para proteger empreiteiros na CPMI da Petrobras, da qual fui relator no ano de 2014”, pontuou.

 



 

 

 

 

 

 

 

 

 

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