Rui Falcão diz que Lava Jato tem “efeitos maléficos”
O presidente do PT disse que os que festejam as delações no intuito de “criminalizar” a sigla também estão sendo atingidos
Há um ano, exatamente no dia 17 de abril de 2016, a Câmara dos Deputados autorizava a abertura do processo de impeachment contra a então presidente Dilma Rousseff. O presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Rui Falcão falou, nesta segunda-feira (17), sobre a data que ficou marcada na história enfatizando que cada dia fica mais claro a necessidade de “derrubar” o presidente Michel Temer (PMDB) e eleger Lula para um “programa econômico de emergência” para o Brasil.
Segundo ele, todo o processo que culminou com o afastamento definitivo de Rousseff foi apenas o primeiro passo. “A deposição da presidente Dilma, comandada pelo grande capital, pela alta burocracia do Estado, pela direita conservadora presente no Congresso e com o apoio da mídia monopolizada foi apenas o primeiro passo. Era necessário derrubar o governo para ampliar a exploração sobre os trabalhadores e realinhar o país com os interesses dos grandes grupos internacionais”, declarou.
O dirigente petista também chegou a dizer que a Operação Lava Jato tem "efeitos maléficos" e que os que festejavam as delações, segundo ele, produzidas para criminalizar o PT, também estão sendo atingidos e que tem como consequência o aprofundamento da “crise econômica, política e institucional”. “A impopularidade e o descrédito crescentes de Temer e seus asseclas, a deterioração da economia, agravando as condições de vida da população, as ameaças contra as aposentadorias e os direitos trabalhistas”, complementou.
Rui Falcão ainda pontuou que tentam inviabilizar e impedir a candidatura de Lula, que vem crescendo nas pesquisas eleitorais de 2018. “Diante dessa situação, em que os usurpadores buscam soluções fora do campo democrático, nosso caminho deve ser o de aumentar as mobilizações, repelir o canto de sereia dos acordos por cima e lutar pela antecipação das eleições”, concluiu.