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O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) disse que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) deveria ser criminalizado porque pratica o terrorismo. A declaração foi feita durante entrevista concedida a Alexandre Garcia. Durante a conversa, o jornalista chegou a dizer que o ex-presidente Lula só foi eleito depois de três tentativas. “Quando passou a visitar os fazendeiros, os criadores de gado e dar garantias de que não haveria invasões”, declarou.

Em resposta, Bolsonaro falou que essas garantias eram mentiras. “O MST, desde então, nunca levou tanto terror ao campo. Nós devemos criminalizar esse movimento conhecido como MST. Pratica nada mais do que terrorismo”, criticou. O parlamentar separou o MST do homem do campo. “O homem do campo, o que traz a comida até a nossa mesa tem que ser, de fato, respeitado”. 

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Recentemente, o deputado chegou a comprar uma briga com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), responsável em grande parte pela “defesa do trabalhador” incluindo os homens do campo. O episódio aconteceu em abril passado, onde alguns homens com blusas com a logomarca da Central teriam se envolvido em uma briga no aeroporto do Rio de Janeiro. Na ocasião, Jair ironizou: “A CUT usando seus métodos democráticos”. 

O presidente da CUT-PE, Carlos Veras, chegou a rebater declarando que não seria através da Central que o deputado conseguiria se promover. “Além de ser homofóbico, é um cara racista, covarde, metido a ditador, que quer ver o trabalhador sendo explorado. Bolsonaro não tem respeito por ninguém. É uma pessoa extremamente insignificante, então não seremos nós que iremos dar ibope a essa tentativa de se promover desse que se diz parlamentar”, disparou o dirigente.

 

 

 

 

 

 

 

 

Há um ano, exatamente no dia 17 de abril de 2016, a Câmara dos Deputados autorizava a abertura do processo de impeachment contra a então presidente Dilma Rousseff. O presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Rui Falcão falou, nesta segunda-feira (17), sobre a data que ficou marcada na história enfatizando que cada dia fica mais claro a necessidade de “derrubar” o presidente Michel Temer (PMDB) e eleger Lula para um “programa econômico de emergência” para o Brasil. 

Segundo ele, todo o processo que culminou com o afastamento definitivo de Rousseff foi apenas o primeiro passo. “A deposição da presidente Dilma, comandada pelo grande capital, pela alta burocracia do Estado, pela direita conservadora presente no Congresso e com o apoio da mídia monopolizada foi apenas o primeiro passo. Era necessário derrubar o governo para ampliar a exploração sobre os trabalhadores e realinhar o país com os interesses dos grandes grupos internacionais”, declarou. 

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O dirigente petista também chegou a dizer que a Operação Lava Jato tem "efeitos maléficos" e que os que festejavam as delações, segundo ele, produzidas para criminalizar o PT, também estão sendo atingidos e que tem como consequência o aprofundamento da “crise econômica, política e institucional”. “A impopularidade e o descrédito crescentes de Temer e seus asseclas, a deterioração da economia, agravando as condições de vida da população, as ameaças contra as aposentadorias e os direitos trabalhistas”, complementou. 

Rui Falcão ainda pontuou que tentam inviabilizar e impedir a candidatura de Lula, que vem crescendo nas pesquisas eleitorais de 2018. “Diante dessa situação, em que os usurpadores buscam soluções fora do campo democrático, nosso caminho deve ser o de aumentar as mobilizações, repelir o canto de sereia dos acordos por cima e lutar pela antecipação das eleições”, concluiu.

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