Oposição diz que PE vive "ano mais violento" desde 2007
Segundo a bancada, a “realidade ainda é bem diferente da aparente ideia de normalidade que tenta passar o Governo”
A bancada de oposição na Assembleia Legislativa (Alepe) afirmou, em nota encaminhada à imprensa nesta quinta-feira (15), que o “2017 é o ano mais violento” desde que o Pacto Pela Vida foi instalado em Pernambuco. A postura do colegiado é em reflexo a divulgação dos índices da violência em maio, pela Secretaria de Defesa Social (SDS). Segundo os dados, no último mês foram registrados 457 assassinatos, uma média diária de 14,74 por dia, já o mesmo período de 2016 finalizou com 319 dessas ocorrências. Somados aos meses anteriores, Pernambuco registrou 2.495 assassinatos este ano.
“Os cinco primeiros meses de 2017 são os mais violentos de todo o Pacto pela Vida, com o registro de 2.495 assassinatos em todo o Estado, 52.241 crimes violentos contra o patrimônio, 13.346 casos de violência doméstica contra a mulher e 826 casos de estupros… Os números da violência em Pernambuco, divulgados ontem pela Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, precisam ser avaliados com cautela”, ressalta o texto.
Segundo a bancada, a “realidade ainda é bem diferente da aparente ideia de normalidade que tenta passar o Governo”. “Os principais dados mostram um ano delicado, o mais violento dos últimos dez, com possibilidade, por exemplo, de encerrar 2017 com mais de 5 mil homicídios. Chama a atenção, nos indicadores, o acelerado crescimento da criminalidade no interior pernambucano. Com 1.404 casos de assassinatos registrados, o interior respondeu por 56,3% dos homicídios cometidos no Estado, deixando para trás o Recife e a Região Metropolitana, com maior densidade populacional”, observa a nota.
Ainda de acordo com o documento da oposição, o “clima de insegurança domina as ruas, com crescimento de assaltos a ônibus (1.872 casos, segundo o Sindicato dos Rodoviários) e roubos e furtos de veículos (2.255 casos apenas em maio)”.
Com o cenário, a bancada encerra a nota reafirmando “a necessidade da rediscussão do Pacto pela Vida e que seja apresentado à sociedade um planejamento estratégico com ações, metas e objetivos para os próximos cinco anos”.