“Espero que lembrem do que eu fiz pelo país”, diz Jean

O deputado federal, nesta quinta (27), disse que ainda não está fazendo campanha eleitoral e pediu para que os eleitores, em 2018, se lembrem do que ele fez

por Taciana Carvalho qui, 27/07/2017 - 18:41
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O deputado federal Jean Wylls (Psol), dono de opiniões polêmicas como a legalização do aborto e que chegou a defender recentemente segurança jurídica para as prostitutas, se gabou nesta quinta-feira (27) por, segundo ele, não estar ainda fazendo campanha política para sua reeleição em 2018. “Mas o objetivo do meu mandato não é a reeleição ou a possibilidade de disputar outro cargo. Isso pode vir como consequência do meu trabalho”, escreveu em artigo publicado na sua página do Facebook. 

“Não posso inverter as prioridades em benefício da minha carreira política, porque estaria traindo a confiança dos quase 145 mil eleitores que votaram em mim nas últimas eleições. Acordo cedo e durmo muito depois da meia-noite, porque preciso ler, estudar e escrever, além de estar em diálogo permanente com a minha equipe e participar de infinidade de reuniões de trabalho. Tudo isso significa passar boa parte da semana em Brasília, dentro do Congresso. Eu também preferiria estar no Rio fazendo atividades na rua”, disse. 

O psolista contou que sua campanha, em 2014, “foi uma das mais baratas do Brasil” e “sem dinheiro dos empresários. “E mesmo assim fui o sétimo mais votado do estado. A questão não é fazer de tudo para ter mais votos, mas fazer de tudo para representar melhor os votos que a gente tem para que aqueles e aquelas que votaram em mim não se arrependam e saibam que estou trabalhando duro para honrar essa confiança”. 

“Se eu for candidato nas próximas eleições, espero que os eleitores lembrem do que eu fiz pelo país como deputado e não de quantas vezes me viram fazendo um discurso ou panfletando”, destacou. 

O parlamentar será um dos professores de um curso de pós-graduação sobre a "A Esquerda no Século XXI", do Instituto Dom José Gomes, em parceria com a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e a Fundação Perseu Abramo (FPA). No entanto, o valor do curso não é para todos: quem pretende participar, terá que desembolsar 24 parcelas de R$ 7,2 mil. 

Conheça algumas opiniões de Jean Wylls sobre diversos temas:

Aborto

“A gente vive em uma sociedade que acha que a mulher é subalterna por natureza, que naturalmente o homem é superior e manda na mulher e que o corpo dela está à disposição dos homens por isso que é difícil conseguir a legalização do aborto”.

Prostitutas

‘A imprensa já fez várias matérias sobre isso. Sobre os serviços sexuais que são prestados a congressistas, mas apesar disso, das pessoas saberem disso, disso ser comentado, muita gente lá se recusa a garantir segurança jurídica para as prostitutas para permitir que elas possam prestar esse serviço com o mínimo de segurança jurídica e com o mínimo de direito garantido”.

Cultos na Câmara

“Acho gravíssimo. Todas as religiões podem ter espaço e expressão nas audiências públicas, mas não podem se apropriar da instituição como se uma igreja fosse”.

Fascistas

“Os que se calam hoje diante da escalada do fascismo no Brasil, por conveniência, preguiça ou egoísmo, não têm ideia do que lhes espera no futuro se esse mal não for devidamente contido. O fascismo e o nazismo aniquilaram milhões de seres humanos com requintes de crueldade pelo simples fato de estes serem judeus, homossexuais, ciganos e comunistas. Não vamos nos esquecer disso”.

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