Flávio diz que família Bolsonaro não quer “se misturar”

O deputado, filho de Jair, disse que nem ele, nem tampouco o pai e o irmão querem se misturar com políticos como os que estiveram presentes no Congresso na votação de ontem

por Taciana Carvalho qui, 03/08/2017 - 18:22
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O deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSC) disse, por meio de sua página no Facebook, que esteve nessa quarta (2) com o seu pai e o seu irmão, Jair e Eduardo Bolsonaro, respectivamente, e que a família deu um passo importante para que o pré-candidato a presidência da República migre para o PEN – Partido Ecológico Nacional.  “Algumas condições foram colocadas por nós, mas está tudo muito bem encaminhado, mas a gente só pode falar que tem alguma decisão tomada depois de estar tudo assinado”, contou. 

Flávio contou que há uma intenção do nome do partido mudar para Patriota. De acordo com ele, a meta é criar o “primeiro partido verdadeiramente de direita do país”. “É um dos nossos objetivos para as próximas eleições”, disse. 

O parlamentar declarou que a família quer “independência política”. “Tudo o que a gente quer é não se misturar com as pessoas que estão fazendo aí esse tipo de política como o que nós vimos ontem no Congresso. Esse teatro lamentável. Alguns deputados podem até ter votado em função da governabilidade, acreditando, mas a massa ali votou em troca de alguma coisa”, alfinetou. 

Flávio Bolsonaro também falou sobre a esquerda. “A esquerda não votou como Bolsonaro votou. Eles votaram, sim, por interesse. Eles disputam política. O PMDB ajudou a Dilma a chegar no poder junto com a esquerda com o PT e PCdoB, Psol e Rede. Eles votaram contra o impeachment de Dilma e agora votaram a favor da investigação. Quer dizer, eles não têm coerência. Eles mudam o voto conforme a conveniência. É isso o que nós não fazemos. Nós não mudamos conforme com uma oportunidade dependendo de quem é a pessoa que está sendo julgada”. 

“O fato é que o Temer tem que ser investigado por causa de atos de corrupção. Quem discorda disso? E porque é que então votaríamos a favor dele não ser investigado? Não tem sentido. Não importa quem vai ser o próximo presidente, que quem assumiria era o Rodrigo Maia. Como é que vai ficar o congresso daqui para frente?”, indagou.

Ele disse que Jair e Eduardo, que votaram a favor da investigação, mantiveram a coerência porque não teriam “corruptos bandidos de estimação como alguns por parte da imprensa, comentaristas, que até se diz simpático a nós e querem nos criticar”.

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