Coordenador político de Bolsonaro é acusado de agressão
Presidente do Patriota na Paraíba, Julian Lemos foi enquadrado na Lei Maria da Penha depois de acusações da ex-mulher e da irmã
O coordenador das ações políticas no Nordeste do pré-candidato à Presidência da República e deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), Julian Lemos, é acusado de ter agredido a irmã e a ex-mulher. A informação é do jornal Folha de São Paulo. De acordo com a publicação, o enquadramento dele por três vezes na Lei Maria da Penha aconteceu em 2013 e 2016, chegando a ser preso em flagrante em um deles.
Julian Lemos é presidente do Patriota, partido que Bolsonaro já anunciou que ingressará em março, na Paraíba. Ele, inclusive, já foi apresentado em vídeos por Bolsonaro como o "homem de confiança na Paraíba".
Segundo o jornal, dos três inquéritos contra o dirigente da legenda, dois foram arquivados depois que a ex-mulher dele, Ravena Coura, disse ter "se exaltado nas palavras e falado além do ocorrido". Em 2013, quando denunciou pela primeira vez, Ravena disse à polícia que foi agredida fisicamente e ameaçada por arma de fogo. Já na segunda vez, em 2016, ela disse que o ex-companheiro era "uma pessoa muito violenta" e a ameaçava. Seis meses depois, ela entregou um documento pedindo o arquivamento dos processos.
O terceiro inquérito aberto está em andamento. A irmã de Julian, Kamila Lemos disse que ao tentar apaziguar uma briga entre ele a ex-mulher foi agredida com "murros, empurrões" e tinha sido arrastada pelo pescoço.
À reportagem, Julian negou as acusações e disse que Bolsonaro deve ter recebido a informação de que é inocente. Segundo ele, as denúncias foram motivadas por momentos de "fragilidade emocional" delas. "Ela não vai ser nem a primeira nem a última [a se retratar]. Ou você acha que toda Maria da Penha é aquilo ali que está escrito [na acusação]? Nunca agredi, nunca, nunca, nunca", destacou o dirigente do Patriota.