Lula não tem como ser preso, garante presidente do PT-PE

“Lula não vai ser preso porque a Constituição lhe garante, inocente como ele é, liberdade para que prove sua inocência”, disse Ribeiro

por Taciana Carvalho qua, 04/04/2018 - 14:55
Rafael Bandeira/LeiaJáImagens/Arquivo Rafael Bandeira/LeiaJáImagens/Arquivo

No dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) julga o habeas corpus preventivo impetrado pela defesa de Lula, nesta quarta-feira (4), o presidente do PT-PE, Bruno Ribeiro, se mostrou bastante positivo. “Lula não tem como ser preso, não há crime para que possa ser preso. Lula não vai ser preso porque a Constituição lhe garante, inocente como ele é, liberdade para que ele prove sua inocência recorrendo em liberdade”, disse. 

Em entrevista ao LeiaJá, Ribeiro falou que o Supremo tem o dever de aplicar a Constituição Federal. “Que assegura a todos os cidadãos a presunção da inocência, no caso de Lula, é muito forte [a presunção] porque não há nenhuma prova que tenha vindo daquele processo de Curitiba que qualquer um de nós possa apontar”, argumentou. 

“Vamos continuar esperando que o STF assegure a Lula o que é garantido a todo cidadão brasileiro. A Constituição é expressa quando diz que todo cidadão tem direito a recorrer em liberdade até transito final da condenação. Esse é um direito de todos os brasileiros e, portanto, é de Lula também, que é um homem inocente”, ressaltou. 

O petista ainda falou que o Brasil vive uma “profunda” crise política. “Precisamos de mais democracia e não o que está ocorrendo. A última presidente eleita foi destituída por motivo fútil em uma ação combinada entre o Judiciário, parte do Supremo e o Legislativo e agora, perto da próxima eleição, aquele cidadão que é o Lula, que todas as pesquisas indicam que será o vitorioso na eleição também um setor do Judiciário quer prendê-lo querendo violar a democracia. Não há dinheiro em conta bancária de Lula, então a gente não aceita essa partidarização da Justiça”. 

Bruno Ribeiro voltou a dizer que Lula está sofrendo uma perseguição política. “O processo não apresentou uma só prova de qualquer crime de propriedade do apartamento onde ele não passou uma noite, onde não há um recibo, não há uma escritura e não há uma prova que ele favoreceu a empresa proprietária do apartamento, a OAS”, concluiu. 

 

COMENTÁRIOS dos leitores