Sou ameaçado de morte pelo fato de ser gay, diz Jean
O deputado federal falou que recebe ofensas quase diárias e que já foi chamado de “veado nojento” e já afirmaram que sua opção sexual era "uma doença"
Nesta segunda-feira (9), o deputado federal Jean Wyllys (PSOL) voltou a falar sobre as ameaças de morte que diz sofrer. O parlamentar divulgou um vídeo no qual revela algumas das ofensas como “veado nojento e asqueroso”, “tinha que linchar esse Jean Wyllys”, “esse cara deveria ser enforcado” e “isso é doença”, em referência a sua opção sexual.
O psolista falou que as ameaças acontecem quase todos os dias desde o primeiro ano do seu mandato e que também atingem aos seus familiares. “Pelo simples fato de ser gay assumido com orgulho e trabalhar politicamente pelos direitos de minorias sexuais e étnicas”, salientou.
O deputado ressaltou que os discursos de ódios não podem ser minimizados porque têm produzido assassinatos e vítimas. “Essas ameaças e difamações orquestradas, especialmente em redes sociais, são reais e não podem ser simplesmente ignoradas, ou, como pede o senso comum, rotulados como "vitimismo”.
Recentemente, Jean Wyllys disse que seus advogados iriam representar uma queixa-crime contra a desembargadora Marília Castro Neves, que ficou conhecida por ter afirmado que a vereadora assassinada Marielle Franco (PSOL) era “engajada com bandidos”. A magistrada fez uma publicação, em 2015, em seu Twitter defendendo que o psolista fosse “fuzilado em um paredão profilático”. “Isso mesmo, uma desembargadora propôs publicamente a minha morte”, lamentou na ocasião.