Marina fala sobre Lula e elogia a Justiça brasileira

“A Justiça brasileira tem cumprido com tudo aquilo que é necessário em uma democracia”, afirmou a candidata a presidente

por Taciana Carvalho ter, 21/08/2018 - 17:35

Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

A ex-ministra do governo Lula, a candidata a presidente da República pela Rede Marina Silva (Rede), nesta terça-feira (21), também comentou a decisão do Comitê de Direitos Humanos da ONU acolher o pedido da defesa do ex-presidente Lula para que ele possa disputar a eleição. A candidata participou, no Recife, de um evento no Porto Social, localizada na Ilha do Leite e, depois do evento, concedeu uma coletiva de imprensa. Marina falou que essa foi apenas uma "recomendação". 

A presidenciável elogiou a Justiça brasileira. “Nosso país vive um processo difícil, traumático, em que uma boa parte do mundo não sabe exatamente o que está acontecendo aqui com os graves problemas de corrupção que a Lava Jato revelou e está punindo em parte, mas é apenas uma recomendação e a Justiça brasileira tem cumprido com tudo aquilo que é necessário em uma democracia. Observando todos esses aspectos, o Brasil está agindo de acordo com o seu ordenamento jurídico em respeito à sua Constituição”, disse.  

A presidenciável foi categórica ao falar que condenado em segunda instância não pode participar do pleito. “A Justiça tem que agir de acordo com as regras, que devem ser iguais para todos. A Lei da Ficha Limpa diz que se alguém é condenado em segunda instância, não pode participar do processo eleitoral e a Justiça precisa observar esse requerimento que vem sendo aplicado em outros casos”. 

“Eu tenho dito que a lei deve ser observada por todos e ninguém está acima da lei. Não se pode em uma democracia ter dois pesos e duas medidas. Nós estamos em um processo eleitoral faltando poucos dias da finalização desse processo eleitoral, ainda temos uma situação que fragiliza muito o processo de decisão dos eleitores. Eu só tenho cuidado de que a Justiça não faça nenhum tipo de julgamento de decisão em função de quem está sendo julgado”, complementou Marina. 

Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Durante a entrevista, a ex-senadora também contou que está cumprindo uma “agenda intensa” nesses poucos mais de 40 dias de campanha e que trata as pessoas com respeito. “Eu sou sempre muito bem recebida aqui em Pernambuco, no Nordeste e no Brasil inteiro. Até mesmo as pessoas que não votam em mim me tratam com muito respeito e muito carinho graças a Deus”. 

Também salientou que o momento é dar uma chance para uma mudança. “De que a postura do cidadão derrote as velhas estruturas do poder econômico, do abuso do poder político e eu estou sentindo esse movimento na sociedade brasileira, apesar de tudo que eles fizeram para impedir que a sociedade cumpra com o seu objetivo de mudar porque ficaram [os partidos] com o dinheiro do fundo eleitoral todo para eles praticamente, o tempo de televisão praticamente todo para eles, mas eu sinto que as pessoas estão dispostas a mostrar que a sua postura e a sua consciência é maior que as velhas estruturas”. 

Marina ainda ressaltou que vai continuar defendendo suas propostas insistindo na ideia de que os que criaram os problemas que o país enfrenta hoje não irão resolvê-los, mas sim agravá-los. Um dos compromissos que ela destacou foi com a educação, do meio ambiente e a luta da valorização das mulheres. “É uma agenda de compromissos porque são necessárias políticas públicas, mas também são necessárias políticas públicas para as comunidades fragilizadas, voltadas para as comunidades indígenas”. 

 

 

 

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