João Campos: “Não somos contra o Brasil”

“Somos oposição a Jair Bolsonaro, mas não somos contra o Brasil”, disse o deputado federal eleito durante entrevista nesta quarta (31)

por Taciana Carvalho qua, 31/10/2018 - 17:54
Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

Durante entrevista concedida nesta quarta-feira (31), à TV JC, o deputado federal eleito João Campos (PSB) garantiu que o PSB não vai fazer uma “oposição irresponsável” ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que assume o comando do Brasil no próximo ano. “Nós não somos contra o Brasil, somos oposição a Jair Bolsonaro, mas não somos contra o Brasil”, reiterou. 

O filho do ex-governador Eduardo Campos falou que os anos que estão por vir serão “muito desafiadores” para o Brasil e salientou que o parlamento terá uma função importante de estar atento às pautas colocadas no Congresso Nacional, bem como de acompanhar o Governo Federal. O pessebista também ressaltou a necessidade de preservar as conquistas do governo Lula.

Questionado sobre alguns correligionários estarem “arrependidos” de participarem de um isolamento ao então candidato Ciro Gomes (PDT), ele foi convicto ao dizer que a decisão do PSB foi correta relembrando que, no primeiro turno, a sigla liberou os estados para fazerem as coligações dentro do campo de esquerda e nacionalmente neutro. “O PSB de Pernambuco fez o correto. Tivemos muita responsabilidade diante do debate nacional e tivemos muita responsabilidade com o povo de Pernambuco, o que mostra que fizemos as escolhas acertadas”.

Apesar de falar sobre o Congresso Nacional, João Campos não negou a possibilidade de assumir uma secretaria estadual. “Fui eleito para ser deputado federal, mas eu faço parte de um grupo que um dia foi liderado pelo meu pai Eduardo Campos, hoje é liderado pelo governador Paulo Câmara, então nenhuma decisão a gente toma sozinho. A gente toma ouvindo o conjunto e pensando principalmente qual o melhor caminho para ajudar o povo de Pernambuco. Acho que, no momento certo, o governador vai fazer as avaliações, as conversas e nós vamos tomar a decisão que for melhor para o nosso Estado”, desconversou.

Campos acrescentou que a campanha presidencial foi “muito rasa” e que a população não viu os principais problemas brasileiros sendo enfrentados. Ainda ressaltou que o segundo turno ensinou muito à esquerda brasileira sobre união.

 

 

 

 

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