A dupla derrota de Magno Malta e o seu futuro incerto

Derrotado na eleição deste ano, o senador também deve ficar fora da equipe que vai compor o primeiro escalão do governo Bolsonaro

por Taciana Carvalho qui, 29/11/2018 - 15:14
Rafael Bandeira/LeiaJáImagens/Arquivo Rafael Bandeira/LeiaJáImagens/Arquivo

Uma das maiores polêmicas criadas envolvendo o nome do senador Magno Malta (PR), que foi derrotado da busca pela reeleição no Congresso Nacional, era se o parlamentar seria escolhido para integrar o primeiro escalão no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Magno era cotado para comandar o Ministério da Cidadania, no entanto a indicação de Osmar Terra para liderar a pasta diminuiu quase por completo a possibilidade do senador ter um lugar na Esplanada. 

Durante a campanha presidencial, muitos foram os momentos onde Magno Malta exaltou o capitão da reserva afirmando que ele era um homem honrado e utilizando adjetivos similares durante eventos e por meio das redes sociais. “É um homem que não se envolveu em corrupção”, declarou por diversas vezes. 

Em entrevista exclusiva concedida ao LeiaJá, em outubro passado, quando veio ao Recife para participar de um ato em prol da candidatura de Bolsonaro, ao ser indagado, Magno afirmou que não tinha pretensão alguma ocupar um cargo no novo governo. Ele chegou a dizer que se sentia feliz e que Deus estava no comando de tudo. 

Malta também chegou a ser cotado para ser o candidato a vice-presidente na chapa do militar, mas não passou de especulações. Sobre o assunto, o senador chegou a dizer que “estava nas mãos de Deus”. Em um vídeo mais recente, ele pediu para que os brasileiros “orassem” por ele e por todos os futuros ministros. 

Bolsonaro já definiu 18 nomes que estarão à frente das pastas da Esplanada dos Ministérios e Banco Central, que também tem status de ministério. Um terço dos nomes confirmados pelo presidente eleito veio das Forças Armadas. A previsão, de acordo com o militar, é que 20 seja o número máximo de ministros nomeados por ele. 

Apesar de Magno Malta ter perdido a disputa no Espírito Santo, um alento foi a vitória da sua esposa, Lauriete, como deputada federal. Ela recebeu 51,9 mil votos e ficou com a penúltima das 10 vagas do Estado. Outro senador capixaba também não conseguiu a reeleição no Senado Federal: Ricardo Ferraço (PSDB) ficou na quarta posição, atrás de Magno.

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