Pimenta diz que ainda não falou com Lula sobre liminar

“O ex-presidente Lula é ainda uma das poucas pessoas do sistema prisional que não tem acesso a celular”, afirmou o líder do PT no Congresso, o deputado Paulo Pimenta

por Taciana Carvalho qua, 19/12/2018 - 17:37
Lula Marques/ Agência PT/ Fotos Públicas Lula Marques/ Agência PT/ Fotos Públicas

Durante entrevista de imprensa, na tarde desta quarta-feira (19), o líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta, fez uma afirmação polêmica ao falar sobre a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio, de conceder uma liminar que manda libertar os condenados em segunda instância. Ao ser questionado se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já sabe sobre a deliberação, o deputado federal afirmou: “O ex-presidente Lula é ainda uma das poucas pessoas do sistema prisional que não tem acesso a celular. Infelizmente, eu não pude falar com ele”. 

“Não tem celular lá dentro, fica difícil de poder falar com ele. [Lula] deve ser um dos únicos no Brasil que não tem acesso a celular, vou falar com ele hoje à noite, vou dar um abraço nele em nome de todos os brasileiros e brasileiros que estão aguardando a liberdade dele há tanto tempo”, complementou. 

O parlamentar também falou que o mais importante em todo o contexto é que Marco Aurélio restabeleceu o cumprimento da Constituição. “A manifestação dele foi muito clara, foi muito simples: nenhum brasileiro, nenhum cidadão pode ser considerado culpado enquanto ele não tiver uma sentença transitada em julgado. Qualquer outra interpretação da Constituição diferente dessa é uma afronta ao poder originário do constituinte”. 

Na conversa com os jornalistas, o deputado frisou que a Constituição Federal deve ser cumprida ainda nesta quarta-feira. “Isso garante que o presidente seja colocado em liberdade ainda no dia de hoje. “Não cabe ao Poder Judiciário, não cabe ao Ministério Público interpretar a Constituição conforme a sua ideologia, conforme a sua preferência política e muitas vezes partidárias. A constituinte de 1988 consagrou esse direito e esse direito estava sendo violado a milhares de pessoas, entre elas o presidente Lula”.   

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