Comissão de Direitos Humanos tem disputa acirrada na Alepe
A votação, que inicialmente aconteceria nessa terça-feira (12) e tinha o favoritismo do coletivo Juntas,foi remarcada para esta quinta-feira (14) com interesses conflitados
Após um adiamento, deve acontecer nesta quinta-feira (14), a partir das 11h30, a votação que vai definir a presidência e a vice-presidência da Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). A escolha deveria ter acontecido nessa terça (12) e o adiamento teria sido provocado pela quebra de acordos entre as bancadas.
A deputada Clarissa Tércio (PSC) se candidatou a vaga e isso teria sido um dos motivos para o adiamento. Clarissa detém um eleitorado formado, em sua maioria, por evangélicos. A polêmica também se acentua no fato de que já teria sido definido que o primeiro mandato coletivo do Estado, as Juntas (PSOL), iria presidir a Comissão.
O mal estar envolvendo as candidaturas para essa presidência chegou a envolver, inclusive, o líder do governo, Isaltino Nascimento (PSB), e Marco Aurélio (PRTB), líder da oposição. O presidente da Alepe, Eriberto Medeiros (PSB), ainda tentou mediar o conflito.
Comandar uma presidência como essa em questão é de grande interesse da bancada evangélica, isso porque, desta maneira, eles poderiam introduzir pautas mais conservadoras no meio e impedir o andamento de ideias de caráter progressista.
Uma das integrantes do Juntas, Carol Vergolino afirmou que o coletivo esperava que os acordos fossem mantidos. Carol ainda enfatizou que o Juntas é oposição ao governo e faz parte de uma bancada independente.
Seguindo a lógica da primeira votação, a vice-presidência ficaria com o deputado estadual Pastor Cleiton Collins (PP), mas a decisão não entrou em um consenso mais uma vez. Na última legislatura, o deputado Edilson Silva (PSOL) era o presidente da Comissão, mas ele não conseguiu ser reeleito para o cargo.