Lideranças políticas endossam campanha contra censura
Próximo da data que lembra os 55 anos do golpe militar no Brasil, políticos reforçam o porquê acreditam que o período foi tenebroso para a história do país
Próximo da data em que lembra o aniversário de 55 anos do golpe militar, que aconteceu em 31 de março de 1964, e iniciou um período de 21 anos de ditadura no Brasil, internautas elevaram a hashtag #CensuraNuncaMais no Twitter e endossaram motivos pelos quais o período foi considerado tenebroso para a nossa história.
A pauta ganhou ainda mais força porque, nessa segunda-feira (25), o presidente Jair Bolsonaro avisou à Defesa que poderia fazer as “devidas comemorações” para lembrar a data. Após grande polêmica que o aviso ganhou, o presidente voltou atrás e falou que, na verdade, a ideia é “rememorar” o golpe.
Milhares de pessoas escrevem a todo o momento, nesta quinta-feira (28), mensagens e imagens de repúdio a essa época do Brasil. O deputado federal David Miranda (PSOL), por exemplo, afirmou que “matérias que despertavam o senso crítico eram excluídas da grade curricular. Imprensa censurada, corrupção abafada, mortes, torturas. A Ditadura Militar jamais deverá ser exaltada. Estaremos sempre lutando e valorizando o nosso bem mais precioso: a liberdade”.
A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, também foi crítica à mobilização a favor de comemorar a data. “Para entrar na mira dos militares durante a ditadura, lutar pela democracia – mesmo sem armas na mão – já era motivo o suficiente para ser censurado. Ou pior: torturado”, disse.
O também deputado federal pelo PSOL, Marcelo Freixo, lembrou a música de Geraldo Vandré. “‘Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.’ Para que não se esqueça, para que jamais se repita”, comentou Freixo.
Já o líder da bancada do PT na Câmara Federal, Paulo Pimenta, foi enfático: ”Jamais desistiremos da luta em defesa dos direitos que a civilização humana conquistou ao longo da história. Por isso dizemos não às comemorações pelo golpe de 1964 e também dizemos”.