Silêncio de Bolsonaro sobre fuzilamento no Rio é criticado

Líder da Minoria na Câmara, Jandira Feghali (PCdoB), ironizou a falta de posicionamento e perguntou se o presidente esperaria a chegada de um ano bissexto para falar

ter, 09/04/2019 - 13:05
Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

O silêncio do presidente Jair Bolsonaro (PSL) sobre a ação de militares do Exército, na Zona Norte do Rio de Janeiro, que resultou na morte do músico Evaldo Rosa dos Santos, após ter o carro atingido por cerca de 80 tiros, vem sendo alvo de críticas de políticos da oposição nesta terça-feira (9). O caso aconteceu no domingo (7) e, até o momento, Bolsonaro não falou sobre o assunto.

Por meio de publicação no Twitter, a líder da Minoria na Câmara, Jandira Feghali (PCdoB), ironizou a falta de posicionamento. “O ‘presidente’ do país já se pronunciou sobre a família metralhada dentro de um carro com 80 tiros pelo Exército ou vai esperar ano bissexto?”, indagou a comunista.

“Brasil segue governado por um homem que se posiciona publicamente sobre 'golden shower', mas se silencia sobre o Exército executar um homem, na frente de toda sua família, com 80 TIROS [sic]”, acrescentou.

A ex-candidata a vice-presidente da República na chapa de Fernando Haddad, Manuela D’Ávila (PCdoB), também questionou a ausência de comentários por parte do governo. “O Estado brasileiro já se pronunciou sobre a execução sumária de um trabalhador com 80 tiros diante de sua família?”, perguntou.

Além de Jair Bolsonaro, o ministro da Segurança Pública e Justiça, Sérgio Moro, também não falou sobre o assunto ainda. Já o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), chegou a dizer que não faria “juízo de valor” sobre o fuzilamento.

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