Daniel Coelho pode responder a inquérito por peculato

Uma petição protocolada no Supremo Tribunal Federal aponta que o deputado estaria supostamente envolvido em uma prática conhecida como “rachadinha” e recebia parte do salário de um ex-assessor

qui, 16/05/2019 - 11:28 Atualizado em: qui, 16/05/2019 - 13:00
Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo

O Supremo Tribunal Federal (STF) enviou para a Procuradoria Geral da República (PGR) um pedido de abertura de inquérito contra o deputado federal Daniel Coelho (Cidadania) pelo suposto crime de peculato. A petição, de acordo com informações do site do STF, foi protocolada pela Polícia Federal no dia 10 de maio. A solicitação visa apurar se Daniel recebia parte do salário que era pago pela Câmara Federal ao ex-assessor, Sérgio Almeida do Nascimento.

Sérgio exercia o cargo de secretário parlamentar e, segundo informações divulgadas pelo site Antagonista, há indícios de que Daniel possivelmente esteja envolvido numa prática conhecida como “rachadinha”.

De acordo com a publicação, a Polícia Federal teria constatado que Sérgio recebeu salários até junho de 2017, contudo, ele viajou para os Estados Unidos em janeiro daquele ano e não voltou mais ao Brasil. O Antagonista apontou ainda que a PF suspeita que a prática ocorria desde 2011, quando Daniel ainda era deputado estadual.

O relator da petição protocolada no STF contra Daniel é o ministro Luís Roberto Barroso. O ministro aguarda agora o parecer da PGR sobre acatar a abertura de inquérito com a denúncia ou não.  

O LeiaJá entrou em contato com o deputado e, em nota, ele disse que ainda não foi notificado sobre a investigação da Polícia Federal. Além disso, ressalta que o ex-assessor foi exonerado após deixar o país e pontua que está à disposição da Justiça.

“O ex-assessor Sérgio Almeida viajou de férias para os Estados Unidos em janeiro de 2017 e deveria ter retornado às atividades no final de fevereiro. Passado o período de férias, não retornou ao Brasil, mas informou ao gabinete que retornaria assim que resolvesse algumas questões pessoais. Após algumas semanas protelando seu retorno, o ex-assessor foi exonerado por abandono de emprego”, detalha o deputado.

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