Barroso sobre vazamentos de conversas: 'há mais fofocas'
O ministro disse que estava impressionado com a euforia de muitos diante do crime de hacker
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso afirmou que é "impressionante quantidade de gente que está eufórica com os hackeadores” que são suspeitos de acessar contas de celulares de autoridades, entre elas o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.
Em palestra na noite dessa sexta-feira (2), em São José dos Campos (SP), Barroso também afirmou que era preciso estar atento à agenda brasileira que, na ótica dele, foi "sequestrada por criminosos".
Para o ministro, nos vazamentos "há mais fofocas do que casos relevantes, apesar do esforço de se maximizar os fatos".
Desde 9 de junho, o site The Intercept Brasil publica reportagens com trechos de conversas entre Moro e integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato, como o procurador Deltan Dallagnol. O site disse ter recebido as informações de uma fonte confiável. Walter Delgatti Neto, um dos presos na Operação Spoofing, disse ter entregue os dados para o jornalista Glenn Greenwald, responsável pelo Intercept, que não confirmou e disse que preservaria a identidade da fonte.
Barroso disse também que "apesar de todo estardalhaço que está sendo feito, nada encobre o fato de que a Petrobras foi devastada pela corrupção”. “Não importa o que saia nas gravações", disse o ministro. "É difícil entender a euforia que tomou muitos setores da sociedade diante dessa fofocada produzida por criminosos", acrescentou.
A fala do ministro repercutiu na internet e fez com que o nome dele ficasse entre os mais falados no Twitter, por exemplo.