Vereador propõe que catadores façam coletas em shows

De acordo com o vereador Samuel Salazar (sem partido), a coleta de resíduos deverá ser destinada a cooperativas de materiais recicláveis e o descumprimento prevê multa de R$ 10 mil

qua, 21/08/2019 - 15:37
Carlos Lima/Divulgação Samuel Salazar começou o mandato dele no último mês de fevereiro Carlos Lima/Divulgação

Latinhas, lacres, garrafas pet, tampinhas de garrafas, copos, materiais plásticos, ferros, cobres, metais, eletrônicos, papéis, papelões e vidros são alguns dos resíduos sólidos que os catadores poderão recolher nos shows públicos e privados do Recife, de acordo com a proposta do vereador Samuel Salazar (sem partido).

De acordo com o parlamentar, o Projeto de Lei 198/2019 é em prol do meio ambiente e na promoção da economia criativa. O texto tramita na Câmara Municipal do Recife e obriga os organizadores de eventos a realizar serviços de coleta seletiva dos resíduos sólidos secos gerados durante as festividades, destinando-os para as cooperativas de catadores regularmente inscritas na cidade.  

O descumprimento da Lei por parte dos promotores de shows implica em multa no valor de R$ 10 mil. Em caso de reincidência, a multa deverá ser aplicada em dobro. De acordo com a matéria, os catadores terão que realizar os serviços de coleta no prazo máximo de 24h. 

Os organizadores só poderão destinar os resíduos sólidos secos para outras empresas mediante declaração emitida por Associações ou Cooperativas de Materiais Recicláveis que estejam regularmente inscritas na Prefeitura do Recife, contendo a informação de que são incapazes de realizar a coleta desses resíduos.

Samuel afirmou reconhecer o potencial das cooperativas como parte da estratégia dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentáveis (ODS), da Organização das Nações Unidas, de erradicar a pobreza extrema no mundo até 2030. “As cooperativas são sinônimo de empoderamento e impulsão social. Elas têm muito a contribuir com a erradicação da pobreza. O Projeto de Lei é uma maneira de construir uma sociedade mais consciente, em sintonia com o desenvolvimento sustentável e a economia criativa”, pontuou. 

As cooperativas são pautadas com base na economia social solidária, em que os meios de produção e também a renda gerada pelo processo são distribuídas entre os catadores. “Essa é uma forma de ajudar os catadores e o meio ambiente, precisamos propiciar o crescimento e a prosperidade das cooperativas”, alega Samuel Salazar. 

COMENTÁRIOS dos leitores